A praga de Lórien [Jogo Bones]

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Mensagem por Bones Qui 3 Mar 2022 - 16:56

Depois de todo aquele trabalho no inferno e burocracia, havia conseguido seu corpo novamente. Entretanto, sua irmã havial lhe pedido tempo, então por hora não havia muito o que ser feito a respeito sobre isso. Entretanto, ainda assim era o governante e tinha suas obrigações, estava sendo um péssimo exemplo para seus subordinados e tanto tempo distânte de suas obrigações poderia dar idéias erradas. 

Afinal, para ele, Nazarick havia se tornando tão ou mais importante que seu próprio corpo, não poderia negligencia-la. Pensando nisso e decidido, pediu que Albedo comparecesse no trono. Em sua ausência, ela era a encarregada.

- Em minha ausência, tudo saiu conforme os planos?

- Sim, meu Ainz. Respondeu ela de forma mais informal, afinal estavam apenas os dois ali. - Atualmente os reinos dos anões e elfos negros tem enviado os minérios e as forjas do sétimo andar estão trabalhando dia e noite graças ao seu amigo Youkai. Em compensação, o oitavo andar teve uma ligeira aumenta na produção quando Mare tentou uma nova magia, acelerando o crescimento das plantas e junto com a produção de madeira do sexto andar, temos enviado para ambos os reinos de forma satisfatória.

- Excelente. E quanto a possiveis invasores ou ameaças?

- Ninguém seria tolo o bastante para ser uma ameaça a meu amado Ainz! Digo... Disse ela exaltada e então tentou retomar a compostura. - Apenas um pequeno grupo de bandidos tentou atacar entre Nazarick e o vilarejo próximo, mas ja foram detidos e transformados em mão de obra.

- Por falar nisso, alguma noticia de Shaltear?

- Esta por ai... Vadiando... O desprezo na voz e olhar eram facilmente perceptiveis.

Ao que parece, havia se instaurado uma certa calmaria, momento benefico para fortalecer os laços com os reinos vizinhos e também os empreendimentos. Por falar em reinos, logo se lembrou que ainda faltava uma fronteira não negociada, a Floresta de Alihanna, reino dos elfos, cuja capital era Lórien. 

- E quanto a Lórien, alguma informação?

Albedo balançou negativamente a cabeça.

- Nenhuma noticia digna de nota até o momento, meu Soberano. Não tivemos nenhum problema, mas também nenhuma resposta oficial.

- Compreendo... Disse ele pensativo. Em ragnar, os elfos negros haviam concordado em ajuda-lo nas apresentações com seus parentes distantes, mas ao que parece ainda não havia sido feito ou então não foi do interesse dos elfos se manifestar. Contudo, estabelecer relações com eles seria importante, ainda mais quando se tratava de auto-sustento de Nazarick e possivel rota de movimento militar futuro e evitar relações diplomaticas hostis.

Se levantou e a dispensou, indo agora para o sétimo andar, falar com seu velho amigo aracnideo. Chegando lá, o encontrou ranzinza com quatro anões que aceitaram trabalhar em troca de terras para suas famílias no vilarejo.

- Achei que todos os anões soubessem ferraria e beber... Disse ele parando ao lado do youkai.

- Se fosse assim não teria tanta dor de cabeça em ensina-los... Mas aos poucos estão se acostumando.

- Acha que consegue em 1 semana criar quantas pontas de flecha?

- Qualidade?

- Suficiente para um elfo não dar um xilique.

- Hmmmm... Entre 200 e 500, se eles se sairem bem...

- Me consiga 250 e ja será o bastante.

- Cuidado com eles... Podem ser vaidosos e afeminados, mas ainda assim podem ser traiçoeiros... Falou o Youkai acendendo seu cachimbo.

- Agradeço pelo aviso, irei levar em consideração.

Dito isso, se retirou, retornando para seus aposentos e avisando para Albedo que preparasse sua partida para daqui uma semana, pois iriam para Lórien. Os dias passaram, sem mudanças bruscas ou surpresas. Aproveitou a oportunidade para ver a vila como estava e para sua surpresa parecia prosperar mais do que o esperado, vendo que estavam começando novas construções e havia bastante movimento das pessoas e carroças. Pelo brasão, parece que era a carga dos anões sendo retirada e ao lado haviam toras de madeira e sacos de trigo prontos para o envio.

Ao final da semana, conforme solicitado as pontas ficaram prontas, eram de excelente qualidade e o Youkai se mostrava todo orgulhoso enquanto exibia o pedido. Albedo havia preparado uma carruagem, algo que ela fazia questão agora que Nazarick havia se tornado um Estado soberano, não poderia seu governante andar por ai como um reles aventureiro. Ele particularmente não se importava muito, mas realmente chegar daquela forma traria um peso maior para as negociações.

Sebas ficaria como responsavel na ausência, indo Albedo em sua companhia, para a felicidade da Succubus que respirava pesado e o rosto rubro, vez ou outra balbuciando algo como "lua de mel". A viagem foi tranquila durante os 3 dias que se seguiram, com Karl como coucheiro guiando a carruagem e Albedo agarrada a seu braço do lado de dentro, vez ou outra tentando tomar a iniciativa, enquanto Ainz revisava mentalmente as informações que durante a semana havia levantado sobre os elfos, se preparando para as negociações. Do lado de fora, gradativamente a paisagem foi mudando, primeiro o pantano, após isso um trecho de campos abertos e então começaram as árvores.

No entando, algo parecia diferente. Em vez de verdejantes árvores e rica fauna, agora pairava uma leve neblina e tons mais escuros, mudando completamente o ambiente. Ao alertar Albedo, ela retomou a compostura séria, atenta ao lado de fora, indicando que haviam predadores vez ou outra acompanhando, mas não ousavam se aproximar.

Então finalmente chegaram em Lórien propriamente dita, com alguns poucos habitantes e viajantes nas ruas, mas varios deles usando panos cobrindo o rosto. Após serem parados algumas vezes e Albedo os identificar, seguiram para o palacio onde uma pequena guarda os esperava e em seu centro haviam dois elfos e uma elfa, belos porém com olharem cansados.

- Nos perdoem pela recepção apressada, mas não os esperavamos. Sou Silft Evergreen, acessor do rei - Disse o elfo de forma polida, fazendo uma leve reverência.

- Eu que pesso desculpas por aparecer sem avisar, pensavamos que nossas apresentações ja tivessem sido feitas, mas acredito que haja um motivo para isso, não pude deixar de notar no caminho para cá.

Por um momento o elfo foi pego de surpresa com tal fala direta, mas pela expressão ele percebeu que de nada adiantaria tentar negar.

- Garanto que não há com o que se preocupar. Realmente Lórien não esta em toda sua glória mas medidas ja foram tomadas e a questão será logo resolvida. Por favor, nos acompanhem.

A guarda imediatamente se abriu e se pôs em sentido, permitindo a passagem de todos subindo as escadas. O palacio era bem espaçoso e a vegetação se mesclava com a construção, como se tudo fosse vivo ali, embora agora mais ressecado e menos verde. Notou canais que deveriam ter água em abundância circulando, mas atualmente estavam secos. Após caminharem um pouco, seguiram para o jardim interno, onde podia ver os soberanos daquele reino, um elfo ja de idade avançada e uma elfa belissima e delicada, ambos usando roupas leves em tons de verde, com varios detalhes com fios de ouro.

- Senhor Valar Silverleaf e a Senhora Silfie Silverleaf, soberanos de Lórien e toda a floresta de Alihanna. Disse o elfo apresentando-os com uma reverência.

- Perdoe-me por não ter dado tanto crédito a nosso encontro, assuntos internos prenderam minha atenção, não pude levar adiante tal anúncio ousado e questionavel, quase uma afronta diante do nome que usa...

Disse o soberano sem rodeios, havia bastante raiva em sua voz e um certo desprezo.

- Acredito que vossa majestade esteja correto e equivocado, ao mesmo tempo. Posso ter sido ousado em vir apesar de não ter recebido um convite formal, contudo acredito não haver nada errado com meu nome, pelo menos Albis se alegrava ao saber de minha chegada...

- Como... Como você sabe desse nome!?

Disse o elfo numa mistura de raiva e espanto, perdendo completamente a pose. Imediatamente sua esposa veio ao seu lado, interferindo.

- Peço que desculpem meu esposo, os problemas que andam acontecendo parecem ter afetado os bons modos. Ouvimos o representante de Ragnar e achamos curiosa porém pouco crivel o que foi dito. Realmente pretendem...

Ela foi interrompida pelo barulho do baú sendo colocado no chão ao lado de Ainz, sendo aberto em seguida mostrando as pontas de flechas.

- Um presente de bom grado e boas intenções. Não foram feitas por mãos elficas mas acredito serem de boas qualidades. Temos intenção de negociar troca de produtos entre nossos reinos, melhorar a diplomacia e garantir a mutua segurança das fronteiras e dos habitantes.

- Espera mesmo que acreditemos que um bem feitor, que surgiu no meio dos pantanos se dizendo ser alguem que morreu a um milênio atras, simplesmente quer a felicidade de todos?!

Albedo serrou os punhos, se segurando para não reagir frente aquele elfo insolente questionando seu querido Ainz, mas não reagiu pois ele fez um gesto para interrompe-la, tomando a iniciativa.

- Não confie em minhas palavras, acredite nos meus atos.

A feição do elfo foi de choque. Após um momento, ele abaixou de leve a cabeça, mudando completamente o clima e o tom de voz.

- Amanhã voltaremos a conversar, são bem vindos a passar a noite aqui, o quarto ja esta sendo preparado. Com licença...

Disse ele se retirando, evitando de encara-los diretamente. Albedo ficou um tando duvidosa sobre o que havia acontecido, mas nada falou. Então foram direcionados ate o quarto, confortavel e Albedo estava começando a tirar seu vestido questionando sobre o ocorrido.

- Me perdoe a ignorância, mas o que aconteceu com o rei? Usou alguma magia que não percebi?

- 1000 anos atrás, quando a guerra ja havia começado e os elfos se juntaram a nós, Albis era o governante e junto de sua família havia um pequeno garoto. Acredito que esse garoto cresceu e se lembrou do juramento que havia feito para Albis quando unimos forças. Foi um palpite que tive, mas ainda bem q...

Foi interrompido ao notar que ela ja havia tirado suas roupas, vindo com sua pele branca exposta em sua direção, sedutora e olhar lascivo. Quando ela finalmente o alcançou, bateram na porta. Albedo imediatamente agarrou um travesseiro e forçou contra o rosto, gritando, mas então se cobriu as pressas com o lençol. Era a rainha, vinha sozinha.

- Desculpe interrompe-los tão tarde, mas peço perdão pelo comportamento de meu marido. Se realmente é quem diz ser, saiba que ele nutre muito respeito mas também magoas pelo que aconteceu mil anos atrás. Além disso, é evidente que perceberam que Lórien não é mais a mesma, algo tem acontecido e não conseguimos resolver, esta se alastrando.

- Podemos resolver isso, seria uma forma de ganhar ao menos um pouco mais a confiança e mostrar com atitudes o que proponho.

- De forma alguma! São convidados, ja perdemos alguns grupos e não sabemos exatamente o que é, se algo acontecesse...

- Eu insisto. Essa mazela nada pode me fazer e isso irá tirar um peso dos ombros de seu esposo.

A rainha ponderou em silêncio, expressão seria de temor mas ainda assim pensativa, ate romper o silêncio e se pronunciar.

- Se conseguirem fazer isso, será grande o debito que teremos com vocês, mas se falharem, seu reino poderá rechassar pela morte do governante. Nenhuma das duas hipoteses nos beneficiaria... Lamento, mas não posso pedir isso.

- Compreendo a posição e o raciocínio. Vamos nos ater então apenas as relações comerciais e diplomáticas.

- Grata que tenham compreendido. Com sua licença, irei deixa-los mais... avontade.

Disse ela dando uma olhada para os trajes improvisados de Albedo, se retirando. A succubo imediatamente o deixou cair, novamente querendo se jogar encima dele, contudo foi impedida

- Ela não pode pedir, mas também não nos impediu. Que outro motivo ela teria para tocar no assunto que não fosse pedir nossa ajuda indiretamente? Realmente pode nos beneficiar muito e tenho um mal pressentimento sobre o que esteja ocorrendo...

Disse ele indo olhar pela janela. Estavam no terceiro andar, podiam ver relativamente longe e sempre presente aquela névoa, algo que nunca ouviu nenhuma descrição de haver isso no reino elfico. Albedo um tanto decepcionada, se aproximou ao seu lado falando com uma voz doce e sedutora.

- Precisa ser agora, querido Ainz?

- Infelizmente sim, minha querida. Não sabemos se teremos outra oportunidade e isso poderá ser util amanhã nas negociações.

Disse ele trocando sua roupa formal pela armadura negra, enquanto ela havia parado de ouvir tudo desde que ele falou "querida", mas tão logo recobrou os sentidos se vestiu com sua armadura também. A abraçando pela cintura, os teleportou para a entrada da cidade, onde a nevoa estava mais densa e então sairam da estrada rumo a floresta.

Um pouco mais afastados, ja notaram alguns animais os rodeando, mas nenhum corajogo o suficiente para tentar algo. Haviam varios outros mortos ao longo do caminho, até que então encontraram cavalos e corpos de humanos, provavelmente aventureiros ou mercenários, pois não tinham nenhum brasão. Parece ter havido sinais de luta entre si, enquanto outros estavam simplesmente mortos, talvez um desentendimento e traição? Quem sabe... Aproveitou a chance e apenas colheu suas almas para servirem como mais mão de obra para Nazarick.

Continuando, logo foram chegando numa parte mais escura e rochosa, mas que não afetava ambos. A neblina por sua vez tinha ganhado um tom diferente, mais vermelho terroso, exalando um forte cheiro ferroso, parecia sangue. Foi possivel ver outro grupo mas não sabia distinguir pois boa parte deles foi dilacerado, provavelmente animais. Olhando melhor, foi possivel ver o símbolo dos Silverleaf, provavelmente soldados que foram os primeiros enviados.

- Estão nos cercando, quer que cuide deles?

- Sim sim, acho que tem algo ali...

Disse ele liberando suas sombras para ajuda-la a enfrentar alguns animais que começavam a correr na direção deles. Enquanto isso, foi na direção as rochas, parecia haver um caminho de onde a nevoa surgia, dificultando enchergar, o levando a pisar em falso e cair em uma caverna que se abria. Imediatamente usou sua mão sombria para diminuir o ritmo e conseguir descer sem se machucar, conseguindo observar melhor o ambiente enquanto desce.

Era uma gruta, sem marcas de escavação, as rochas pareciam ter derretido ou se moldado de forma não natural mas o que mais chamava atenção era uma carcaça, no meio da gruta. Uma carcaça de um dragão, um dragão marrom. Lentamente e ja sabendo a resposta, se aproximou e tocou a carcaça. Flashs de lembranças vieiram em sua mente, flashs dos corredores do palacio, dos jantares, festas e da guerra que se seguiu. Era sua irmã, Gaia. 

Em seu abdomem estava o que parecia uma garra ou algo parecido, ainda com um leve brilho. Algo lhe dizia para não tocar naquilo, então em vez disso decidiu usar sua magia e destruir. Não era fácil, era muito mais resistênte do que mithril, mas aos poucos conseguiu desfazer aquele pedaço. Feito isso, o corpo de sua irmã começou a se desfazer rápidamente, provavelmente aquela macula a impedia de se decompor e em compensação estava poluindo tudo, mas provavelmente seu ultimo esforço foi fechar aquela gruta para impedir que se espalhasse.

Em silêncio, retornou para fora, percebendo agora uma sacola e ferramentas, provavelmente alguem havia tentado minerar ali e abriu a gruta inadivertidamente. Foi até onde suas sombras e Albedo ja haviam lidado com os ursos e javalis que haviam surgido. Mesmo com sua armadura, Albedo conseguiu sentir o clima pesado de seu senhor e nada falou, apenas o acompanhou de volta.

Na manhã seguinte, o sol estava brilhando mais forte e ja não tinha mais aquela neblina. A reunião prosseguiu e foram feitos acordos sobre as mercadorias, deixando que Albedo falasse por ele por conta dela saber exatamente as quantidades, sempre vizando beneficiar Nazarick. Ao final, o acordo foi firmado, com Lorien reconhecendo a soberania de Nazarick e sendo estabelecido um pacto de não agressão, mas ficaria para uma futura revisão o tratado de aliança militar. Ao final, quando foram se despedir, o rei o chamou em particular no jardim interno.

- Não tenho como garantir que realmente seja quem diz que é, mas é inegavel que suas ações e fala lembram-me muito de um certo alguem do passado. Meu pai confiou nesse alguem e pagou com a própria vida, mas também salvou nosso povo. Se realmente for quem diz ser, meu receio é que a historia esteja para se repetir, estou certo?

- Não sou alguem que se apoia em mentiras, então direi o que sei. Infelizmente aqueles que foram responsaveis pelo que aconteceu parecem estar novamente agindo. Estou lutando contra o tempo para não deixar repetir o que aconteceu e impedi-los. Infelizmente não terei mais meus irmãos para me auxiliar, então nossas forças estão reduzidas, mas também significa que são menos alvos para eles influenciarem. Não posso te prometer, mas farei o que for possivel para vingar todos e por um fim nisso. A proposito, não se preocupe com seu problema, realmente precisava que fosse resolvido por mim...

- Esta bem... Por hora lhe darei credito e agradeço pelo que fez. Voltaremos a nos falar no futuro.

Então se despediram e retornaram, com sedas e varios ramos de steelbranch, uma madeira nativa de la que era leve, porém tão resistente quanto aço, algo que Mare poderia começar a produzir no sexto andar. Uma surpresa inesperada, mas o passado voltou a lhe assombrar...
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