[Campanha Exclusiva: Tyr] Ambição Mortal - Parte I: o Exército de Pejite

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Mensagem por Kalysta Sáb 25 Jul 2020 - 10:41

Após seis meses de treino intensivo na academia, Tyr estava formado como Mago. Teve de esperar ainda mais uma semana para que Valkaria estivesse mais próxima de Pejite e as naves rúnicas começassem a fazer suas rotas mercantis.

Kalysta o acompanhou até o porto lhe indicou a nave rúnica que seria seu transporte. SSR Legacy. 
- Capitã Amelia não irá tentar te enrolar em uma aposta para arrancar seu dinheiro. - A professora sorriu. - Bem, boa sorte em sua jornada rapaz. A Academia estará sempre aberta se precisar estudar mais. 

A maga estendeu uma mão e esperou que Tyr  apertasse. Assim que Tyr se virou, um Okopipi alto e magro, pele verde escura, olhos de um azul saturado, olhavam Tyr de cima. O rapaz o conhecia pelas andanças na academia e convivência na arena: Era Dingarvot, o mais velho dos guerreiros de sua tribo. O sapo segurava uma pequena bolsa sobre o ombro e trazia sua espada à cintura. Vestia uma leve vestimenta de couro, que parecia ter sido feita com retalhos. Assim que Tyr bateu os olhos no anfíbio, este fez uma exagerada mesura, típica de seu povo.
A voz da professora as suas costas, explicou:
- Dingarvot demonstrou interesse em conhecer o mundo lá embaixo. Ele é o primeiro de sua geração a sair de Valkaria, mas é um guerreiro competente. Acompanhar você em sua jornada não me pareceu má ideia. 
- Mestra Kalysta é muito gentil. Não mereço tantos elogios. - disse Dingarvot, ainda com o corpo arqueado.
A maga suspirou - Esse jeito deles é questão de se acostumar. Pode chamar ele de Ding, é mais fácil. Não vai ter problemas de lealdade com ele, isto eu lhe garanto. Quando quiser que ele vá embora e siga seu próprio caminho, também é só dizer, caso ele lhe esteja atrapalhando. 
- Prometo fazer jus a sua confiança e a da mestra Kalysta, mestre Tyr. Aceitarei ir embora, a qualquer sinal de minha incompetência. - assentiu o anfíbio, ainda com a cabeça abaixada. Mesmo assim, ainda era mais alto que Tyr. 

Assim que Tyr se despedisse, Kalysta só daria dois leves tapinhas na cabeça de Ding. O sapo levanta a cabeça e mira Kalysta nos olhos, esta sorrindo - Boa sorte aos dois. - Disse num tom materno, virou as costas e tomou seu rumo de volta à academia. 

Ao embarcarem na nave, esta partiu de Valkaria. Com uma hora de viagem, a nave fez seu caminho para fora das nuvens. O fukai ocupava toda a linha do horizonte e Pejite já podia ser vista em toda sua grandeza. Dingarvot olhava a tudo com olhos arregalados - mais do que lhe era natural. Só conhecia o mar de nuvens que ocupava o horizonte de Valkaria, então aquilo era novidade. 
O percurso ainda durou mais uma hora e meia. A nave pousou em um dos portos suspensos, fora dos muros da cidade. O movimento era constante e havia muitas opções de transporte para Pejite, que devia estar a alguns quilômetros de distância.

Após conseguirem um transporte, os dois estavam aos imponentes muros de Pejite. Do alto das muralhas, guardas andavam e observavam os limites da cidade. Os altos portões estavam abertos a esta hora do dia e havia uma fila para entrar e prestar contas aos dois guardas. Haviam mais quatro ali para prestarem apoio tático em caso de necessidade.
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Mensagem por Tyrael Sáb 25 Jul 2020 - 13:48



[Legenda]
«Narração»
"Fala"
[Pensamento]



Cap 2.: O regresso.



« Após seis meses de esforços diuturnos e intensos estudos sobre as artes arcanas, Tyr atingiu a proficiência necessária para ser reconhecido como um mago. Nesse período, seu domínio sobre a energia extra-planar que liga tudo e todos havia crescido sobremaneira, entretanto, o maior aprendizado foi aquele no aspecto psicossocial. A convivência com outras etnias, outras culturas e outras crenças – somadas ao monólogo protagonizado pelos livros da biblioteca – deram ao rapaz um arcabouço de conhecimentos que o tornou diferente da nobreza binária kossaliana, cuja força motriz é “caçar insetos, atacar vilarejos.” »

« Por cima do ombro, ele observou sua professora, Kalysta, enquanto ela lhe dava as últimas instruções relativas ao embarque na nave rúnica SSR Legacy. Durante o ultimo semestre, o garoto tornou-se particularmente próximo da elfa, passando a nutrir por ela uma afeição fraternal. Apesar de discordarem em alguns pontos, Tyr considerava que possuíam uma boa relação. Agora, selada pelo aperto de mãos. »

“Digo o mesmo para você, Kalysta, se tiver qualquer problema com Borsch ou Trumm, mande me chamar e virei num passe de mágica.”

« Em seguida, o caçula von Moltke virou-se para seu novo companheiro de viagens: Dingarvot. À primeira vista, o Okopipi possuía a conformação necessária para um bom guerreiro. Ele era ainda mais alto que Tyr; seus braços e pernas, tão delgados quanto possível, denunciavam que aquele indivíduo era um ágil espadachim e, o mais importante, pelo testemunho de Kalysta, Ding era leal como um cavaleiro. Sem dúvidas, nosso herói havia começado sua viagem com o pé direito, ao lado de tão ilustre companheiro. »

"Será uma honra tê-lo ao meu lado, Ding... Eu espero que possamos viver aventuras heroicas o bastante para inspirar gerações de Okopipi. A própsito, pode me chamar apenas de Tyr."

« Após as breves palavras, o mago apoiou a mão direita no ombro do sapo por alguns segundos, um gesto simbólico que demonstrava sua confiança em seu novo camarada. “Vamos?”. Com uma piscadela, despediu-se de sua antiga professora. Embarcar na nave rúnica foi como atravessar uma névoa de perguntas e questionamentos. Afinal, por seis meses, Tyr manteve pouquíssimo contato com seu clã. Como será que estariam Amadeus, Ludwig e Catarina? Qual havia sido o desfecho de seus amigos: haviam abraçado a vida de estadistas ou se dedicado a outros ofícios? O que será que o rei Windgard tinha planejado para a cidade? Pelo que havia lido através de um dos falcões responsáveis por trazer notícias da capital à Valkaria, o rei havia encontrado um novo conselheiro, sobre o qual sabia-se muito pouco. Imerso em suas reflexões, Tyr não prestou atenção na viagem, tampouco pôde observar o deslumbramento de Dingarvot ao comtemplar o novo mundo que surgia diante dele. »

« Quando a Legacy cessou o movimento, a dupla desembarcou. Assim como Ding, Tyr carregava uma mochila de couro nas costas e a espada na cintura, porém, as semelhanças de suas vestimentas terminavam por aí. O garoto também utilizava uma longa camisa branca de linho; por cima dela, um colete de algodão preto com o a face do lobo Fenrir, animal símbolo dos von Moltke estampado à retaguarda; calças negra, tipo, culote; botas da mesma cor, adornadas com pequeninas esporas prateadas e uma mortalha de cetim vermelha enrolada na cintura. »

“Então, Ding, o que achou do deserto até agora?”

« Os aventureiros fizeram o percurso até os portões a cavalo. Os dois animais, alugados através de benefícios da empresa responsável pela Legacy, caminhavam lentamente pelas areias. A cada passo que davam, seus pescoços balançavam descrevendo um oito imaginário no ar. Tyr observava as reações de seu companheiro e procurava sanar qualquer dúvida. Ao chegarem aos portões, ambos apearam dos corcéis e entregaram-nos a um funcionário da empresa. Em seguida, entraram na fila. »

“Quando chegarmos lá, deixe comigo, ok?”

« Apesar de possuir privilégios oriundos do berço que permitiam-lhe burlar a espera, o garoto acreditava que fazê-lo não era justo com as pessoas que haviam chegado antes. Por isso, com as mãos nos bolsos, aguardou a audiência com os guardas. »

“Olá, eu sou Tyr da casa von Moltke e esse é meu protetor, Dingarvot... Nós gostaríamos de entrar na cidade para visitar o palacete.”

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Mensagem por Kalysta Sáb 25 Jul 2020 - 15:39

Dingarvot escreveu:[Campanha Exclusiva: Tyr] Ambição Mortal - Parte I: o Exército de Pejite Aborgast-Token O alto sapo seguia Tyr, sempre um passo atrás e sempre no mesmo ritmo. Quando Tyr lhe disse que poderia lhe chamar apenas pelo nome, Dingarvot apenas respondeu, com uma leve reverência com a cabeça:  
- Sou grato por isso, mestre Tyr. 
Aparentemente, ele não havia entendido que Tyr se referia ao uso da palavra "mestre", e Digarvot entendeu que Tyr o havia permitido usar seu nome. Tudo continuava na mesma.

Tyr escreveu:“Então, Ding, o que achou do deserto até agora?”

O anfíbio olhou Tyr, piscou os olhos bulbosos duas vezes e olhou em volta. Em um movimento de piscar de olhos, sua língua lambeu o olho esquerdo em um sonoro SChlepT. Ding respondeu:
- Seco. -Ding respondeu simplesmente.

Tyr pôde notar, logo de cara, que Ding não era algo comum de ser visto por ali. As pessoas olhavam para ele como se fosse um acontecimento... e era. Okopipis eram considerados extintos há muito tempo. Assim que seu companheiro de viagens se aproximou dos cavalos, o cavalo à frente de Dingarvot logo se aproximou, batendo amigavelmente com o focinho em seu rosto, ao que o okopipi retribuiu com carinhos em seu focinho.

A viagem a cavalo foi silenciosa. Desta vez, Ding montava ao lado de Tyr, com a cabeça voltada sempre para a frente, vez ou outra olhando uma carroça passando apressada pelos dois. Ao chegarem aos portões, devolveram os cavalos e Ding ouviu atentamente as palavras de Tyr.

Tyr escreveu:“Quando chegarmos lá, deixe comigo, ok?”

Na mente do anfíbio nem lhe passou a possibilidade de abrir a boca, e suspirou aliviado quando o rapaz lhe propôs aquilo. Nem saberia por onde começar. Sua resposta foi apenas um leve aceno assertivo com a cabeça.

Os guardas íam gesticulando para que os visitantes se aproximassem, um a um, e faziam sinal para que parassem a uma dada distância. Com Tyr e Dingarvot não foi diferente. Mais uma vez a reação do guarda ao ver o anfíbio humanóide foi de clara surpresa. Mesmo assim, ouvindo a explicação de Tyr e pedindo identificação, o guarda logo os liberou. 

Logo após a muralha externa, Tyr e Dingarvot se encontravam no círculo rural da cidade, também conhecido como complexo rural. Muitas fazendas, moinhos, currais e roças. Era, também, a parte mais simples da cidade. As pessoas ali levavam uma vida simples: Muito trabalho, pouca luxúria, mas prazeres simples. Os dois viajantes encontraram movimento apenas na estrada, mas as pessoas trabalhando nas fazendas nem pararam para prestar atenção a ninguém.

A estrada de terra, larga e marcada por rodas e pisadas, seguia reta até o Centro Comercial, onde a vida ganhava mais ruído e cor. Além de pisarem em pedra, agora, Tyr e Dingarvot tinham opções de ruas, esquinas, becos. Quarteirões de casas, comércios, tavernas, ferreiros, estrebarias. O movimento na rua era constante, bem como a conversa, os gritos de promoções e as risadas. Ainda era uma parte mais simples da grande cidade, mas muito mais vívida.

Dingarvot escreveu:[Campanha Exclusiva: Tyr] Ambição Mortal - Parte I: o Exército de Pejite Aborgast-Token Dingarvot não sabia para onde olhar, mas finalmente abria a larga boca para dizer algo:
 - Barulhento tal qual Valkaria. Isto é um tipo de mercado? 
 

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Mensagem por Tyrael Sáb 25 Jul 2020 - 17:16



[Legenda]
«Narração»
"Fala"
"Fala Ding"
[Pensamento]



Cap 2.: O regresso.




« Graças à origem nobre do garoto, Tyr e Dingarvot atravessaram a orla exterior da cidade de Pejite sem nenhum empecilho. Na verdade, os guardas mal lhe dirigiram o olhar, preferindo fitar apenas suas botas. Esse tipo de comportamento era profundamente enraizado na sociedade kossaliana, fruto das grandes desigualdades existentes entre a aristocracia e os demais setores da sociedade. Apesar de já consagrado pelo tempo, esse abismo social incomodava o mago, pois, ele acreditava que a verdadeira nobreza surgia dos feitos de um indivíduo, cujo objetivo maior deveria ser promover a riqueza de sua nação e seus cidadãos. “Todos os homens nascem iguais, alguns se destacam pela força de seu espírito”. Qualquer coisa diferente disso era papo furado. »
 
« No prosseguimento de sua caminhada em direção ao palacete da família von Moltke, a dupla de aventureiros passou pelo complexo rural, onde os camponeses trabalhavam a terra a fim de prover os gêneros necessários para a subsistência da cidade. A estrada em direção ao centro era marcada por vestígios de carroças e pegadas de animais, ela dividia as propriedades em dois setores: de um lado, haviam plantações de hortaliças; do outro, pastagens para os animais. Por cima da via, à esquerda, passava o aqueduto que irrigava toda a região e tornava possível sobreviver em meio ao deserto. »
 
“ Sabe, Ding, como você já atestou mais cedo, nossa cidade é extremamente seca... O que não é nenhuma surpresa, já que vivemos em meio ao deserto, rodeados pelo miasma do Fukai... Mesmo assim, os cidadãos se recusam a desistir e utilizam toda a engenhosidade e recursos disponíveis para sobreviver. Agora, estamos atravessando a parte mais externa da cidade, onde os aldeões praticam a agricultura e a pecuária. Esse aqueduto sobre nossas cabeças é como o pulmão de Pejite, injetando um sopro de vida em todos os distritos da capital. Ele começa na citadela, no centro da cidade, e vai até à muralha exterior.”
 
« Tyr falava de forma calma e clara. Durante todo a explicação, seu olhar permaneceu voltado para Dingarvot. Havia uma preocupação autentica do humano para que seu amigo entendesse todos os detalhes do funcionamento daquele lugar. Por isso, a cada frase, o mago esperava alguns segundos antes de prosseguir, talvez, dando tempo ao espadachim para digerir a situação. »
 
« Alguns quilômetros à frente, eles chegaram ao centro comercial. Naquela parte da cidade, a larga estrada se ramificava em diversas vielas revestidas com pedra sabão. A calçada debruçava-se sobre a via a fim de dar maior espaço para que os comerciantes expusessem seus produtos. Se o anel agrário de Pejite já destoava do ambiente árido, onde a cidade estava situada, o centro comercial exibia uma pujança e vida incomparáveis. As crianças corriam pelas vielas brincando de “monstros e cavaleiros”; suas mães, por outro lado, divertiam-se ao comparar preços e tipos de tecidos trazidos pelas diversas caravanas vindas do deserto; os homens esperavam o tempo passar, na sombra dos cafés, bebendo a bebida amarga, fumando cachimbo e discutindo sobre política. Aparentemente, o assunto que transcendia todos os círculos sociais era o pronunciamento do novo conselheiro real, Mog. Novamente, Tyr resolveu parar e explicar ao homem-sapo onde estavam. »
 
“Barulhento tal qual Valkaria. Isto é um tipo de mercado?”
 
“Sim, Dingarvot. Se antes nós estávamos no pulmão da cidade, agora chegamos ao seu coração! O centro comercial reúne cada uma das classes de Pejite em suas lojas e cafés. Todos sempre ávidos por colocar a conversa em dia e conferir as últimas novidades. Na verdade, a cidade é o polo comercial do sul do continente de Zephyr, por isso, caravanas de comerciantes chegam a cada semana. Em suas bolsas, eles trazem produtos ditos “incríveis e únicos” e, em seus bolsos, bastante espaço para levar as moedas dos mais ingênuos. Cuidado com eles, meu amigo.”
 
« Novamente, o tom de Tyr era sereno e desprovido de qualquer vaidade. Ele esperou por um momento para retirar qualquer dúvida que surgisse, em seguida, convidou Ding para que continuassem sua caminhada até o palacete. Finalmente, eles chegaram à muralha interna! As imponentes paredes brancas erguiam-se do solo como presas de um predador colossal, separadas do restante da cidade por um fosso repleto d’água. Acima do muro, as silhuetas das torres de vigia, com seus telhados negros, cortavam o céu azul daquela tarde. No total, haviam quatrocentas delas, sempre guarnecidas por uma equipe de arqueiros. Elas distavam cinquenta metros entre si, o suficiente para proporcionar o apoio mútuo em caso de uma tentativa de invasão. »
 
[Lar, doce lar...]
 
« Após atravessar a ponte levadiça, Tyr entregou suas credenciais aos guardas do portão e adentrou no pátio interior da fortaleza. »



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Mensagem por Kalysta Sáb 25 Jul 2020 - 17:51


Dingarvot não era de muitas perguntas, mas absorvia cada palavra pronunciada por Tyr, olhando cada canto que o rapaz apontava, às vezes se encurvando para escutar melhor. No mais, a caminhada fora longa, porém produtiva.

Já próximos da citadela, o barulho e burburinho diminuíra bastante. Dentro da mesma, era uma paz e quietude, apenas quebrada pelas conversas animadas das madames na calçada. Não haviam carroças, não haviam pessoas bebendo nas ruas. As casas eram muito mais belas, e as roupas das pessoas muito mais finas. Os olhares agora para o sapo eram de puro estranhamento, alguns olhares eram de receio.

O grande pátio era rodeado das moradias de nobres, geralmente familiares de grandes figuras próximas ao rei. O castelo se erguia imponente ao fundo da citadela.

A casa de Tyr ficava na ala norte, área mais nobre da citadela. Assim que passou pelo portão do grande jardim, uma das serviçais logo o viu, entrando apressada para avisar a chegada. Logo uma outra, rechonchuda, que Tyr reconheceu como Ava, o saudou na porta com uma mesura. Ela usava um uniforme azul escuro, óculos redondos por cima de um nariz fino. 
- Estamos muito felizes com seu retorno, Tyr. - ela continuaria, não fosse a surpresa de ver um sapo imenso atrás de Tyr. Ava olhou de Dingarvot para Tyr, e de volta, e de novo. Um sorriso nervoso surgiu em sua boca, e Tyr reconhecia isso como um sinal de "isto é extremamente anormal" - Amigo seu.... jovem Tyr?
Ava ajudou a cuidar dos rapazes quando estes eram mais novos. Era como uma segunda mãe aos dois, ensinando-os as boas maneiras e dando tapas nas mãos quando eles tentavam "afanar" alguma guloseima da cozinha em má hora.
- Ahem... - pigarreou, retomando a compostura e fazendo sinal para que entrassem - posso guardar suas ... mochilas? Gostariam de se refrescar?
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Mensagem por Tyrael Seg 27 Jul 2020 - 13:10



[Legenda]
«Narração»
"Fala"
"Fala Ding"
[Pensamento]



Cap 2.: O regresso.



« A transição para a cidadela interior foi a mais abrupta de todas. Ao transpor o portão, Tyr e Dingarvot nitidamente perceberam que haviam cruzado uma fronteira. Ali, a vegetação era mais verde, as ruas mais limpas, o clima mais ameno. Até as pessoas pareciam mais felizes! Sem ter que lutar para ganhar seu sustento diário, os cidadãos mais abastados podiam dedicar-se aos estudos das artes, inclusive a da guerra. »
 
« Esse ambiente utópico nublava o julgamento da maior parte dos conselheiros reais. Graças à tranquilidade com que levavam suas vidas no interior das muralhas cor de marfim, eles não acreditavam que existiam coisas como fome ou medo. À semelhança da rainha francesa Maria Antonieta, ao se depararem com um moribundo, suplicando-lhes um pedaço de pão, os residentes da cidadela ordenariam ao mendigo que comprasse brioches. Apenas aqueles que serviam ao Exército mostravam um pouco de sensatez, fruto do espírito de corpo adquirido nas campanhas promovidas por Windgard IV. »
 
« Preferindo a forma ao conteúdo e fixados no ideal de perfeição cultuado naquele pseudo-paraíso, grande parte dos habitantes daquela área de Pejite considerava qualquer coisa diferente do padrão ali cultuado como algo estranho e potencialmente perigoso. Acuados, poderiam ter as mais diversas reações. Temendo um ataque a seu amigo, Tyr manteve Ding sempre próximo de si. »
 
“Não saia do meu lado... Aqui, todas as aparências enganam.”
 
« Assim que os aventureiros chegaram à ala norte do bairro, Tyr reconheceu sua casa e abriu o passo para percorrer a distância restante o mais rápido possível. Ao entrarem no jardim, ele pôde ver a tia Ava, uma das senhoras responsáveis por sua criação. Ela estava exatamente idêntica a imagem que o caçula von Moltke tinha em sua mente: o uniforme azul escuro bem engomado; o óculos de cobre caído por cima do belo nariz; o sorriso maternal estampado no rosto. Revê-la trouxe um sentimento de felicidade ao coração do mago, pois, significava que tudo estava no mesmo local desde sua partida. Ao observar a reação da velha senhora a Ding, o garoto interveio. »
 
“ Ei, ei, Ava... Como estão as coisas, hã? Esse é meu amigo Ding, devemos trata-lo de mesma fora que trataríamos um de nós. Sabe, o clima do deserto tem castigado esse espadachim mais do que qualquer oponente já o fez. Então, eu acredito que um copo d’água seria ótimo! Meus pais estão em casa?”
 



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Mensagem por Kalysta Sáb 1 Ago 2020 - 19:03

Ava escreveu:
Ava era símbolo da eficiência e profissionalismo. Assim que ouviu as palavras de Tyr, direcionou um sorriso ao okopipi desconhecido.
- Seja muito bem-vindo, mestre Ding. Guardo sua mochila?

Disse educadamente, recebendo a mochila do anfíbio e de Tyr. Ao ser questionada, fez sinal para o jovem Tyr, e ele sabia o que ela queria dizer.
O pai de Tyr estaria no escritório dele, como sempre. Ava saiu do caminho, permitindo que Tyr e Ding seguissem pelo longo corredor da casa até o escritório, mas os seguiu, falando:
- Seu pai está desde ontem enfurnado nesta sala e não come direito. Aquele novo conselheiro lhe tira o sono. Levarei os refrescos e um lanche para lá em dois minutos.

Dizendo isto, praticamente sumiu por entre as portas da casa, para colocar a cozinha para funcionar.
O corredor seguia por salões, passando ao lado de enormes janelas que davam vista para o pátio e o jardim. Logo ao fundo, antes de virar à esquerda para uma escada que dava acesso aos pisos superiores, duas pesadas portas corrediças estavam cerradas. 
Ao abrí-las o escritório de Ludwig era uma biblioteca particular. Estantes se alongavam ate o teto, com uma escada para acessar os níveis mais altos. Uma enorme janela com vista para o Jardim permitia que uma iluminação privilegiada tomasse conta do aposento. Havia um tapete cor vinho enorme, três poltronas individuais e, logo à frente da janela, uma enorme mesa de madeira escura, sempre muito bem organizada.
Ludwig escreveu:Hoje, a mesa não demonstrava essa organização toda. 
Papéis, livros, pergaminhos estavam abertos por sobre ela. Ludwig estava em pé, ao lado da mesa, com um pesado livro de cor verde na mão. Sua expressão era cansada e concentrada, enquanto lia as palavras com pressa, virando as páginas com rapidez. Ao ouvir a porta se abrindo, fechou o livro com um som surdo e uma pequena nuvem de poeira.
De alguma forma, a visão de seu filho o suavizara um pouco as rugas de preocupação.
- Tyr! - pousando o livro sobre os papéis na mesa, andou em direção ao filho e o amigo - Bom retorno à casa, meu filho. Sua chegada é em boa hora, com certeza.
Ludwig apertou vigorosamente a mão de Tyr, enquanto pousava a outra pesada mão em seu ombro. Direcionou o olhar a Ding e, novamente, a surpresa de algo que nunca tinha visto. 
- São poucas as vezes que posso dizer que fui surpreendido, meu filho.
Ludwig esperou a apresentação do recém-chegado e estendeu a mão a Dingarvot, que a apertou prontamente. 
- Seja bem-vindo a minha casa. Todo amigo de meus filhos são bem-vindos aqui. 

Enquanto os três conversavam, com o silêncio de abelhas trabalhando, Ava e mais duas moças serviram refrescos e lanches, bolachas, pães e tortinhas em um aparador no escritório, afastado dos livros. Com uma reverência, a governanta e as demais se retiraram e fecharam as portas.

Ludwig, fez sinal para que se servissem do lanche e ficassem a vontade, mas voltou para em volta da mesa.
- Conte-me, Tyr, como foi a Academia? Se você teve tanta emoção lá como estou tendo aqui, foi um prato cheio. 
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Mensagem por Tyrael Dom 9 Ago 2020 - 18:40

[Legenda]
«Narração»
"Fala"
"Fala Ding"
[Pensamento]



Cap 2.: O regresso.



« Por conta de sua meticulosidade, Ava sempre se destacou entre as auxiliares do palacete. Durante toda a vida, ela buscou executar as suas tarefas com perfeição, empregando o máximo de capricho possível em cada ato - um traço que, talvez, tenha passado ao jovem Tyr – o que, felizmente, manteve-se inalterado na meia idade. As pernas curtas ainda se moviam com a agilidade de uma bailarina. Pari passu a isso, as mãos rapidamente despiram Tyr e Ding de suas mochilas, enquanto a vozinha amável dava instruções para que ambos os cavalheiros a seguissem até a biblioteca do Duque de Ferro. »
 
« A travessia do palacete von Moltke foi breve, porém, dotada de grande carga emocional. Absolutamente tudo permanecia no seu devido lugar, o que contribuía para que seus moradores fossem constantemente atingidos pela sensação de déjà vu. Em consequência desse status quo inalterado, Tyr podia reviver momentos de sua infância enquanto caminhava pelo local. O mago se enxergava no jardim, sobre a grama verde, empunhando uma espada de madeira e duelando com seu irmão, Amadeus. Mais a frente, reconheceu o ponto onde havia montado pela primeira vez sua égua, Imaginação do Deserto. Subitamente, o cheiro de torta de maçã lhe invadiu o nariz e trouxe, a galope, lembranças dos maravilhosos petiscos que Ava fazia aos domingos. »
 
« Ao adentrar no escritório de Ludwig, Tyr sorriu. Após um suspiro, ele comentou “realmente, tudo está como antes.”. Do outro lado do cômodo, seu pai permanecia de pé, lendo algum livro antigo, na esperança de encontrar a solução para um problema deveras atual. O caçula atravessou todo o escritório e sorriu quando Ludwig lhe reconheceu. Era bom estar em casa! Afinal, a ultima vez que tinham se reunido fora na partida de Tyr para Valkaria. Desde então, o garoto havia desenvolvido suas habilidades sob a tutela de Kalysta. Além disso, ele também pôde adquirir experiências e ferramentas que seriam úteis para o reino de Kossala. »
 
« Sua criação, sob a égide da justiça e orientada à paz, tinha-o conduzido até aquele momento: Era chegada a hora de erguer-se e lançar-se numa guerra invisível à multidão. Mais importante do que degustar bebidas caras ao lado de belas mulheres era oferecer condições dignas a fim de que os moradores mais humildes do anel agrário pudessem prosperar ou evitar que o novo conselheiro real provocasse a ira dos insetos do Fukai através de expedições pseudocientíficas cujo objetivo era capturar os animais para estuda-los em prol da ciência. Nesse contexto, Tyr tinha duas certezas: a primeira, que seu pai atuava como bastião da paz na capital, preocupado com o bem estar do povo; a segunda, que não poderiam deixar que aquele inimigo fantasma assumisse a inciativa das ações. Como nenhuma guerra é ganha na defensiva, eles precisavam agir rápido. »
 
“É muito bom revê-lo, pai. Este é Dingarvot, hábil guerreiro da tribo dos Okopipi. Após seis meses em Valkaria, nós dois podemos evoluir nossas habilidades e adquirir a maturidade necessária para realizar a transição à fase adulta... O garoto deu lugar ao homem, que anseia por ajudar sua cidade. Então, duque, como podemos servir à Pejite? Ava me contou que o povo está em alvoroço após o discurso do novo conselheiro... Particularmente, eu não vejo com bons olhos uma incursão às cegas ao Fukai. Principalmente, enquanto os insetos estão afastados dos nossos muros.”


Tyrael
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Mensagem por Kalysta Dom 9 Ago 2020 - 19:56

Ludwig escreveu:
À menção do novo conselheiro, Ludwig adquiriu um semblante pesado e fez sinal para que os recém-chegados se servissem do lanche - ao que Ding fez, com certa curiosidade e... lerdeza.

O pai de Tyr permaneceu em silêncio, observando o okopipi analisando as diferentes comidas e se servindo de refresco, mas com o pensamento longe. Voltou o olhar a sua mesa, cheia de papéis e livros. Todos inúteis ao que buscava.
- Procurei por toda parte sobre esse... conselheiro. Ninguém ouviu falar dele, não há uma só menção a ele em qualquer livro sobre magos, sacerdotes, alquimistas. Nada.
As palavras saíam com decepção.
- O rei, desde que adoeceu, não recebe ninguém. Visitas são proibidas. Não vê nem os filhos, nem a esposa. Acredito nisto pois foram palavras de seu irmão.
Ludwig fez um sinal afirmativo com a cabeça, ao ver a expressão no rosto do filho.
- Sim, Amadeus ainda está lá, agindo como parte da Mesa, mas recebo mensagens cada vez mais curtas e apressadas, todas com o mínimo de informação e nada concreto. Meus homens estão em alerta, esperando apenas uma ordem minha, mas não posso agir contra o rei a não ser que tenha provas concretas de que este conselheiro é má notícia. E eu sei que é, apesar de a cidade inteira estar com as esperanças todas focadas neste desconhecido. Sou da mesma opinião que você, Tyr. Contudo, até agora, tudo o que ele fez foi mandar expedições ao fukai, mas ninguém sabe o que ele procura. E eu perdi meus olhos no exército. 

Ludwig abaixou a cabeça, seus olhos fechados mostravam rugas que antes não estavam tão profundas. Seus cabelos tinham um tom mais esbranquiçado do que Tyr se lembrava quando partiu. 
- Caius desapareceu no fukai, logo na primeira semana. Agiu com o melhor dos interesses, mas foi impulsivo e não aguardou minhas instruções. Como ele atuou sem permissão do exército, por conta própria, nada foi feito. Ele foi tido como desertor, bem como quem o seguiu.

Tyr sabia quem era Caius. Amigo de infância do pai, seguira a carreira militar mas sempre com extrema fidelidade ao Duque Ludwig. Era um cabeça quente, brigão e impulsivo, mas sempre visitava Ludwig e o ajudou em diversas crises militares.
O duque ficou em silêncio por um tempo, contemplando os papéis. Como se tomasse uma decisão, levantou a cabeça e olhou diretamente nos olhos de Tyr. 
- Preciso que você seja meus olhos, mas indicá-lo seria colocar uma corda em seu pescoço pois não sei em quem confiar ali dentro. Você terá que ir disfarçado, sem mencionar seu nome verdadeiro. Qualquer conexão a nosso nome ou nossa casa, será como entregá-lo aos leões. 

Ludwig se aproximou e colocou novamente a pesada mão no ombro de seu filho. Com um olhar rápido para Ding, que abria uma trouxinha de maçã para ver o que tinha dentro, voltou a falar, mas em um tom baixo. 
- Leve apenas quem for de sua extrema confiança. Comece de baixo, para que lhe enviem em uma das expedições e descubra o máximo que puder. Quando souber de algo, qualquer coisa, entre em contato com Gamma, sobrinha de Ava. Ela trabalha em uma taverna.... esqueci-me do nome agora.

Aqui o Duque fora interrompido, pois as portas corrediças se abriam de um solavanco, assustando o sapo que estava com duas trouxinhas na boca. Ava estava em pé, ajeitando os óculos, bem rente à porta.
Ava escreveu:- Urso Caolho, milorde. - disse prontamente a governanta, com ar profissional, ajeitando os óculos sobre o nariz. - Gamma é uma moça discreta. Irá reconhecê-la, mestre Tyr, assim que a vir. A taverna também é conhecida em toda a cidade, então não terão problemas em achar. Soube que é um ponto muito frequentado pelos jovens do exército.

Tyr já sabia do péssimo costume de Ava em ouvir atrás das portas, mas nunca ela fora REALMENTE repreendida por isto, e o rapaz nunca soube o porquê. 
Ludwig escreveu:O Cavaleiro suspirou e apertou a ponte do nariz entre os dedos. Após um pigarro, falou em tom grave.
- Ava... quantas vezes eu já lhe disse. Esse seu hábito... é extremamente inadequado.
Ava escreveu:- Hábito? - Ava piscou os pequenos olhos, surpresa - Apenas passava por aqui e pensei ter ouvido o meu nome. Devo atender sempre que me chamam.
Ludwig escreveu:Mais uma vez o duque suspirou, olhando a governanta e balançando a cabeça em desaprovação. 
- Ava vai providenciar uma nova troca de roupas e uma bagagem nova...
Ava escreveu:Levantando duas pesadas mochilas, Ava interrompeu novamente.
- Já providenciei, senhor. Os quartos também estão prontos, bem como as cartas de admissão no exército.
Ludwig escreveu:O duque, mais uma vez, suspirava, com os olhos fechados. Pensou em sua esposa, em como queria bem a governanta, como ela fora boa com os meninos... e como tinha hábitos nada agradáveis.
- Sim. É melhor que saiam logo cedo, antes do sol aparecer, para não atraírem muita atenção.
Kalysta
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Mensagem por Tyrael Qua 12 Ago 2020 - 21:48

[Legenda]
«Narração»
"Fala"
"Fala Ding"
[Pensamento]



Cap 2.: O regresso.




« Tyr permaneceu em silêncio enquanto Ludwig demonstrava sua preocupação em relação ao novo conselheiro real. O jovem ouvia atentamente o discurso de seu pai, o que era evidenciado por alguns aspectos de sua postura: em primeiro lugar, a ponta de seus pés estava voltada para o duque; além disso, os olhos de tempestade do garoto permaneciam fixos nos do cavaleiro arcano; por fim, a mão de Tyr apoiada sob o queixo evidenciava, naquele momento, seu estado pensativo. »
 
« Em sua mente, ele refletia sobre os fatos expostos naquela sala. Ainda que Mog fosse um forasteiro, que se esforçasse para manter o ar de mistério ao redor de si, alguém deveria ter alguma informação sobre ele. Alguém tinha que ter alguma informação. Afinal, a geração espontânea já havia sido categorizada como uma falácia, o que excluía a possibilidade de ele simplesmente ter surgido em Pejite no auge de sua terceira idade. Pelo contrário, ele havia chegado até ali através de suas experiências passadas, pois, graças a elas, nós adquirimos o arcabouço que nos ajudará a tomar decisões futuras. Sendo assim, Tyr concluiu que cada conquista, cada perda, cada derrota colocou um tijolo no calçamento da estrada que conduziu aquele homem até a capital de Kossala. »
 
« Outro ponto que incomodava o jovem aventureiro era a postura do conselheiro em relação aos demais súditos de Windgard IV. Sob o pretexto de ser o cruzado que libertará a cidade do flagelo do Fukai, ele identificou-se em seu discurso de apresentação como “a experiência, o conhecimento e a sabedoria” e prometeu tornar a cidade invencível. Pura demagogia. Em oposição às estratégias políticas de Mog, Tyr acreditava que a exploração da ignorância do povo mergulharia a cidade num ciclo vicioso, onde uma pequena parcela seria privilegiada e, ao restante, restaria a imbecilidade coletiva. »
 
« De repente, o caçula von Moltke foi sacado de seus pensamentos pelo pedido de seu pai. Sem hesitar, ele assentiu com a cabeça e voluntariou-se para servir à Ludwig. Obviamente, Dingarvot o acompanharia naquela odisseia cujo desfecho prometia honra e glória. Naquele momento, o espadachim anfíbio contentava-se com mais algumas trouxinhas de maçã. Quando Ava entrou na sala trazendo em seus braços roupas e mochilas prontas, o clima ficou menos tenso e os três soldados deixaram escapar um sorriso sincero. »

« Após algum descanso, Tyr e Ding partiram em direção ao quartel de Pejite, seu objetivo era claro: mesclar-se às fileiras do Exército a fim de obter o máximo de informações possíveis. Para isso, vestiam-se como pessoas comuns com um par de botas de couro marrom escuro, calça e túnica de algodão da cor creme. Na cintura, carregavam suas espadas. Não havia qualquer emblema ou alusão ao clã dos von Moltke. Ao chegar à guarnição, Tyr adiantou-se e se apresentou à sentinela. »

“Bom dia, eu me chamo Tyr..ael. Tyrael! E esse é meu amigo Vladimir. Eu e Vlad viemos ser soldados para chutar a bunda de alguns daqueles insetos nojentos.”
 



Tyrael
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Mensagem por Kalysta Sáb 15 Ago 2020 - 16:21

O horário de saída foi perfeito. Ava providenciou o café da manhã e as roupas: simples, porém novas e limpas. Ding não pôde usar as botas, por seus pés terminarem em longos dedos que, simplesmente, não caberiam em qualquer calçado, mas estava habituado. A governanta dos van Moltke fez questão de anexar às mochilas um lanche para cada um - não poderia fazer mais. Os pertences de Ding estavam, todos, na nova mochila.
Quando os rapazes estavam de saída, Ludwig já não estava na casa - talvez nem tivesse dormido nela. 
Ava se despediu dos dois e eles seguiram rumo ao quartel. 

A instalação militar de Pejite ficava logo além dos muros do círculo interno, portanto a caminhada fora curta. 
Ding permanecia ao lado de Tyr e de boca fechada. Ainda o sol não tinha raiado de vez quando os dois chegaram aos muros do Quartel. 

Muros altos, com torres de vigia e um amplo portão duplo. Duas sentinelas estavam de guarda, dois humanos, com faces desconhecidas por conta dos elmos. O da direita, assim que viu a dupla, fez sinal com a mão para que parassem, ouvindo a apresentação de Tyr. Ambos dirigiram seu olhar para Dingarvot, sendo que o soldado à esquerda manteve sua mão no cabo da espada o tempo todo. 

O primeiro agarrou as folhas de recomendação das mãos de Tyr e passou a vista. Levantou a cabeça novamente, claramente olhando Ding de cima a baixo. 
Aguardem aqui.

Dizendo isso, virou as costas e deu uma única pancada no portão, olhando para cima. Com um alto ranger, o portão se abriu, o suficiente apenas para o soldado passar. O soldado restante permaneceu ereto e na frente da dupla, sem tirar os olhos de Ding. De cima dos muros, outros soldados mantinham os olhos fixos na dupla, entre eles dois arqueiros.

O dia já ia claro e o movimento no quartel aumentava, ruidosamente. O toque de acordar foi tocado e já se ouviam as pesadas armaduras e armamentos rumando a seus postos. A dupla esperou belos vinte minutos do lado de fora, com seu vigilante militar a postos, sem mexer um músculo e nem dizer palavra.

Quando o soldado retornou, com os papéis em mão, tinha retirado seu elmo e coçava os cabelos avermelhados, confuso e desconfiado. Olhou para Tyr, depois para Ding, e fitou seu companheiro.
- São recomendados, Jolk. Lá do Vale. 
Relaxando um pouco a postura, mas não a prensão no cabo da espada, o soldado Jolk finalmente falou.
- Está brincando, Polt? - apontou para o Okopipi - Este ... também?
- Sim, Jolk! Acabei de falar com o Coronel, em pessoa. Se ele disse pra liberar, eu que não vou discutir. - Polt parecia contrariado. Com um movimento rápido e ríspido, estendeu os papéis para Tyr- Vamos ver se voltam inteiros, já que são tão bons. Podem entrar e me acompanhem. Devem se apresentar ao Coronel, imediatamente. 
Polt deu meia volta e entrou pelo portão, caminhando rápido

Dentro dos muros, o quartel era enorme. Em seu centro, um enorme pátio já era agraciado com o som de pesadas botas se exercitando, com apenas uma voz gritando comandos - e xingamentos - de uma forma bem rude. 
De um dos lados o pátio, um longo alojamento com amplas janelas. Aos fundos, o refeitório já cheirava a comida. Do outro lado do pátio, uma outra construção com janelas menores, abrigava os escritórios, salas de reunião, alojamentos dos superiores e arsenais. 

Os estábulos ficavam bem ao lado dos portões de entrada e havia uma larga construção, cujas janelas com barras já denunciavam seu propósito, bem ao lado dos alojamentos. 

Polt liderou a dupla pelo quartel, com os olhares curiosos para Tyr e Ding. Entrando na construção de janelas menores. O corredor era longo, com uma porta a cada cinco metros. Polt só parou na última porta, fechada. 
Assim que abriu, fez sinal para que os dois entrassem.

- Aguardem serem chamados. - foram as palavras secas e rápidas do soldado, que fechou a porta assim que os dois entraram no aposento. 

Apenas uma janela, a porta da qual vieram e uma outra, logo em frente. 

Quatro cadeiras, divididas em pares, de costas para as paredes. 

Silêncio.
Finalmente, o silêncio fora quebrado por uma voz grave:
- Adiante. 

Dentro da próxima sala, um escritório muito diferente do de Ludwig. Apenas um armário, uma mesa com apenas um papel e um homem. O Coronel era corpulento, completamente careca e com um robusto bigode branco adornando seu rosto. Estava sentado, com um papel em mãos, aguardando a dupla entrar. 

Ergueu os olhos, negros e pequenos, que nem se demoraram em Tyr, passando direto ao anfíbio. Com um pigarrear breve, disse em voz grave:
- Recomendados do Vale. Estou ouvindo. 
Kalysta
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Mensagem por Tyrael Dom 23 Ago 2020 - 21:37

[Legenda]
«Narração»
"Fala"
"Fala Ding"
[Pensamento]



Cap 2.: O regresso.



« Antes que o sol raiasse, os dois jovens deixaram o palacete do clã von Moltke para se alistarem no Grande Exército de Pejite. Ambos caminharam em silêncio durante os primeiros minutos daquele dia. Talvez, concentrados demais para perder o foco. Talvez, sonolentos demais para manifestar qualquer opinião. Ding parecia totalmente à vontade na escuridão, seus olhos brilhavam num tom esverdeado e, vez ou outra, sua língua se projetava em direção à noite, cortando o ar da madrugada e fazendo ecoar um som característico. Tudo isso para tentar capturar algum inseto que voava desavisado pelos jardins das mansões do círculo interno. O Okopipi parecia não ter nenhum problema com os pés descalços sobre o calçamento da via. Em oposição a seu companheiro, Tyr encolhia-se de frio e prosseguia com ambas as mãos nos bolsos. »

« Após chegarem ao local combinado, a dupla de aventureiros deparou-se com um par de soldados de vigília. Como de costume, eles dirigiram olhares estranhos para Ding, o que fez Tyr rapidamente tomar a inciativa e explicar que eram apenas voluntários. Então, eles esperaram, esperaram e esperaram mais um pouco. Será que o chá de cadeira do sistema público é o primeiro teste para verificar a vocação daqueles que alegam querer fazer do grupo? É possível que esse tipo de tortura silenciosa dê tempo ao indivíduo para questionar seus dogmas e imaginar alguma(s) vida(s) diferente(s). Dessa maneira, os mais fracos de espírito rapidamente veem seu ânimo partido e sequer dão início ao processo de recrutamento. Infelizmente, esse não seria o destino daqueles dois, afinal o humano e seu amigo anfíbio estavam ali por um objetivo: ajudar Ludwig e a Ordem da Luz! »

« Quando finalmente tiveram sua entrada autorizada, Tyr e Ding puderam ver o interior da guarnição. Ainda que a alvorada tivesse ocorrido instantes atrás, o quartel já fervilhava numa intensidade característica das Forças Armadas. Em meio à cacofonia da caserna, homens executavam suas tarefas em silêncio. Os soldados moviam-se com precisão e elegância, cada um executando a tarefa que lhe havia sido designada: alguns davam de comer aos cavalos do estábulo; outros, varriam o pátio; adiante, uma tropa praticava exercícios físicos e, ao fundo, os encarregados da cozinha já fritavam alho a fim de temperar o almoço. Essa ordem em meio ao caos denodava a disciplina dos militares de Kossala, cujo censo de dever dos soldados permitia aos oficiais comandar de forma quase telepática. »

« Polt, o guia, conduziu os aventureiros até o outro lado do pátio de formaturas. Em seguida, o trio entrou dentro de um prédio e seguiu até uma antessala. Onde, o soldado deixou Tyr e Ding, que esperaram mais alguns – bons – minutos. Do outro lado da porta, o mago e o guerreiro deparam-se com o coronel, provavelmente, o comandante daquela guarnição. Era um homem forte, de meia idade, cuja falta de cabelos na cabeça contrastava com o volume de seu bigode branco. Sem se levantar, ele perguntou qual era o motivo da visita da dupla. »
 

“Eu sou Tyrael e esse é meu amigo Vladimir, coronel. Somos voluntários do Vale dos Ventos... E estamos cansados da liberdade excessiva e falta de civilidade das tribos bárbaras que lá habitam! Portanto, nossa intenção é ingressar no Regimento de batedores do Exército e fazer o possível para ajudar Kossala a levar a paz à região... Ainda que, pelo que eu entendi, essa não seja a prioridade do rei no momento.”


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Mensagem por Kalysta Dom 23 Ago 2020 - 23:07

Coronel escreveu:O militar ouviu Tyr falar, enquanto acariciava o bigode. Com a última frase sua mão parou e Tyr pode ver um relâmpago passar pelos olhos do Coronel, mas não soube determinar o que era. Assim que o rapaz acabou de falar, o homem corpulento se levantou e, apoiando as mãos pelas dobras dos dedos na mesa, olhou de um para outro.

- A prioridade de Vossa Majestade é algo que concerne a mim, entre outras pessoas que podem compreender tais coisas. A vocês só resta mostrar sua lealdade à coroa, pois de outra forma sairão daqui em grilhões, ao invés de uniforme, fui claro?

Endireitando-se o coronel dirigiu outro olhar a Ding e encrispou um sorriso sarcástico.
- Esta é a primeira vez que enviam um sapo lá do norte. Jamais vi um dos seus. Como chama sua tribo, ou raça, ou o que quer que seja?

Dingarvot escreveu:O anfíbio mantinha seus olhos esféricos e azuis no humano, com sua expressão costumeira, enquanto este falava com Tyr. Quando percebeu que lhe dirigia a palavra, respondeu com uma voz muito calma.
- Meu povo se chama Okopipi, senhor. 
Coronel escreveu:As sobrancelhas grisalhas se levantaram, enrugando parte da testa do Coronel.
- Okopipi... - disse, pronunciando cada sílaba como se para refletir no que significava. - Jamais ouvi falar.

Como se decidisse não dar mais atenção ao assunto, novamente ele se virava para Tyr.
- Normalmente, dois voluntários do Vale sequer chegariam ao meu escritório no primeiro dia, quanto mais serem escalados para alguma coisa além de esfregar os estábulos ou descascar as batatas. - aqui o homem corpulento respirou fundo - contudo, suas referências foram mais do que elogiosas e eu preciso de mais homens aqui. Começarão já para provarem seu valor em sal. - Aqui ele dera um sorriso, quase malicioso.

Retirando duas fichas de dentro de uma gaveta, escreveu algo enquanto falava:
- Vão se apresentar ainda hoje em seus respectivos pelotões. Eles devem estar em reunião ainda, neste mesmo prédio. A identificação está na porta. Soldado Tyrael irá para o pelotão Delta. Quanto a você, meu caro ... Okopipi... Vai para o pelotão Zeta. - Aqui, novamente, um sorriso malicioso encrispava o bigode corpulento e branco do Coronel.

Estendendo as fichas com ambas as mãos, aguardou até que cada um pegasse a sua.
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Mensagem por Tyrael Seg 24 Ago 2020 - 20:20

[Legenda]
«Narração»
"Fala"
"Fala Ding"
[Pensamento]



Cap 2.: O regresso.


« A reação do coronel à explicação de Ding provocou um sorriso no rosto de Tyr. Quando será que os militares de Kossala iriam se acostumar ao Okopipi? Possivelmente, quando o anfíbio provasse seu valor diante das hostes do Exército de Pejite. »
« Em seguida, o oficial voltou-se novamente para o mago. Suas palavras foram mais pesadas e o clima no local ficou nitidamente mais tenso. Como as Forças Armadas são formadas por cidadãos dos Estados, elas representam extratos das sociedades nacionais. Em consequência, incorporam vícios e virtudes destas. Por isso, assim como o reino de Windgard IV, seu Exército era adepto da cultura de privilégios e preconceituoso. Tal afirmação foi corroborada pelas palavras do coronel, que fez questão de deixar claro o fato dos aventureiros só terem sido aceitos naquela unidade por conta de suas referenciais. »

« Face ao sorriso malicioso do humano mais velho, Tyr percebeu um quê de sadismo no velho oficial. De maneira implícita, ficou claro de que os dois aventureiros deveriam pagar um preço para serem aceitos no grupo social do qual fariam parte ao final do dia. Com certeza haveria algum batismo de fogo ou rito de passagem. Tudo isso incutia no jovem mago um sentimento de emoção, o espírito aguerrido dos von Moltke ardia no interior do caçula e ele desejava provar seu valor o quanto antes. Afinal, a guerra corria em seu sangue.»

“Compreendido, coronel. Obrigado pela oportunidade. Meu único pedido é permanecer junto do Vladimir, afinal, temos uma sincronia que pode lhe interessar. Fruto da experiência adquirida ao longo dos anos, somos mortais quando empregado juntos.”
 
« Após a resposta do comandante, Tyr pegou ambas as fichas e retirou-se da sala. Do lado de fora, suspirou. Os últimos segundos haviam sido particularmente estressantes para o garoto. Apesar de considerar as regras essencial para o bem estar da sociedade, o caçula colocava a vida de seus amigos – e subordinados – em mais alta estima. Portanto, para proteger Ding de qualquer preconceito, ele optou por permanecer junto ao anfíbio. Sem hesitar. Restabelecido o equilíbrio, o próximo passo era dirigir-se ao pelotão e conhecer seus novos irmãos d’armas. Como não havia tempo a perder, Tyr e Ding foram imediatamente para a sala de reunião do pelotão Z e bateram na porta. »


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Mensagem por Kalysta Seg 24 Ago 2020 - 21:08

GM escreveu:A fala de Tyr pegou o coronel de surpresa, mas Ding também olhou o rapaz com certo espanto. Sua vontade era dizer que tudo estava bem, que ele daria um jeito, mas resolveu calar sua larga boca e esperar o resultado. 
O Coronel sorriu novamente, com profunda descrença das palavras do rapaz. Estava lhe fazendo um favor, colocando-o em um ótimo pelotão, sem aqueles seres esquisitos, mas o voluntário do vale desejava ficar com o amigo sapo. "Que seja" pensou o militar.
- Bem, eu não sonharia em separar uma dupla tão competente, não é. - dizia isso enquanto riscava algo na ficha que seria de Tyr e escrevia por cima, entregando para o rapaz. - Entreguem as fichas junto com suas cartas. Dispensados. 

Saindo do escritório do Coronel, já no corredor, Ding se encurvou para falar com Tyr.
- Criei algum tipo de problema, mestre Tyrr...r.ael? - disse Ding, tentanto manter o nome do amigo dentro do disfarce. 

Após a resposta do rapaz, procurariam o pelotão. As placas diziam para seguirem pelo corredor e virarem a direita. Ali, um longo corredor com placas em cada sala, com os nomes dos pelotões. As portas, em sua maioria, estavam fechadas. Era possível ouvir vozes de dentro de algumas, mas outras estavam apenas silenciosas. As primeiras tinham um ar mais descontraido, Tyr pôde ouvir até risadas algumas vezes. 

Conforme foram andando, as portas foram ficando mais e mais velhas e puídas, bem como as placas. 

A última sala, o pelotão zeta, tinha uma porta capenga, presa apenas por uma dobradiça. Não havia no que bater. 

Bater?

Tiveram sorte de algo não bater neles. Assim que acharam o recinto, algo saiu voando pela porta. 

Algo ou alguém, que bateu imediatamente com as costas na parede e escorregou até o chão como uma panqueca, com as pernas completamente amolecidas ao lado da cabeça. A criatura tinha um rabo verde, mas usava uma armadura de couro e um capacete - agora torto no chão. Ela não se moveu. 

Se colocasse a cabeça para dentro do recinto, Tyr veria a fonte de tal arremesso. Um youkai enorme, koneko - provavelmente tigre - estava fitando a criatura com o semblante fechado e as enromes mãos fechadas. Seu corpo era coberto de uma pelagem laranja viva, com listras negras por toda a parte - pelo menos o que o uniforme não cobria. Em sua cabeça, o cabelo era igualmente laranja e cortado rente. Seus olhos verdes e felinos olhavam o lagarto com puro descaso, e seu nariz se enrugava com ferocidade, mas ao perceber Tyr ali, sua expressão se suavizou. 

A voz que saiu daquele ser condizia com sua figura. Era uma voz rouca, quase gutural, parecendo vir de algum lugar muito mais profundo que sua garganta. 
- Posso ajudar, cavalheiros?

A sala continha um mural de cortiça ao fundo, com um enorme mapa do Fukai pendurado. Anotações, tachinhas, papéis, tudo colado em volta com uma letra no mínimo caprichada. 
Haviam apenas quatro cadeiras, duas estavam jogadas na sala, uma vazia e a última ocupada por uma outra youkai, desta vez kitsune, com os braços cruzados e uma feição alongada - como uma raposa. Suas orelhas eram enormes e pontudas, no topo de sua cabeça. Seu tom de pelagem era branco, bem como seus longos e lisos cabelos, mas as extremidades de suas orelhas, cauda e mãos eram pretas. Seus olhos azulados fitaram Tyr e logo voltaram ao mapa, como se o rapaz jamais tivesse existido. Sua enorme e felpuda cauda batia nervosamente no chão, em ritmo. Ela também usava uniforme, mas tinha um enorme bastão ao seu lado, apoiado no chão. 
- Humano. Aqui. Isto está ficando cada vez melhor. - a raposa comentou, entre dentes.

O tigre olhou para ela bufando, com um leve rosnado, mas voltou a esperar a apresentação dos recém-chegados com a mesma expressão.


Última edição por Kalysta em Ter 25 Ago 2020 - 8:45, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Tyrael Seg 24 Ago 2020 - 22:10

[Legenda]
«Narração»
"Fala"
"Fala Ding"
[Pensamento]



Cap 2.: O regresso.




« O percurso de Tyr e Dingarvot fora, no mínimo, decepcionante. Numa analogia à jornada de Dante em busca de Beatrice na Divina Comédia: conforme seguiam em direção ao fundo do prédio, pior ficavam as instalações. Um bom observador diria que a cultura de privilégio ali instalada era algo quase palpável. Mesmo assim, ambos prosseguiram em silêncio. Mais alguns segundos de caminhada e ambos os aventureiros se depararam com uma porta avariada, com uma das aldrabaras soltas e outra em prestes a se soltar. »
 
« No momento em que o mago e seu guardião iam transpor o portal para se apresentar ao pelotão, eles foram surpreendidos por um borrão esverdeado que foi arremessado de dentro do recinto. Um baque seco ecoou pelo prédio quando o Youkai se chocou contra a parede. Em consequência da brusca desaceleração, ele agora estava inconsciente. Do lado de dentro da sala haviam outros dois youkais: o primeiro, tinha um porte de guerreiro, uma pelagem que denunciava a ascendência felina e olhos cor de jade, além disso, o soldado ostentava um semblante furioso que subitamente desapareceu ao avistar o garoto von Moltke, talvez, por medo de algum castigo; a segunda era mais delicada, de pelagem branca, lembrava uma raposa, em oposição à pelagem principal, as extremidades do corpo da garota apresentavam pelos negros, o que chamou a atenção de Tyr, assim como os olhos amarelos dela. »
 
« Sem hesitar, o humano entrou na sala. Com um golpe de vista, seus olhos de tempestade percorreram todo o cômodo enquanto buscavam os menores detalhes do local. Transmitindo a mensagem de uma maneira clara, caro leitor, as instalações era realmente uma merda. Mesmo assim, o pelotão Z mantinha um acervo detalhado de informações e um mapa bem conservado do Fukai, o que evidenciava algum capricho. Ainda havia esperança. Como todos os olhos repousavam sobre si, Tyr decidiu tomar a inciativa. »
 
“Vladimir, ajude aquele homem a reerguer-se, por favor... Senhores, é um prazer conhece-los, eu sou Tyrael e esse é meu amigo Vladimir. Viemos do Norte para integrar o pelotão de reconhecimento... Aparentemente, as pessoas daqui têm lhes tratado de forma desprestigiosa, pois, consideram-vos menos do que um soldado de Kossala. Eu lhes digo, eles estão errados! Eu e o bom Vlad aqui fomos voluntários para compor esse pelotão, pois, acreditamos que cada um de vocês possui habilidades únicas, um verdadeiro trunfo na manga que será o diferencial no futuro e tornará este pelotão o melhor... Mas, aparentemente, primeiro, teremos que resolver alguns problemas de convivência.”


Tyrael
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Mensagem por Kalysta Seg 24 Ago 2020 - 22:56

GM escreveu:Ding logo se prestou a girar o youkai lagarto e colocá-lo de pé. Ele mais parecia uma lagartixa, de tão magro. O Okopipi continuou segurando-o, como se tentasse equilibrar uma garrafa de plástico torta que pendia para um lado e outro. 

Enquanto isso, o youkai tigre e a raposa ouviram a apresentação de Tyr. 
Youkai Tigre escreveu:O youkai devia ser tão alto quanto Ding, mas era largo com certeza. Tyr poderia ver isso quanto mais se aproximasse dele. Suas mãos, com enormes garras, poderiam englobar a cabeça do garoto com facilidade. 
O rosto do youkai se encrispou em um sorriso e apontou para o lagarto fora da sala, ainda sendo equilibrado por Ding.
- Problemas de conv... oh... você diz aquilo? - O tigre riu, levando uma das grandes mãos atrás da cabeça. - Ahn... eu tenho uma cauda sensível.

Estendendo a mão, apertou a mão de Tyr com entusiasmo.
- O nome é Je-ha. Sargento Je-ha. Prazer. Sou o seu tanque de guerra. E esta...

Youkai Raposa escreveu:A moça nem bem esperou Je-ha terminar, levantou-se abruptamente e começou a falar com uma voz tão aveludada quanto fria. 
- Está de brincadeira? Você aceita tudo! Te colocaram de Sargento da noite pro dia e você aceita, sem nem saber o que aconteceu com o antigo? Mandam um humano, para nós. Um HUMANO! Por que mandariam um humano? Eu te digo por quê... Ele deve ser algum incompetente do fim do mundo, o qual ninguém quer sequer na cozinha, e resolveram mandar para o bando de retardados aqui. Eu não vou tolerar isso. Não preciso tolerar isso!! 

Dizendo isso, saiu andando a passos ligeiros e nervosos. Ding e Tyr a acompanharam com o olhar, sentindo apenas o aroma adocicado que ficara no ar após sua saída. 
Je-Ha escreveu:O felino ouvira a raposa com os enormes braços cruzados por sobre o peito. Seu sorriso denunciava que sabia de algo a mais. 
Olhou para Tyr e balançou a cabeça para os lados, como que dizendo "Não se preocupe". 

- Enfim... depois lhe apresento ela. Aquele ali é o Zas. Nosso escoteiro mirim.

Zas escreveu:Zas era o menor do grupo, mas com certeza era o mais longo. Sua pele era uma variação de azul e roxo. Seu pescoço e membros eram alongados e sua cabeça parecia a de uma cobra. Seus olhos eram vermelho vivo e piscavam bem semelhante a Dingarvot. 
O lagarto agradeceu Ding com um sorriso e ajeitou o capacete, que era torto em vários lugares. 
Batendo uma continência desajeitada, ele se apresentou.
- Zas Velfidiasss, prazer em conhesssssssssê-los. Sssou ssseusss olhosss e flechassss.

Dizendo isso, caminhou de volta para a sala ajeitando a roupa e espanando o pó. Je-ha lhe deu dois tapinhas nos ombros, como pra se desculpar. 
- Consssigo ver uma vessspa há quilômetrosss, massss ssua calda ssssempre está embaixo do meu pé.  

Je-Ha escreveu:- Ahen... foi mal. Bem.. não deve demorar agora... Dê aqui seus papéis, que eu olho depois. Ah sim. Recomendados do Vale. Fiu fiu. Uhun.... Acredito que em 3... 2.... 1.....
Yin-Lin escreveu:E ela estava de volta, com passos lentos e um leve rubor na face. Voltou a se sentar, exibindo uma elegância e fluir de movimentos que eram característicos de sua raça. Cruzou as pernas e os braços, mantendo seus olhos fechados. Sua cauda, agora, jazia no chão como um tapete branco, sem se mexer.
Je-Ha escreveu:- Como eu dizia - continuou o tigre, parecendo se divertir com o acontecido. - esta é Yin-Lin. Suas magias são afiadas como sua língua, mas ela tem bom coração. Se estiver em apuros, é ela que vai cuidar de você então.... é... seja amigo dela. Sejam bem-vindos, Tyrael e Vlad. A vida aqui no Z não é tão fácil, mas mantemos as coisas em um bom tom....
Olhando para Yin-lin o tigre fez um meneio com a cabeça.
- Bem, quase todos. Vou ficar com seus papéis e seguir com a inscrição de vocês. A burocracia vai matá-los antes do Fukai, acreditem. Mas vamos voltar ao que eu dizia. Podem se sentar, fiquem a vontade.


GM escreveu:Je-ha adquirira um tom sério e apontava para o mapa à medida que falava. 
- Bem pessoal, temos dois novatos aqui na área e é melhor nos conhecermos muito bem. Vamos partir amanhã para continuarmos explorando o bolsão que descobrimos na semana passada. Nosso Zas teve tempo de vasculhar a área e não encontrou colméias ou vespeiros, então devemos passar sem problemas. 

Enquanto o tigre falava, Ding se sentou ao lado de Tyr e puxou um pequeno livro com capa de couro de sua mochila. Com um pequeno lápis, escrevia com rapidez palavras soltas em uma página em branco, no meio do livro.
- Um lembrete aos novatos, nada de atacar sem ser provocado. Não estamos batendo em ninguém, mais. Somos os mocinhos, agora. Eu acho. Talvez. Alguma dúvida até agora, rapazes?

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Kalysta
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Mensagem por Tyrael Ter 25 Ago 2020 - 21:41

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"Fala"
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Cap 2.: O regresso.


« Tyr não pôde deixar de reagir com um sorriso àquela súbita mudança de ares. Felizmente, o clima havia se tornado mais agradável com a mesma velocidade com que havia se fechado instantes atrás. Dessa maneira, o que, à primeira vista, apresentou-se como uma fração sem qualquer coesão, na verdade, era uma pequena família. Um quebra-cabeças, onde cada peça tinha a sua função. »
 
« Enquanto Dingarvot media sua semelhança com Zas, o mago fitou novamente cada um dos três “desajustados” ali presentes. Novamente, a sorte lhe sorria, pois, o caçula von Moltke tinha, à sua frente, um companheiro voltado para atividades de reconhecimento; uma capaz de prover o apoio de fogo necessário ao pelotão Z, através do emprego das artes arcanas e Je-Ha, cuja vocação para o combate corpo-a-corpo era tão certa quanto “dois mais dois são quatro”. Ding poderia juntar-se ao youkai tigre, a fim de atuar como tropa de choque do grupo. Por outro lado, Tyr preferia estar próximo à vanguarda, empregando as magias que Kalysta havia lhe ensinado para facilitar o reconhecimento e obter uma posição de vantagem em relação aos inimigos. Que Yin-Lin atuasse de forma mais conservadora. »
 
« Após as apresentações, Je-Ha prosseguiu com o brifim. A perspectiva de explorar o Fukai provocou uma fagulha de ânimo em Tyr. Mesmo assim, em sua superfície, ele não transpareceu nenhuma emoção. Nada. Afinal, sua mente permanecia focada na missão. Sua verdadeira missão. Como a dupla sequer havia desfeito suas malas, seus preparativos para qualquer viagem já haviam sido feito. Dito isso e considerando a experiência militar adquirida pelo humano durante sua infância, ele decidiu revisar o plano do sargento e auxiliá-lo no que fosse possível. »
 
« Por isso, após o término da explanação, o mago cutucou a perna de Ding, cuja reação foi pôr-se de pé com um pulo, que quase o fez tocar o teto da sala. Em seguida, o humano se dirigiu ao quadro mural, onde analisou cada uma das informações ali constantes: objetivos da incursão; insetos que habitam aquele setor; geografia do bolsão e sua malha de estradas; quais eram as ferramentas que o pelotão receberia para executar a tarefa; a previsão climática para a zona e a que distância eles estariam da vila mais próxima. »
 
« À medida que julgava cada uma das variáveis, Tyr explicava à Ding o porquê daquela incógnita estar na equação e quais consequências ela poderia trazer. Por sua vez, o anfíbio anotava tudo em sua caderneta cor de esmeralda. A dupla continuou por alguns minutos, completamente indiferente a Je-Ha. Por fim, quando os aventureiros haviam formulado um plano “exequível”, sentaram-se novamente. »

"Então, sargento. Nossas bagagens já estão prontas. Por que você não me diz qual é o seu planejamento para que eu e o velho Vlad possamos lhe ajudar a aprimorá-lo? Tenho certeza que você concorda com a frase: “toda vitória nasce de um bom plano.”."



Tyrael
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Mensagem por Kalysta Ter 25 Ago 2020 - 23:40

Je-Ha escreveu:[Campanha Exclusiva: Tyr] Ambição Mortal - Parte I: o Exército de Pejite Je-Ha-Token 
O Youkai sorriu ao ver a pro-atividade dos dois, tomando notas do mapa. Aguardou até que estivessem satisfeitos e ouviu novamente o humano. Ele parecia confiante e Je-ha tinha uma boa impressão do rapaz. O sapo poderia ser um pouco mais falante, mas não era em si um problema.
- Meu caro Tyrael, o plano é bem simples, na verdade. Nossas ordens mudaram há algumas semanas, com o novo conselheiro real e tudo mais. O assalto aos insetos foi terminantemente proibido. Nosso pelotão em específico é responsável por toda a parte extrema leste do fukai. Nossas ordens são para explorar, reconhecer e catalogar tudo o que virmos. Caso encontremos um bolsão - que são os túneis criados pelos Ohmus - devemos reportar imediatamente à base e aguardar liberação para explorar.

Yin-Lin escreveu:[Campanha Exclusiva: Tyr] Ambição Mortal - Parte I: o Exército de Pejite Yin-Lin-token 

- Não só isso....   - interrompeu a raposa branca, com a voz completamente diferente do que tinha sido até agora. Falava de forma calma, porém ainda sem abrir os olhos. - O conselheiro deu ordens específicas para colhermos um tipo específico de esporo, assim que identificado.

Je-Ha escreveu:[Campanha Exclusiva: Tyr] Ambição Mortal - Parte I: o Exército de Pejite Je-Ha-Token 
O tigre bateu com um punho fechado na palma da outra mão aberta, fazendo um alto som. Imagine isso em uma cabeça.
- Sim! Obrigado, Yin. - Levando um dos dedos até um desenho caprichosamente feito no mural, Je-Ha deu dois tapinhas. Era um desenho de um cogumelo, mas este tinha chapéus pequenos e várias ramificações menores. Em sua base, um corpo de inseto.- Ophyocordis. Temos ordens de recolher qualquer exemplar que encontrarmos. É muito recorrente próximo a carcaças de insetos.

Je-Ha olhou para os dois novatos.
- O plano é muito simples. Amanhã, antes do sol raiar, pegaremos dois Lagartos Mongoose nos estábulos. Vamos chegar na fronteira do Fukai ao cair da noite. Montamos acampamento e começamos a exploração bem cedo no dia seguinte. Entrar, reconhecer, pegar o que interessa e voltar pra casa. Como eu disse, Zas geralmente faz o reconhecimento mais preciso. Eu seguro as broncas maiores, se houver, e Yin-Lin trata de nossas feridas, se precisar, cuidando de deixar nosso mural de anotações preciso e detalhado. Agora com vocês dois, podemos cobrir uma área muito maior e carregar muito mais. Imagino que seu amigo seja bom com espadas, mas você é uma incógnita para mim, ainda.
O sorriso do tigre, exibindo os enormes caninos demonstrava que ele estava muito à vontade com seu serviço... talvez a vontade até demais. - Mas por hoje, vocês precisam dar entrada em seu alistamento e, caso não morem aqui por perto, achar uma cama no dormitório. Eu os convidaria para a minha mas... não temos muito espaço. Zas vai ajudar com tudo isso. Se tiverem sugestões, sou todo ouvidos. A experiência do Vale será bem-vinda aqui.
Dizendo isso, Je-Ha cruzou novamente os enormes braços sobre o peito. Sua cauda mexia de um lado a outro, sinuosa, denotando alguma coisa que os dois desconheciam, mas muito provavelmente algo bom... Espera-se.
Kalysta
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Mensagem por Tyrael Qua 26 Ago 2020 - 21:40

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Cap 2.: O regresso.


« Tyr ouviu com atenção cada uma das palavras do sargento. Os olhos de tempestade do mago estavam fixos nos do felino. Graças à uma característica pessoal, o garoto era capaz de focar-se em um objetivo e dar 100% de atenção na execução daquela tarefa. O que, normalmente, lhe rendia bons resultados. Para a sorte do pelotão Z, nos próximos dias, o caçula von Moltke se dedicaria a ajudá-los. Essa afirmação tornou-se ainda mais verdadeira no momento em que Je-ha mencionou o nome do novo conselheiro, Mog, e o misterioso cogumelo, Ophyocordis. »
 
« A fim de obter mais informações, Tyr produziu uma verdadeira cena teatral. Em primeiro lugar, fingindo indignação, ele deu uma cotovelada em Ding, que estava fascinado pelos alfinetes coloridos e fitas do mural de Yin-Lin. Em seguida, vestido do entusiasmo de um novato que deseja mostrar serviço, ele perguntou ao líder do pelotão qual era o motivo da apanha do Ophyocordis. Por fim, o garoto certificou-se de que seu companheiro anfíbio havia anotado a resposta em sua agenda esmeralda. »
 
« Em seguida, Tyr pôs ambas as mãos fundo nos bolsos e suspirou. Mentir – Fingir, no caso – produzia uma reação ruim em seu espírito. Por isso, ele sentia o peito pesado e o sangue ferver a ponta de suas orelhas. Não era fácil enganar aquela gente que desde o começo se mostrou disposta a recebe-los de braços abertos. Mesmo assim, eu repito, caro leitor: o foco do mago era sua missão! »
 
“ Vamos embora, Vlad. Como o Sargento já disse, temos que arrumar um local para dormir antes de partimos amanhã... Que horas será marcado a reunião inicial, Je-ha?”


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Mensagem por Kalysta Qui 27 Ago 2020 - 11:07

Je-Ha escreveu:[Campanha Exclusiva: Tyr] Ambição Mortal - Parte I: o Exército de Pejite Je-Ha-Token 
O youkai observou Dingarvot anotar tudo o que era falado com diversão. Novatos - pensou - sempre querendo anotar tudo. Daqui uns dias, não vão sequer lembrar o seus próprios nomes de tão cansados.

Com a pergunta de Tyr a respeito do cogumelo, Je-Ha apenas deu de ombros, com certo desapontamento.
- Quem somos nós para saber, não é? Nossas ordens são só para colher tal coisa. Caso encontrem algo similar, façam sinal para a Yin. Ela é a responsável por esta parte pois é a mais cuidadosa.
Yin-Lin escreveu:[Campanha Exclusiva: Tyr] Ambição Mortal - Parte I: o Exército de Pejite Yin-Lin-token 
Aqui a raposa interrompeu novamente, com a mesma voz aveludada.
- Aparentemente o tal cogumelo é venenoso ao toque, então decidimos que somente uma pessoa lidaria com isso.
Como que para comprovar a razão por trás dessa decisão, Zas caiu da própria cadeira, produzindo um som de metal no chão. Yin-Lin só suspirou, fitou Tyr com seus olhos azuis e um tom de diversão no rosto, gesticulando com a mão para Zas.
- Se é que você nos entende.

Je-Ha escreveu:[Campanha Exclusiva: Tyr] Ambição Mortal - Parte I: o Exército de Pejite Je-Ha-Token 
O youkai felino estava, novamente, com os braços cruzados por cima do peitoral, concordando com a cabeça.
- Ah sim sim.... Deixem isso com a Yin. - disse com um tom sério.
Tendo explicado esta parte, Je-Ha fez um sinal com a enorme mão para Zas. O lagarto logo se aproximou, tal qual uma cobra, tão rápido que foi difícil de ver com precisão seus movimentos.
- Como eu disse, Zas vai ajudá-los com a burocracia e acomodações. Como partiremos amanhã vou pedir que os exames médicos sejam feitos na volta.

O tigre foi até a mesa e preencheu rapidamente duas folhas de papel, metendo um carimbo em cada com tanta força que fez a mesa ranger e pender para um lado. Entregando esta folha a Zas, dirigiu um último olhar a Tyr e Ding.
- Vejo vocês amanhã às 5h na frente dos estábulos. Zas, você cuida das  montarias. Yin, preparativos de sobrevivência. Dispensados.

Je-Ha ainda permaneceu na sala, mas Yin-Lin saiu logo que recebeu suas ordens. Zas olhou para os dois novatos, com um sorriso de vários dentes afiados, fazendo sinal para que lhe seguissem.

GM escreveu:
As conversas e reuniões só duraram parte da manhã, mas nem era hora do almoço ainda.

E que bom. A burocracia realmente iria matá-los, descobriu Tyr.
Zas andava à frente dos dois, serpenteando enquanto andava. Subindo dois lances de escadas, estavam na parte administrativa do quartel. Ficaram em uma fila por quase duas horas até que Zas apresentou os papéis e deu entrada no alistamento dos dois. A youkai kuma que os atendeu quis saber porquê eles estavam agendados para saírem de novo, se tinham novos recrutas que precisavam do exame médico. Após uma hora de discussão sobre o exame médico, a origem dos dois novatos e a origem das ordens, os três estavam liberados.

Zas lhes mostrou o refeitório, onde esperaram na fila por mais 40 minutos para comer. O sistema era de bandejas, com cozinheiros servindo a cada um sua porção. As mesas eram compridas e coletivas, com longos bancos de cada lado. Pelo menos a comida era boa. Quente, caseira e bem-feita.

Tyr pôde reparar que TODOS os serviços burocráticos, administrativos, logísticos e de limpeza em geral eram feitos por não humanos, especialmente youkais. Havia pouquíssimos soldados da raça animal, todos com a mesma cara de miséria e poucos amigos. Zas lhes contou que o pelotão Z tinha sorte de ter um sargento não humano, por isso ele e Yin-Lin faziam questão de permanecer nele. O último pelotão de Zas era o Omega, com muito mais recursos e missões interessantes que o Zeta. Contudo, seu último sargento quase o matou usando de isca para insetos no Fukai, deixando Zas para retornar sozinho ao posto avançado.

Após o almoço, Zas os levou para o almoxerifado. Mais uma hora de espera, pois a entendente do departamento AINDA não tinha voltado do almoço. Quando chegou, era uma espécie de youkai guaxinim, baixinha e gordinha, que pediu mil desculpas e arranjou tudo o que os dois novatos precisariam: uniformes, máscaras, roupas para o deserto e armaduras leves para o combate. À primeira vista tudo parecia muito bom, mas após um olhar mais detalhado era notável os remendos e consertos dos itens recebidos: todos de segunda mão. Zas comentou que, após um tempo, Je-Ha daria um jeito para arranjar itens melhores, mas que aquele era realmente o pacote recruta.

Ao lado do almoxerifado, ficava o enorme prédio do dormitório. Separado em masculino e feminino, contava com banheiros coletivos e armários com cadeado. Zas os ajudou a encontrar armários para colocar seus itens e arranjaram duas camas em um único beliche, logo ao lado de uma janela. Tyr notou que muitas eram as camas vazias e seu guia lagarto lhe explicou que, tal qual Je-Ha e Yin-Lin, muitos soldados tinham residência em Pejite, portanto não precisavam dormir no quartel.

Após uma breve explicação de como funcionavam os banheiros - e por algum motivo Zas lhes disse para esperar que a maioria tomasse banho primeiro e usassem o banheiro em horários mais vazios - o ranger lhes mostrou brevemente a direção dos estábulos, do pátio de exercícios e do arsenal. Na administração, haviam pego um panfleto com os horários das refeições. A janta era servida pontualmente às 18h30.

Com um sorriso, despediu-se para que os dois descansassem, mas deixou instrução de mais dois lugares a serem visitados antes do fim do dia.
Precisavam levar suas identificações para o superintendente e o sentinela geral dos portões. Este processo levou mais algumas horas.

Já perto da hora da janta, os dois novamente se encontraram com Zas. Comeram juntos mais uma vez e o lagarto se despediu, pois voltaria para casa - ele também tinha residência em Pejite.

Quando o banheiro ficou silencioso o suficiente, ambos puderam se lavar, fazer sua devida higiene e capotar nas camas, pois amanhã acordariam cedo.

Muito cedo.

[Parte I Encerrada. Continua no Fukai]
Kalysta
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