Re: [Campanha Exclusiva: Hans] O filho do rei - Parte I: Sucessão.

por **Hans** Sáb 3 Out 2020 - 18:56

A espada do jovem cavalheiro encontrou algo no escuro, arrancando sangue de rato no seu percurso. O agressor fora enfim acertado e Babu conseguiu a mesma proeza atacando-o com suas grandes garras de kuma.

- Não sei que truque está usando, mas posso dizer que precisará de mais que isso para nos matar - Provocou novamente Hans. Não era apenas uma provocação, mas também uma forma de fazer com que o assassino falasse e assim pudessem, através do sentido da voz, identificar sua posição aproximada.

O inimigo praguejou as feridas recebidas e atacou novamente da mesma forma que atacara nas outras vezes: completamente sorrateiro. Dessa vez, para a infelicidade de Hans, a adaga o acertou com potência abrindo um ferimento no tórax. Ele encostou-se na parede, com o sangue escorrendo através do golpe recebido. A dor tirou um pouco de seu fôlego, porém isso não o impediu de levantar a voz novamente contra o adversário.

- Meça suas palavras - Hans avançou novamente, tentando executar o mesmo corte circular que usara antes com sucesso. - Pagará pelo que faz e diz!

PV: 12/18 | PM: 06/06

por **Kalysta** Dom 4 Out 2020 - 12:56

GM escreveu:Hans desfere outro golpe e atinge somente o vento a sua frente.
Por instinto, o rapaz desvia logo que sente a mesma movimentação de vento de antes, e vê seus cabelos serem cortados por um movimento do inimigo.

Enquanto os dois estavam se atacando, Babu se colocou no que presumia ser próximo do inimigo, enquanto este atacava Hans. Com um movimento amplo dos braços, agarrou o meliante. Hans podia ver os pêlos de Babu sendo amassados pelo nada, e via seus braços em volta de algo inexistente.

O inimigo reclama, tentando respirar em meio ao aperto de Babu:
- Hunf... me ...s-solte, seu cachorro ....gigante.

Uma das garras de Babu o estava arranhando, pois sangue começou a manchar a enorme pata/mão do kuma.

Situação:

por **Hans** Sex 9 Out 2020 - 13:45

Lutar contra um inimigo invisível não é tarefa fácil. Hans tentou desferir um ataque sem sucesso novamente, e ao ser contra-atacado, dá uma investida step para trás tendo como consequência apenas seu cabelo cortado por um golpe. Se não fosse sua atenção redobrada para com o deslocamento de ar e os sons produzidos pela movimentação do adversário, estaria numa situação deveras desagradável nesse momento.

- Vejo que a luta começa a ficar interessante - Resmungou Hans. - Pena que não começou um combate solo. Você teria ao menos uma chance de vitória.

Enquanto isso, Babu, fazendo jus aos seus instintos ursinos, consegue capturar o inimigo no que convenciona-se chamar de "abraço de urso". O assassino covarde fora imobilizado pela força colossal do kuma. Praguejando, tentava inutilmente se livrar dos braços longos que o prendiam.

- Ora, ora... parece que o rato caiu na ratoeira - Hans provocou, aproximando-se deles com a espada brandida e sangue escorrendo pela roupa. - Temos uma longa conversa pela frente.

Hans desferiu um corte um corte vertical, de baixo para cima, contra a direção onde ficaria o torso do inimigo imobilizado. Não tinha a real intenção de matá-lo, pois sabia que o ataque a Babu não deveria passar batido. O adversário teria de ser interrogado.

- Renda-se ou morra! - Ameaçou.

PV: 12/18 | PM: 06/06

por **Kalysta** Sáb 10 Out 2020 - 11:23

GM escreveu:Hans sentiu novamente a textura da carne sendo cortada por sua espada, podendo ver o sangue na lâmina, mas não nas roupas do inimigo.
Babu deu mais um apertão e Hans pôde jurar que ouviu o som de algo quebrando.

A voz agora parecia desesperada e um cheiro de amônia pôde ser sentido, não só pelo faro aguçado de Babu, mas também pelo nariz humano de Hans. O inimigo muito provavelmente se urinara inteiro.
- O-ok... ok.... p-pelo amor dos deuses [cof].... ch-chega....[cof]... eu desisto.... me larguem... ipsum revelare
Com estas últimas palavras o oponente se revelava. Era um homem magro, de cabelos ralos e cheio de cicatrizes no rosto. Suas roupas negras estavam rasgadas e manchadas. Havia sangue em praticamente tudo o que usava, inclusive escorrendo de sua boca.

Babu afrouxou o apertão mas continuava irritado, mau humorado e bufando, segurando o homem.

por **Hans** Dom 11 Out 2020 - 19:50

O Rato era tão escorregadio que mesmo aprisionado era difícil de ser acertado da maneira ideal. Esse é do tipo que sempre viveu nos esgotos, uma espécime traiçoeira.

Babu não deixou o assassino se livrar e apertou ainda mais forte. O estalo produzido fora tão aparente que Hans sentiu seus próprios ossos doendo por osmose. Imaginando que o assassino não cedesse e fosse espremido como pano de chão, uma voz interrompeu a seção de tortura. O homem havia finalmente se revelado, e numa das piores situações possíveis para ele. A cena não era das mais bonitas, o agressor estava ensopado de sangue. Porém, ele teve o que merece por tê-los agredido e talvez ganharia mais um pouquinho de tinta vermelha pelo corpo caso não cooperasse.

- Oh... então resolveu aparecer - Disse em tom de deboche. - Fico agradecido por sua ilustre presença.

Hans agachou e colocou gentilmente a mão esquerda sobre a cabeça do homem, enquanto que a outra mão repousava a espada sobre o ombro esquerdo dele com a lâmina virada para seu pescoço.

- Convenhamos, você sabe bem que não gostamos da sua atitude. Sujou minha limpa roupa com meu próprio sangue e ainda por cima deixou Babu triste - Hans olhou para o kuma bufando como uma besta. - Hoje a noite poderá ser longa ou não. Esteja ciente que tudo dependerá de você. Não tenho motivo nem pressa para cortar todos os dedos de uma vez só.

Hans deu um leve suspiro e levantou-se. Ignorando a dor que sentia, ficou dando passos rodeando o homem abraçado com Babu.

- Podemos começar direto ao ponto... por que nos atacou?

PV: 12/18 | PM: 06/06

por **Kalysta** Dom 11 Out 2020 - 22:11

GM escreveu:O homem respirava ofegante, ouvindo a pergunta de Hans mostrou um rosto completamente perplexo ao ser questionado:
- E-EU? Em minha defesa... pedi para que fossem embora e nada se complicaria... [cof] Não tenho nada contra vocês, foram vocês que vieram atrás de mim. Posso ter sido um pouco rude, admito, mas [cof] hey... quem não gosta de uma boa briga de beco, não é? ora... [cof] e-eu sou um simples ladrão... olhem pra mim!... juro que vou embora e não lhes incomodo mais. Que tal? Lamento pela sua roupa, posso pagar por ela.

Suas palavras saíam como serpentes da boca. Tinha uma conversa fiada praticada na ponta da língua. Babu levou o enorme focinho até perto do rapaz e fungou, antes de pronunciar novamente uma única palavra, em meio a rosnados.
- JULLSS...

Se estava pálido o rapaz agora ficava transparente.
- O-olhe meu caro ursinho... Vamos ficar calminhos sim? Não faço IDÉIA do que você está falando.. hehe... m-mas posso ajudar a encontrar quem procura. Se me soltar, podemos entrar em um acordo.

por **Hans** Dom 18 Out 2020 - 19:56

Acuado, o vulgo rato fantasma tentava se justificar enquanto via a morte de perto. Sua lábia parecia bastante concisa e convincente, mas não para o jovem cavalheiro. Ele não parecia um mero ladrão... somente um louco tentaria assaltar ou apenas arrumar uma briga de beco com um kuma. Além do mais, Hans tinha certeza que o meliante tinha algum envolvimento com Jules, afinal foi a menção do nome dele que fê-lo tentar matá-los.

- Antes de começarmos, qual é o seu nome? - Dizia isso como se nem tivesse prestado atenção nos álibis do agressor. - Por gentileza, pode nos dizer também o que diabos você tem com o Jules? O irmão urso aqui não para de farejar o cheiro dele em você.

Puxando a espada para perto, Hans lentamente desceu a lâmina na direção da falange do polegar direito do ex-fantasminha. Estava determinado a tirá-lo fora como se fosse a Tya cortando a carne do jantar e só pararia o movimento se homem dissesse algo convincente o suficiente para tal.

PV: 12/18 | PM: 06/06

por **Kalysta** Dom 18 Out 2020 - 20:06

GM escreveu:Ao sentir a lâmina em seu polegar o ladino voltou a choramingar e cuspir a informação como se fossem sementes de melancia.
- Ok OK.. o nome é Tirak. Eu sou um assassino. Fui contratado para matar uma comitiva que vinha de Kosala. Seu amigo Jules, ou qualquer que seja o nome dele, estava nela. Eles não estavam nos esperando. Cruzamos espadas mas eu fugi, deixei meus amigos cuidando do resto. Vim até aqui tentar afanar uma poção de cura ou alguma coisa que o valha. Pelos deuses deixe meu polegar ai...

Babu deu um aperto no corpo do rapaz, que emendou rapidamente em uma voz fina e raspada:
- Juro por todo o ouro que já roubei que não sei onde seu amigo está!
O kuma bufou e olhou para Hans com uma expressão entediada, do tipo "e agora? Esmago ou mordo a cabeça até parar de se mexer?"

por **Hans** Dom 25 Out 2020 - 14:18

Só foi necessário um pouquinho de pressão para fazer com que o assassino revelasse o que Hans realmente queria saber. Dessa vez, as palavras que saiam pela boca ofegante do sujeito pareciam verdadeiras. Verdadeira também era a curiosidade do rapaz, que bombardeou-o com mais perguntas.

- Ora, ora... então você e seus amigos foram contratados para neutralizar a comitiva em que Jules estava - Hans tentava em vão elaborar uma série de cenários em sua cabeça que justificassem o ocorrido. - É uma empreitada difícil, eu diria. Quem é o seu contratante? No caso, o seu ex-contratante.

As confissões de Tirak foram indubitavalmente chocantes para Hans. Jules foi atacado por um grupo de assassinos e seu paradeiro era então desconhecido. O rapaz sabia que não deveria mais ficar parado à espera do retorno de seu guardião. Não conseguiria dormir sabendo que Jules poderia estar numa situação complicada, ou em casos menos prováveis, morto.

- Está bem por hora. Você vem conosco - Hans fez um sinal para que Babu afrouxasse o abraço, porém não o soltasse. - São poucos os que teriam coragem de enfrentar Jules diretamente. Ademais, assassinar um nobre é um grave crime contra o reino. Quem o contratou será devidamente punido, nem que seja pelo meu próprio jeito de resolver as coisas.

Hans seguiria diretamente de volta para pousada e falaria para Tirak não tentar gracinhas ao adentrar no estabelecimento a fim de não causar muito alarde. Não queria trazer problemas a Tya, porém a situação era grave. Seu ferimento deveria ser tratado e o assassino em sua posse não seria libertado tão facilmente, pelo menos não até que Hans se desse por satisfeito. O jovem cavalheiro partiria em busca de seu querido pai e não descansaria até encontrá-lo.

PV: 12/18 | PM: 06/06

por **Kalysta** Dom 25 Out 2020 - 14:34

Hans escreveu:Quem é o seu contratante? No caso, o seu ex-contratante.

Tirak continuava lamuriento.
- Eu sou só o assassino. Acha que sei quem é o cabeça? Sei que meu chefe ganhou muito dinheiro, e em ouro, para acabar com a comitiva inteira e não deixar ninguém vivo.

Quando Babu viu o sinal de Hans afrouxou o aperto, para alívio do assassino, mas quando este percebeu que seria levado junto, começou de novo as lamurias.

- Hey! Não! Eu disse tudo que sei! Não!
Não durou muito pois Babu parou na esquina do beco e bateu com a cabeça do rapaz na parede, fazendo um sonoro "tonc", como se quisesse abrir um coquinho. Colocou o assassino no ombro e, juntamente com Hans, entraram de novo na estalagem.

Os fazendeiros já tinham se retirado. Sobrava somente a barda e o homem de bigodes que conversava com Tya. Quando os dois entraram na taverna, Tya levou as mãos à boca.
- Oh por todos os Silfos! O que houve com vocês dois???

Babu somente grunhiu e levou o assassino até a cozinha. Tya o seguiu.

A elfa Sammira, que estava guardando seu alaude, parou imediatamente e se dirigiu a Hans.
- Você não parecia ser encrenqueiro. Sente-se aqui.

Sentou-o em uma cadeira e colocou a mão em sua ferida mais urgente. A mão da elfa começou a brilhar e logo Hans começou a sentir o alívio da dor. Tya voltava com panos limpos para que Hans limpasse suas feridas, agradecendo a barda.
O homem de bigodes se aproximou de Hans e o indagou com uma voz séria.
- Rapaz! O que houve? - sabendo que Hans perguntaria sua identidade, logo se apresentou. - Sou Gonta, prefeito do Vale. Vocês foram roubados?

Tya logo perguntou em seguida:
- E por que Babu enfiou um homem amarrado e amordaçado na despensa???

por **Hans** Dom 25 Out 2020 - 16:39

Como se não bastasse todos os problemas que Tirak causou a ambos, o paspalhão fez exatamente o contrário que Hans havia pedido. Resmungando pelo caminho, sua birra se cessou graças à inteligência de Babu ao silenciá-lo da melhor forma possível.

Tya, conforme o esperado, recepcionou-os com espanto e preocupação. A folia da noite já havia cessado e restavam poucas pessoas as quais já havia visto.

- Digamos que esse sujeito quis nos chamar para uma briga - Respondeu a indagação de Tya, apontando para um Tirak ensopado de sangue. - A sorte dele foi que Babu já estava de barriga cheia.

Agora só faltava tratar seu ferimento aberto durante a luta. Ao contrário do que esperava, seu tratamento fora relativamente rápido. Sammira, além de possuir o dom do canto também tinha o talento nado de cura. A sensação de alívio era a mesma de quando fora curado por uma okipipi rosa após ter levado uma machadada camarada de Borsch na barriga. Agradecendo a Sammira e Tya pela benevolência em ajudar uma pobre alma briguenta, Hans limpou o sangue e pôs se de pé.

- Eu não costumo procurar encrenca - Disse à Sammira com um leve sorriso. - É a encrenca quem me procura.

Em seguida, um bigodudo chegou perto de ambos apresentando-se como o prefeito da cidade. Hans voltou-se a ele, e certificou-se de que todos ao seu redor escutassem o que falaria. Seus olhos parecia mais tensos que o normal.

- Não se trata de um roubo. Nós fomos apenas atacados, mas a situação é mais grave do que parece - Hans fez um pausa e inspirou. - Segundo Tirak, aquele sujeito dorminhoco ali, Jules Grison vinha numa comitiva para o Vale e foi atacado no caminho por um grupo de assassinos cujo objetivo era aniquilar todos os que estavam lá. Não tenho mais informações sobre o paradeiro de Jules a partir de então...

Ele cerrou os punhos e jogou-os para trás do corpo, com o intuito de disfarçar a raiva que já estava aparente.

- Partirei imediatamente em busca de Jules. Irei encontrá-lo, descobrir tudo o que está acontecendo e cortarei a garganta de qualquer um que se colocar no meu caminho! - Vociferou com determinação. - Aliás, vocês podem curar também Tirak e me providenciar uma corda? Ele pode ser útil, então virá comigo. Isso se ele não quiser virar bife à parmegiana no café da manhã de um urso.

por **Kalysta** Dom 25 Out 2020 - 17:13

Samira concordou em curar o assassino. Enquanto a barda estava na cozinha, Gonta se virou para Hans.

- Jules me avisou que sairia em uma missão para a coroa, e que eu deveria esperá-lo aqui na estalagem, mas o resto eu não sei de nada. Ele só me pediu que fosse discreto, pois não poderia confiar em ninguém. Agora entendo o porquê. Quando achá-lo, traga-o até minha casa. Babu sabe onde fica. Estarão seguros lá.

Samira e Babu saíam da cozinha com um Tirak bem amarrado, e choroso, e já em melhores condições de viajar. Babu o segurava como a um saco de batatas.

Com Tirak a tira colo, Hans e Babu saíram da estalagem. Tirak os apontou na direção que deveriam seguir. Para lá ficava a estrada para Pejite. Pegaram dois cavalos emprestados com Tya e seguiram caminho. Não demorou muito acharam a estrada. Estava calma e tranquila. Por ora....

Logo acharam os rastros da luta. Havia uma carruagem parada, os cavalos haviam fugido. Alguns corpos de soldados de pejite estavam espalhados, junto com corpos de bandidos vestidos tal qual Tirak.
- Aqui. Foi aqui. Eu juro. Quando fugi, a luta ainda estava correndo solta... mas eu vi seu amigo dando ordens para que se separassem, mas não vi para que lado foram.

Aqui Babu começou a farejar o chão, com Tirak ainda debaixo do braço. Ladeando a estrada havia um bosque. Para o lado esquerdo, Babu sentia claramente o cheiro de Jules.

Seguiram a pé dali. Os rastros de pegadas podiam ser vistos e seguidos com facilidade, até chegarem a um pequeno riacho.
Ali, uma flecha lançada à sua frente, fez com que os dois parassem. Tanto Hans como Babu ficaram alertas.
- Estão aqui... Estão aqui mas estão invisíveis. Vamos todos morrer.

Apesar de invisíveis, as folhagens denunciavam um atacante a pé e um na árvore, de onde a flecha teria vindo.

por **Hans** Dom 25 Out 2020 - 18:35

Hans seguiu então sua jornada em busca de Jules na companhia de seu fiel escudeiro Babu e um saco de batata resmungão. A viagem à cavalo foi relativamente rápida, embora que cada segundo que se passava para Hans parecia uma eternidade. Não demorou até encontrarem a localidade onde o confronto ocorreu.

- Há alguém vivo? - Hans desceu do cavalo e procurou entre os soldados algum sinal de Jules ou vida. Após a negativa, se desvencilhou da trilha de corpos e seguiu Babu e as pegadas até um riacho.

Uma arma passou zunindo pelo ar próximo ao seu rosto. Mesmo grupo, mesma tática. Eram, com certeza, amigos de Tirak e lidaria novamente contra inimigos que brincavam com sua visão. Esses tipos de adversários são difíceis de se lutar e era exatamente assim que Hans gostava.

- Atacando uma pessoa sem se apresentar? Onde está seu cavalheirismo?!? - Hans provocou, já sacando a espada. - Que seja, não me decepcionem!

Hans assumiu uma postura singular, típica do estilo ensinado através de gerações pela família Grison. Talvez os assassinos vessem esta similaridade com o estilo de luta de Jules ou não, mas o que importava era que o rapaz seguiria os rastros na folhagem e faria valer o que lhe foi ensinado pelo mestre.

Dessa vez, avançou contra o adversário na árvore e executou um golpe um tanto quanto singular. Não era um ataque explosivo, era mais como um pincel deslizando sobre a tela de um idealista ou uma batuta graciosamente regendo uma sinfonia em decrescendo.

- Movimento número 1 - A espada dançou próximo aos galhos, visando onde ficariam os membros inferiores do arqueiro. - Sangria!

PV: 18/18 | PM: 06/06

Arte Marcial:

por **Kalysta** Dom 25 Out 2020 - 18:54

Hans cortara o ar - e somente o ar - e, na aterrisagem de seu ataque perfeito, escorregara no mato e caíra de cara no chão.
Sua sorte foi que, em seu acesso de fúria que seguiu, desviara da flecha que cortava sua frente.

Babu, por outro lado, largou o saco de batatas e bateu os dois punhos um no outro, correndo na direção de um arbusto e acertando algo que fez um sonoro "uff", batendo com ele no tronco de uma árvore.

Logo em seguida, o kuma soltava um grito de dor quando o inimigo invisível lhe fincava uma espadada feia no ombro esquerdo.

Situação:

por **Hans** Dom 25 Out 2020 - 19:09

Hans executou um golpe graciosa e precisamente calculado, tanto é que caiu graciosamente com a cara na folhagem. Ouviu novamente outra flecha passando próximo a si, porém não acertando-o.

- Eu vou... - Hans sentiu raiva como se fosse o arqueiro que tivesse provocado seu escorregão. - MATAR VOCÊS!

Babu, por outro lado, conseguiu conseguiu desferir um bom golpe contra o outro assassino. Não teve a sorte, porém, de sair do contra-ataque, tendo a lâmina do inimigo afundada cravada violentamente contra sua carne.

- Babu! - Gritou Hans, enquanto limpava o rosto passando o antebraço sobre ele. - Aguente firme, eu já irei te ajudar!

Hans tentou executar o mesmo golpe gracioso contra o arqueiro. Porém, dessa vez, avançou com seu posicionamento corretamente ajustado ao centro de gravidade.

PV: 18/18 | PM: 06/06

Arte Marcial:

por **Kalysta** Dom 25 Out 2020 - 19:28

Hans repetira o golpe. Desta vez, sentiu a resistência da pele em sua espada, e o sangue voando.

Algo caia ao chão logo abaixo da árvore, praguejando. Logo uma flecha voava na direção de Hans, rasgando-lhe o ombro.

Babu espremia seu alvo, que aparentemente se debatia sem sucesso. O kuma rosnava e apertava cada vez mais o abraço. O som de ossos e armadura rangendo era evidente.

Situação:

por **Hans** Dom 25 Out 2020 - 19:53

Dessa vez, o golpe entrou no arqueiro precisamente como uma navalha. Não era um golpe qualquer, mas um corte que produzia sangramento por algum tempo.

- Hunf! Parece que dessa vez você não teve sorte! - Disse Hans orgulhoso de ter acertado o primeiro golpe que aprendera com Jules, e também por ele não ter visto sua performance anterior.

Uma flecha veio do invisível e acertou-o com precisão no ombro, produzindo na carne um som não muito prazeroso de se ouvir. Hans cerrou os dentes e olhou para o lado, onde Babu dava o seu famoso abraço carinhoso no guerreiro oculto.

- Continue assim, Babu! - Mesmo com toda a etiqueta cavalheirística que Jules o ensinou, não deixaria essa oportunidade passar. Um oponente imobilizado é uma preza deveras fácil.

Correu para o local onde seu irmão urso estava agarrado com o guerreiro.

- Vai se arrepender de ter mexido com Babu! - Hans desferiu um corte diagonal contra a direção onde ficaria o braço no qual o adversário usou para fincar a espada no kuma, com a raiva de danificar seus tendões ou arrancá-lo fora.

PV: 16/18 | PM: 06/06

por **Kalysta** Dom 25 Out 2020 - 20:10

Hans trocava de alvo, dirigindo-se rapidamente ao guerreiro preso por Babu. Seu golpe atingia o braço do inimigo, e este soltava um grito de dor.

Outra flecha passava próxima a sua cabeça, sem sucesso. O arqueiro bestemiava mais um pouco.

Babu novamente apertava o guerreiro, que desta vez soltando uma gorfada de sangue no pêlo do kuma. Hans pôde ver algo passando pelos pêlos do homem urso, provavelmente a espada do inimigo, tentando em vão cortar o mesmo.

Situação:

por **Hans** Ter 27 Out 2020 - 18:57

Hans sentiu sua espada a cortar a carne de um corpo animado suspendido invisível diante de Babu. O espadachim soltou um urro de dor, o que levou o rapaz a considerar a possibilidade de que o sujeito se renderia, afinal após conhecer Tirak, não esperava nenhum ato de valentia vindo de integrantes desse grupo obscuro de assassinos covardes.

Ele escutou um estalo e o som de um projétil cortando o ar. "A flecha!" foi o primeiro pensamento que veio à sua mente. Com uma reação quase que instintiva, jogou a cabeça para o lado e sentiu o deslocamento de vento passando rente a sua orelha.

Seguindo uma reação completamente diferente da que Hans esperava, o assassino agarrado tentou sem sucesso desferir mais um golpe contra Babu. Esse tipo de reação deu aval para que o assassino fosse golpeado sem clemência.

- Ao contrário de seu parceiro covarde, vejo que tens pertinácia - Referia-se como covarde o fujão do Tirak. - Você daria um bom soldado de Kosala, se não fosse criminoso.

Hans inspirou e girou o corpo em sentido horário. Levou a espada ao chão, que acompanhou o giro fazendo uma trajetória ascendente em formato de "meia-lua" subindo em direção aonde ficaria a cabeça do adversário.

PV: 16/18 | PM: 06/06

por **Kalysta** Ter 27 Out 2020 - 21:26

O golpe de Hans teria sido quase perfeito, não fosse o guerreiro tentar escapar do agarrão, deixando a espada do rapaz no vácuo.

Com um resmungão, Babu puxa os braços para cima em um movimento brusco, e um alto crec, seguido de gorgolejos pode ser ouvido. Quando abre os braços, um corpo cai ao chão e fica visível na hora. Um guerreiro de pele bronzeada e cabelos vermelhos jazia ao chão com sangue sendo expelido pela sua boca.

Não muito depois, uma flecha passava zunindo e atingia Babu no mesmo ombro ferido. O kuma soltou um rugido alto, que fez os cabelos de Hans e do arqueiro se ouriçarem. Hans pode ouvir o som de um choramingo vindo do arbusto e outro de Tirak, que jazia no chão rezando por sua vida.

por **Hans** Qui 29 Out 2020 - 19:06

A invisibilidade do adversário era um fator que influenciava fortemente nos resultados dos embates. Mais um golpe desferido, dessa vez possivelmente mortal para o infortuno guerreiro, cuja trajetória que cumpriu não foi de encontro à carne do alvo.

- Tsc... persistente! - Resmungou Hans, enquanto Babu parecia fazer algo.

O grande kuma apertou o abraço... mais e mais forte. O som de ossos se partindo era inconveniente até mesmo para alguém que estava acostumado a ouvi-los. Ao final do movimento, o feitiço de ocultamento é quebrado e o assassino cai ao solo inanimado.

Enquanto isso, Babu era novamente atacado pelo arqueiro em seu ferimento. Aquilo parecia tê-lo tirado do sério criticamente, afinal o que se seguiu foi um rugido que causaria temor até mesmo no mais terrível dos deuses. Hans instintivamente recuou um passo, e os outros dois indivíduos pareciam terem sido mais afetados ainda pelo urro.

- Isso foi... demais - Hans voltou-se brevemente a Babu. - Como dizia um valente anão beberrão, esse é o espírito!

Hans andou até o local de onde o choro do arqueiro vinha. Ele provavelmente estava se mijando ou algo do tipo. Hans ignorou essa cena, pois já estava acostumado com o jeito de Tirak e apontou a espada para a direção de onde vinha o choro.

- É melhor que apareça ou terá um motivo ainda maior para chorar - Ele mantinha a guarda alta e atacaria uma estocada ao primeiro sinal agressividade vinda do arqueiro. - Vocês atacaram a comitiva de Jules, o cheiro dele aponta para perto. Desembucha ou terá o mesmo tratamento que seu companheiro.

PV: 16/18 | PM: 06/06

por **Kalysta** Qui 29 Out 2020 - 19:50

O choro intensificou e Hans ouviu uma súplica
- Ok... ok... ipsum revelare.- o arqueiro se revelava nos arbustos, cheio e folhas e galhos. - Eles foram por ali.

O arqueiro apontou para dentro da floresta, na direção de um morro.
- Só controle o seu cachorro, por favor.

Quando o assassino apontou, Babu começou a farejar e se virou para a mesma direção apontada.
- JuLlls. - resmungou e começou a andar naquela direção. Após um relâmpago básico, a chuva voltou ao Vale, fraca e depressiva.

Haviam mais dois corpos no caminho, mas estavam mortos com golpes de espada, e Hans sabia que eram de Jules. Hans e Babu chegavam ao pé de um morro, onde havia uma pequena entrada de uma caverna. Babu rosnou na entrada e Hans pôde ver o brilho de uma espada lá de dentro. Logo o rosto conhecido de Jules aparecia. Estava arranhado e com as marcas do cansaço da luta.

- Babu? - disse um cansado Jules, quando seus olhos se voltaram para Hans estes mostraram o alívio de quem finalmente pode baixar a guarda. - Hans....

Jules caía no chão e Hans pôde notar que ele estava segurando uma outra pessoa envolta em um manto. Uma mulher. Cabelos loiros ondulados caíam do capuz e estava completamente desacordada, apesar de já ter seus 40 anos ou mais, era muito bonita. Jules estava com duas flechas no ombro que segurava a mulher, e mais cortes e machucados pelo corpo.

Babu logo pegou a mulher que Jules carregava, e Hans ajudaria Jules. Assim que se apoiou em Hans, ele disse em uma voz baixa.
- Precisamos... seguir pra cidade. Pra casa do prefeito. Precisamos tirar a rainha daqui.

por **Hans** Qui 29 Out 2020 - 21:09

O arqueiro, com facilidade, desembuchou a direção por onde a comitiva de Jules estava. Seguiram até uma caverna, onde de longe já conseguia identificar o semblante que tanto procurava.

- JULES!! - Gritou Hans, correndo até ele. - O-o que aconteceu? Você está bem? Fiquei sabendo que foi atacado... vim imediatamente ao seu auxílio.

Hans falava de uma forma respeitosa e até mesmo obediente a Jules, ao contrário do que sua personalidade geralmente indica para com outrem. Ele então olhou para a outra pessoa que estava com seu guardião: uma mulher coberta e de cabelos loiros da mesma cor do seu.

- Rainha!?!? O que você está fazendo com a rainha? - Sua mente parecia um turbilhão, em meio a tantas dúvidas simultâneas. - Aliás, estou ciente que devemos nos encontrar com o prefeito. Ele nos avisou. Venha, vou lhe ajudar a voltar. Enquanto isso, preciso saber o que está acontecendo.

por **Kalysta** Qui 29 Out 2020 - 21:23

O guerreiro se apoiava em Hans e andava com dificuldade. Babu ia na frente com a rainha a tira colo. A chuva apertou.

- Calma. É bom te ver também. Uma coisa de cada vez... - respondia Jules, respirando entre as palavras. - Eu vou ficar bem. Não se preocupe. Temos sorte de estar chovendo. A magia de ilusão não é tão boa com água por todos os lados. Quanto ao que faço com a rainha...

Jules aqui olhou sério para Hans, pois sabia o quanto aquilo envolvia o rapaz.
- Estamos resgatando a família real, Hans. Resgantando-a do próprio rei.

Voltaram a se dedicar ao caminho, já estavam seguindo na estrada. Jules olhou o estrago feito na carruagem e na comitiva.
- O príncipe já chegou? - perguntou. Vendo a expressão de confusão de Hans, Jules xingou alguma coisa. - Então só chegamos nós.

Babu seguiu direto para uma casa logo ao pé de uma colina. A porta estava entreaberta e o prefeito estava lá dentro de tocaia. Quando os viu na estrada, abriu a porta, nervoso, e disse que entrassem. Logo Babu levou a rainha até o quarto e Jules pediu para ficar ali na sala mesmo.
- Sammira está vindo. - disse o prefeito.
- Ótimo. - disse Jules, sentando-se no sofá mesmo, com uma careta de dor. - Vamos precisar de toda cura que pudermos. Redobre sua vigília, prefeito. Temos assassinos no nosso encalço.

por **Hans** Sex 6 Nov 2020 - 14:39

A resposta de Jules fora simples, mas a reflexão de Hans ficou ainda mais confusa. Por que diabos a família real estava sendo perseguida? O rapaz nunca havia visto o supremo líder de Kosala, porém já ouvira rumores de que ele bem como boa parte da elite não era flor que se cheire haja vista que supostamente não prezava pelo povo.

Seguiram juntos até o local outrora combinado: a casa do prefeito de Vale dos Ventos. Hans começava a perceber que o problema era maior que imaginava. Ele deixou Jules no lugar desejado por este na sala, enquanto ele mesmo ficou de pé com os braços cruzados próximo à porta.

- Então vocês querem dizer que a família real está sendo perseguida por assassinos? - Hans fitou todos os presentes. - Tsc... e pensar que alguém me disse que haveria mudanças pelos ares. Agora que estamos aqui, espero que me expliquem toda a situação.

Hans observava a cada segundo que se passava através da fresta da porta.

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