[Campanha Exclusiva: Rahmon] Busca - Parte I: A Bruxa das Dimensões

GM escreveu:
Após concluir seu treinamento básico, Rahmon e Kalysta passaram uns bons dias na biblioteca de Valkaria, procurando informações sobre seu antigo mestre, Kazdan Paratus. A professora reparara no interesse do rapaz nos livros e, após o episódio do esgoto, tinha adquirido uma certa afeição materna por aqueles quatro aventureiros. Sabendo da história de seu antigo mentor, a maga ajudou com a busca, procurando inclusive em sua coleção pessoal.

Acharam um total de 5 livros: dois escritos pelo próprio Kazdan e três por outras pessoas, com participações do mago aqui e ali.
Comunicação com Espíritos- Manual Básico: por Kazdan Paratus
Possessão e comunicação: Guia de Rituais e Palavras: Por Kazdan Paratus
Shamans e a Conexão com o Além: Por Rubias Valafara, com artigos de Kazdan Paratus e outros
As religiões antigas pré-dias de fogo: Por Nalygah Niirra, com artigos de Kazdan Paratus e outros
Culinária do Além: Receitas psicografadas: Por Madame Pyffurria, com artigos de Kazdan Paratus e outros.

Kalysta escreveu:
Mais um dia de leitura e Kalysta propôs irem ler no jardim - o dia estava nublado, perfeito para ficar ao ar livre. Os livros escritos pelo próprio mago que buscavam eram enormes, com anotações complicadas e citações a outros compêndios, o que rendia um trabalho dobrado.
Estavam sentados próximos a um arbusto de frutas, fervilhando de flores amarelas e borboletas azuis. Com a fonte não muito longe, o barulho de água era reconfortante, mas Kalysta exibia uma expressão concentrada enquanto lia o Manual Básico de Comunicação com Espíritos. Finalmente, após alguns vários minutos de leitura silenciosa, a maga quebrou o silêncio.

- Devo dizer, rapaz, que seu antigo mestre com certeza conversou tanto com os espíritos que não me surpreenderia ele ter descoberto um jeito de viajar para o outro lado sem precisar acabar com a própria vida. O estudo dele sobre o assunto é extenso.... e confuso em muitas partes, até mesmo para mim.

Ainda conversaram por mais um tempo, mas aí a atenção da maga foi diretamente atraída para uma borboleta em particular, que voava em círculos por cima da cabeça do aluno. A expressão da maga passou de surpresa para perturbada, com um suspiro que parecia algo que fazemos quando um vendedor de seguros persistente bate à nossa porta pela décima vez no mesmo dia.

Fechando o livro, a maga disse simplesmente ao aluno.

- Vamos ao mercado. Aqui não encontraremos mais nada que nos ajude.

Sem muita explicação, os dois devolveram os livros na biblioteca e seguiram para o grande mercado. Kalysta andava pelas ruas como se fosse um pedaço de fita de cetim, sem esbater em ninguém. Já Rahmon, não podia dizer o mesmo. Aquilo era um formigueiro. Pessoas passavam carregando caixas, sacolas, pacotes, jogando coisas por sobre as cabeças uns dos outros. Em alguns pontos o tumulto passava, só para piorar quando viravam a próxima esquina.
Apesar de confiar na professora, que seguia com determinação pelas ruas, o aluno poderia jurar que ela estava seguindo a borboleta do jardim, desde a Academia.

Kalysta escreveu:
A maga olhou para Raahmon como que decidindo algo muito importante, virando uma esquina e ainda seguindo a borboleta a maga começou.

- Existe uma pessoa que pode acessar diversos mundos, se é que eu posso explicar desta maneira. Se seu mestre, como suspeitamos, teria realmente descoberto uma maneira de ir ao mundo espiritual sem precisar tirar a própria vida, eu não posso ajudá-lo como gostaria... mas ela, sim. Mesmo que ele esteja no mundo dos vivos, eu não tenho o conhecimento de magias de localização que esta pessoa tem, portanto faz muito mais sentido virmos ao seu encontro do que ficarmos procurando nos livros.

Kalysta e Raahmon estavam agora em um dos bairros residenciais de Valkaria, onde a maioria dos comerciantes e marinheiros mantinha residência. Ficava em uma colina, sendo que no lugar de uma planície em sua base, havia o nada dos limites da ilha flutuante. Uma bela vista. O movimento e número de pessoas era quase nulo e as ruas se tornaram ruelas. Virando em uma delas, os dois pararam.

Havia um muro de madeira escura e dois arbustos, um de cada lado da entrada. A borboleta havia parado em um deles e descansava suas asas.
- Quando esta borboleta apareceu, tive a certeza de que não encontraríamos nada. Esta... bruxa tem um jeito especial de contactar seus clientes. - disse a elfa, com um certo amargor na voz. Vendo a confusão no rosto do aluno, complementou: - Ela é uma bruxa, uma maga, mas também é uma comerciante. E uma que sabe negociar.

Pela abertura do muro, sem nenhum portão, havia uma casa:

Era uma bela casa, com certeza.
Raahmon ainda estava analisando a construção, quando a pergunta de Kalysta o surpreendeu:
- Está vendo alguma coisa? Além do mato crescido? Alguma construção ou casa?

Não havia mato crescido, o jardim da casa estava bem mantido. Haviam árvores belíssimas ao redor e até um poço. Aparentemente, a elfa não via o mesmo que o aluno. Com a confirmação do fato, a elfa suspirou.
- Bem, então sabemos que o convite foi só para você. Talvez em outra oportunidade eu possa acertar minhas contas com essa mulher.

Sabendo o que Raahmon perguntaria, Kalysta se virou para ele com um sorriso a fim de tranquilizar o rapaz.
- Não se preocupe, ela é exótica, mas não é má.  Ela só aceita quem precisa de seus serviços e, ao que tudo indica, eu não sou uma pessoa nesta condição. Se entra ou não na casa, se aceita ou não os termos do negócio, isso tudo é uma escolha sua. Caso precise de mim, estarei de volta na Academia.

Kalysta esperou Raahmon tomar sua decisão e voltou pelo mesmo caminho para a Academia.

GM escreveu:Ao entrar no terreno, Raahmon terá a clara impressão de ter entrado em um ambiente diferente. Tal qual quando passamos por um túnel, aquela sensação de desconhecido e expectativa do que encontrar do outro lado. Não era uma sensação ruim, era apenas... uma sensação.
A porta estava semi-aberta. Logo na entrada havia um local para retirar os sapatos. Havia apenas um corredor à frente, sem portas laterais. Ao fundo, uma única porta de correr. O piso de madeira era escuro e a iluminação dentro da casa era apenas a natural vinda das janelas.
Rangendo com o peso do rapaz, o piso foi anunciando sua chegada cada vez mais próxima da porta corrediça. O cheiro de madeira começou a ser complementado com o cheiro adocicado de chá... e de ervas sendo queimadas.
Uma voz um tanto preguiçosa veio de dentro do aposento.
Entre logo, rapaz. Você já está atrasado.


Ao abrir a porta, Raahmon se depara com um amplo aposento, coberto de tatame e com nenhuma luz vinda de fora. Duas fontes de luz em cada lado proporcionavam uma iluminação perfeita da sala. Havia uma almofada vermelha no centro, uma baixa mesa com uma caixa preta ao lado e um conjunto de chá sobre.
Atrás de tudo isso, um divã preto. Deitada no divã estava uma mulher. Magra, com cabelos negros e lisos que deveriam arrastar no chão. Sua pele era branca tal qual papel, mas seus olhos eram acinzentados. Estes miraram Raahmon, por trás de uma franja, com profunda curiosidade. Sua boca se encrispou em um sorriso.

Bruxa escreveu:
- Finalmente! Estou esperando há dois minutos, sabe? Sua professora foi muito lenta, talvez esteja muito cansada.
A bruxa usava um kimono branco com detalhes em vermelho. Seus cabelos estavam ornados com peças intrincadas, douradas, com pingentes em linha vermelha. Sua mão direita segurava elegantemente um kiseru - cachimbo longo, estilo japonês - de onde vinha o cheiro de ervas queimadas.
 
- Bem, sente-se rapaz. O chá vai esfriar se ficar aí em pé. Eu esperava que fosse mais alto... - Aqui a mulher pareceu ponderar, olhando para a cabeça de Raahmon e coçando seu queixo com a mão livre. Passados alguns segundos, abanou a mão como que para afastar estes pensamentos.- Ah deixe estar. O nome é Yuuko, rapaz, mas alguns me conhecem como a Bruxa das Dimensões. Eu entendo que precisa de meus serviços. Vamos começar com seu nome e o que busca.... ou quem, nesse caso. 

Aqui, Yuuko apoiou a cabeça no braço que descansava na aba do divã e ficou observando Raahmon, com um sorriso divertido e curioso nos lábios pálidos.

O chá estava delicioso.

Imagem:

Yuuko escreveu:
Yuuko escutava Raahmon com os olhos acinzentados fixos no rapaz. Apenas fitou o teto ao ouvir o nome do mentor do rapaz. Com uma profunda tragada do cachimbo, falou com a fumaça saindo em fios.
- Kazdan Paratus.

 Ficou observando a fumaça serpentear no recinto por alguns segundos e voltou a fitar Raahmon com o mesmo sorriso simpático de outrora.

- O preço será justo, como deve ser. Os serviços e itens de minha loja não se equivalem a dinheiro comum. Uma informação por uma informação. Um item, por um item. Uma vida por outra. Obviamente, como uma comerciante, gosto de negociar e não tenho nada contra planos de pagamentos. - disse isso com um sorriso petulante no rosto.

A mulher se levantou e andou até a mesa, sentando-se no chão à frente de Raahmon. Apoiando seu kiseru em um suporte, retirou o conjunto de chá, pousando-o no chão. Voltando-se para a caixa, desenrolou uma fita vermelha e a abriu, mostrando seu conteúdo: Uma toalha cor púrpura enrolada e presa por um fio dourado, uma pequena trouxa de tecido de veludo preto, que fazia um som de chocalho, uma enorme pena de pássaro vermelha. 

Enquanto desenrolava a toalha, continuou a explicar.
- Vamos descobrir onde está seu mestre, primeiro. E considere isto como um brinde. 

Yuuko sorriu enquanto abria a trouxinha e apanhava todo o seu conteúdo de uma vez. - Como aluno de Kalysta e Victor, acho que uma cortesia é devida.

A bruxa posicionou a mão, ainda fechada, sobre a toalha púrpura em cima da mesa. Dizendo o nome do mestre de Raahmon lentamente, abriu a mão. Os itens consistiam em: um pequeno osso (talvez uma falange), uma concha, um pedaço de metal e uma pedra marrom simples. As peças bateram uma vez na toalha e quicaram para fora da mesma. A mão de Yuuko não estava tão alto e ela apenas abriu a mão. Aquela ação seria normal caso alguém tivesse atirado os itens com fúria na mesa, mas fora algo exagerado para o simples ato de largar alguns itens. 

Yuuko voltou a pegar seu Kisero e deu duas baforadas, olhando os itens em volta. Com uma única risada contida, olhou Raahmon nos olhos.
- Seu mestre não está sobre ou abaixo da terra, tampouco no mundo dos mortos ou dos espiritos.

Por fim, Yuuko pegou a pena e a colocou gentilmente no centro da toalha. Nada aconteceu. 
- Mas vivo. Bem vivo. Saudável, inclusive. Interessante. Você não teria algo dele aí com você, teria? A bruxa perguntou com o mesmo sorriso, parecendo se divertir com o modo como as coisas estavam acontecendo.

Yuuko escreveu:
A feição da bruxa se crispa em um sorriso. Estendendo sua mão com palma para cima, sem palavras, pede que Raahmon deposite o objeto sobre sua palma.

Assim que o rapaz o faz, o ambiente é tomado por uma leve brisa, fazendo a fumaça rodopiar em círculos em volta da dupla. Yuuko mantém seus olhos cinzentos fixos na runa.

- A runa do caminho, runa do destino. Raido.
A brisa cessa, tão abruptamente como quando começou.

A feiticeira olha Raahmon e sorri novamente.
- Esta runa em si não possui características mágicas, mas age como um selo para um conhecimento. Como posso explicar? Venha... vou lhe mostrar.

Levantando-se do chão, Yuuko caminha vagarosamente até uma das portas corrediças, ao fundo do quarto. Ainda segurava a runa em uma das mãos, usando a outra mão para segurar o longo kimono que arrastava no chão. A bruxa parou ao lado da porta e olhou para Raahmon, como sinal para que ele prestasse atenção.

Ainda segurando a runa na mão direita, mostrou a palma da mão esquerda, vazia. Ao fechar a mão e abrir novamente, ali se encontrava um giz.

Sorrindo, Yuuko voltou seu olhar para a porta e, com a mão esquerda, escreveu a runa na madeira. Ao concluir o último traço, manteve o giz encostado na porta.
- Raido. Lórien.

Retirando o giz, fez sinal para que o rapaz abrisse a porta.
Quando Raahmon empurrasse a porta de madeira, não veria um cômodo, mas sim um quarto magnífico. A janela era ampla e mostrava uma cidade nunca antes vista pelo rapaz. Com certeza, não era Valkaria. As casas que via estavam no alto de árvores, o verde das copas era tão saturado que chegava a doer os olhos. Uma música belíssima parecia vir de debaixo da janela.

As paredes do quarto eram de madeira, mas adornadas com trabalhos intrincados de fios. A cama era enorme e o cheiro de flores e frutas frescas era perceptível mesmo da porta. Raahmon pôde notar que estavam admirando a vista de dentro de um armário.

Yuuko esperou até que o rapaz estivesse satisfeito com a vista e, gentilmente, fechou a porta corrediça bem quando o som de passos se aproximava de onde estavam. Com a mão esquerda, agora livre, Yuuko esfregou a ponta dos dedos onde tinha escrito a runa, borrando o giz. Quando abriu de novo a porta, Raahmon viu um outro cômodo exatamente igual ao que estavam.

- Entendeu? Só funciona com lugares onde você já esteve pessoalmente e que contenham portas, como estalagens, armários, quartos, serve até com baús, até onde eu sei. Então, até agora, sua conta comigo inclui uma identificação e lição do uso de uma runa. Hmm - Yuuko olhou o rapaz de cima a baixo, ainda com um sorriso no rosto. - Bom, você não tem nada no momento para pagar o devido valor, e retirar esta runa de seu poder seria oposto ao seu pedido. Então... terá que ser com trabalho. 

Dizendo isso, e sem esperar a aceitação ou não do método de pagamento, Yuuko devolveu a runa ao rapaz e voltou a caminhar para a mesa.
- Mokona! Com o chamado da bruxa, o som de algo pulando se aproximava do quarto. Uma das portas laterais se abriu e uma bola de pêlos preta veio rolando até o lado da mesa, bem na hora que Yuuko voltava a se sentar e reacender seu kiseru - Este é Raahmon, meu novo empregado. Vai trabalhar até pagar sua conta. Acompanhe-o e mande para cá o que servir para abater da dívida dele, ok?

A bola negra de pêlos tremilicou e, em um pulo, se espandiu. Dois pequenos braços negros, duas longas pernas negras. Olhos em forma de fenda. Duas longas orelhas. Uma enorme gema azul reluzente no meio da cabeça. Aquilo era um coelho preto, porém redondo, macio e gordo. Na ponta da orelha esquerda, um brinco com um único pingente esférico.

Mokona:

O coelho olhou Raahmon e levantou um dos bracinhos.

- Yoh! - disse simplesmente. 
- Mokona vai lhe ajudar com sua busca, mas tudo o que for interessante para minha loja, será confiscado por ele. Parece justo? -Sem esperar a resposta, Yuuko deu uma outra bela baforada em seu cachimbo. Enquanto isso, Mokona se dirigiu até Raahmon, cantarolando, e escalou suas roupas até sentar atrás de seu pescoço, com as patas/mãos em sua cabeça. - Muito bem. Você tem uma runa que te leva até lugares onde já esteve, um animal mágico e um ambiente com portas. Acho que o lugar por onde você deve começar a sua busca é bem óbvio, certo?
Yuuko disse isso estendendo uma mão para Raahmon. Em seus longos dedos pálidos, havia um giz branco.

Decisões Decisões:

Yuuko escreveu:
Yuuko ouviu as perguntas de Raahmon com um sorriso tão sincero quanto malicioso. Após mais uma baforada no kiseru, respondeu tranquilamente.

- O pagamento por algo deve ser na mesma medida. Se eu cobrar a mais, em algum momento isto me será retirado com juros. Da mesma forma, caso você pague a menos.... - aqui a bruxa deu uma risadinha fechando os olhos por um breve momento. - Digamos que você não quer pagar a menos. Você será bem vindo eternamente em minha loja, mas seus serviços vão terminar assim que se reunir com seu mestre. Mokona vai ser de grande ajuda, pense nele como um artigo mágico que estou te alugando.

Mokona escreveu:
A bola de pêlos preta chamada Mokona estava muito bem acomodada nos ombros de Raahmon, com as patas dianteiras sobre sua cabeça. Com batidinhas leves de suas patas na cabeça do rapaz, uma voz afinada falou.
- Yoi Yoi! Pode confiar no Mokona. Mokona vai ajudar Raah-chan. Vai sim! Quem estamos procurando mesmo?

Yuuko escreveu:
Yuuko ergueu sua mão e fez um abano de despedida para Raahmon.
- Até mais tarde.

GM escreveu:Assim que a porta se abriu, Raahmon não via mais um cômodo da loja de Yuuko, mas sim o interior de uma cabana. O rapaz reconheceu a antiga casa de seu mestre de imediato... assim como pôde reconhecer outro fato: Alguém estivera ali. Tudo estava remexido. Papéis, roupas, gavetas, baús. Móveis foram arrastados. Havia uma marca de queimado no teto. A porta pela qual entraram estava mal e mal presa pelas dobradiças a um armário velho. Assim que Raahmon passou por ela, a mesma caiu no chão, como se tivesse esperado que o rapaz passasse por ali para desmoronar no chão.

Pela janela, também quebrada, Raahmon podia ver a paisagem do Vale. A cidade ao longe, com seus moinhos gigantes e as montanhas. É o meio da tarde. 

Mokona escreveu:
Mokona pulou ao chão assim que passaram pela porta.
- Waaah... seu mestre era bem bagunceiro, Raah-chan. Mokona vai ajudar. Vai, sim. Quer que eu ajude na limpeza, primeiro?

Após dar uma voltinha pelo ambiente, a bola preta de pêlos parou aos pés de Raahmon e ficou fitando o rapaz, esperando algum comando. Se Raahmon andasse, ela andaria logo atrás.

What's Next?:

Mokona escreveu:
O coelho pulava de um lado a outro enquanto Ramon procurava entre livros e folhas. Em um dado momento, a bola de pêlos pulou na cabeça de Ramon e lhe deu uma mordida na cabeça. 

Antes que o rapaz pudesse reclamar ou tentar tirar o animal de seu cocoruto, a visão do rapaz se enturvou. Estava no mesmo lugar, mas a cabana não estava revirada. Estava no meio da cabana, tal qual se lembrava, com tudo no lugar, organizado como seu mestre gostava. A porta se abriu, mas nenhum som foi ouvido. Três figuras encapuzadas entraram na cabana, suas figuras acinzentadas e transparentes. Começaram a revirar o ambiente inteiro. Uma última figura, sem capuz, era um drow alto, com cabelos brancos lisos e usava uma armadura negra. Seus olhos vermelhos analisavam o trabalho dos encapuzados, irritado. A cena passava na frente dos olhos de Ramon como um filme, mas em preto e branco. 

Os encapuzados finalmente se prostraram de joelhos perante o drow e este, em um acesso de fúria, externou um enorme jato de fogo pela boca, queimando o teto. Todas as figuras se retiraram. 

O ambiente permaneceu parado por um tempo que pareceu dias, até que uma figura mais miúda, uma criança?... Não. Um gnomo apareceu na cabana e olhou em volta, admirado. Suas roupas eram verdes, seus cabelos pretos e alvoroçados. Sua expressão era de puro medo e tristeza, com seus olhos totalmente pretos e arregalados. Ramon o conhecia. Era o apotecário do vale, amigo de seu mestre. O gnomo andou em volta e, olhando pela janela, receoso, retirou um pedaço de madeira do batente da porta. Andando encurvado, saiu devagar da cabana. 
Ramon se lembrava de ter ido a sua botica buscar remédios para seu mestre, entre outras coisas. O gnomo tinha uma estabelecimento afastado do vale, no meio do bosque, e vinha visitar seu mestre com certa frequêcia. Sue nome era Tobias.

Quando a cena acabou, Mokona tirou os dentes do couro cabeludo de Ramon, que ficara dolorido e com duas profundas marcas de dentes na pele.

- Últimas memórias deste recinto.... Perguntou com a mesma voz dócil, como se tivesse feito algo muito natural. - Viu algo útil?

Enquanto ouvia Ramon, o coelho lambia o couro cabeludo do rapaz, deixando seu cabelo todo melado. 

Raahmon escreveu:Ouch! Não tinha nenhuma outra maneira de me mostrar isso?! Sinto que vai doer por dias! 

Mokona escreveu:

- Claro que tem, mas esse é o jeito mais prático.... e mais divertido.

Raahmon escreveu: Eu não deveria estar surpreso. A bruxa disse que você seria útil. Só me avise da próxima vez que for fazer algo assim. – disse, se abaixando perto de Mokona. – Do que mais é capaz, amiguinho?

Mokona escreveu:

- Oh muitas coisas. Posso fazer de tudo um pouco, mas não abuse.

Off escreveu:Você leva 3 de dano

Drow = 16 - 6 = 10

Raahmon escreveu:Ugh... Eu sou... sou.. Tim! O feiticeiro mais poderoso de todo o vale! 

Situação:

Raahmon escreveu: Agora tenha educação e me diga: quem é, o que faz aqui e onde está o gnomo?

Situação:

Situação: