[Campanha Exclusiva: Bones] Após o fim, um novo começo - Parte I: Reconhecimento

por **Kalysta** Qua 23 Set 2020 - 20:26

GM escreveu:
Já estaria exausto, se pudesse.

Após conseguir fugir de seus captores, Bones andou por quase três dias em uma floresta até achar uma rota do que parecia ser uma pequena estrada comercial.
Nada muito familiar em sua memória. Nada que lhe lembrasse algo de sua vida.
Viajando â noite, mantendo-se escondido de dia, a ossada pôde notar que aquela era uma estrada com pouquíssimo movimento. Algumas carroças passavam, em sua maioria, com mantimentos para o sul. Andavam sempre acompanhadas de uma escolta de dois ou três aventureiros.

Muitos dias de caminhada se passaram e Bones percebeu uma mudança na vegetação. Estava ficando mais escassa e baixa, até se tornar um deserto. O calor não lhe incomodava. A areia incomodaria seus olhos, se os tivesse, mas nada. Ao longe, finalmente, algo que reconhecia. Uma faixa arroxada no horizonte.

O Fukai.
Lembrava da floresta maldita, floresta da podridão. Lembrava de como todos diziam que estava se expandindo e causaria a ruína da capital do reino ao sul: Pejite. Vagamente, em sua memória, imagens de pessoas dizendo que deveriam combater os fungos gigantes com fogo, atacar os insetos sem dó para exterminá-los como a praga que eram. No fundo de sua memória, as lembranças da doença, morte por asfixia pelos esporos eliminados no ar.

Bem... não tinha pulmões. Não poderia morrer de asfixia ou de qualquer veneno que o Fukai tivesse a oferecer.
Eventualmente

Já estaria exausto, se pudesse.

Após conseguir fugir de seus captores, Bones andou por quase três dias em uma floresta até achar uma rota do que parecia ser uma pequena estrada comercial.
Nada muito familiar em sua memória. Nada que lhe lembrasse algo de sua vida.
Viajando â noite, mantendo-se escondido de dia, a ossada pôde notar que aquela era uma estrada com pouquíssimo movimento. Algumas carroças passavam, em sua maioria, com mantimentos para o sul. Andavam sempre acompanhadas de uma escolta de dois ou três aventureiros.

Muitos dias de caminhada se passaram e Bones percebeu uma mudança na vegetação. Estava ficando mais escassa e baixa, até se tornar um deserto. O calor não lhe incomodava. A areia incomodaria seus olhos, se os tivesse, mas nada. Ao longe, finalmente, algo que reconhecia. Uma faixa arroxada no horizonte.

O Fukai.
Lembrava da floresta maldita, floresta da podridão. Lembrava de como todos diziam que estava se expandindo e causaria a ruína da capital do reino ao sul: Pejite. Vagamente, em sua memória, imagens de pessoas dizendo que deveriam combater os fungos gigantes com fogo, atacar os insetos sem dó para exterminá-los como a praga que eram. No fundo de sua memória, as lembranças da doença, morte por asfixia pelos esporos eliminados no ar.

Bem... não tinha pulmões. Não poderia morrer de asfixia ou de qualquer veneno que o Fukai tivesse a oferecer.
Eventualmente, após andar mais alguns dias no deserto, chegou à floresta de fungos e cogumelos. Não se lembrava de jamais ter chegado sequer perto dali, mas estar ali lhe trouxe, pela primeira vez, algo como que nostálgico. Era algo que não havia mudado. Ainda estava ali.

Os cogumelos ali tinham uma tonalidade azul arroxeada, eram enormes, maiores que qualquer árvore que já tenha visto - e da qual se lembre. Alguns insetos, grandes como a palma de sua mão, andavam despreocupadamente pela terra preta. Bones pôde ver alguns voando por cima das cúpulas de cogumelo, a se perder de vista.
Embrenhando-se um pouco na vastidão de caules pálidos e pequenos cogumelos saindo do chão, Bones se deparou com uma decisão: A rota comercial obviamente seguia por entre o fukai, pois haviam marcas de carroças e placas. Poderia seguir beirando a rota ou se aventurar pelo fukai.

por **Bones** Qua 23 Set 2020 - 21:24

Fugir. Era tudo o que fez em seus primeiros dias de nova liberdade, não sabia exatamente se estava sendo caçado ou se estavam em seu encalço, mas não daria oportunidade para quem quer que fosse de alcança-lo, procurando abrir uma boa margem de distância.

Enquanto fugia, foi percebendo o quão pratico aquele corpo havia se tornado, coisa que ate então apenas amaldiçoou. Cansaço ja não fazia mais parte de seu corpo, o ar se tornou completamente desnecessário, o clima ficou irrelevante e não precisava se preocupar em procurar agua ou comida, embora que por costume ainda parasse por um momento quando via um corpo dagua ou fruta.

Procurava evitar passar perto de outros viajantes, pois poderiam informar que viram alguem com sua descrição perambulando pela estrada, então sempre se afastava e/ou se escondia ate poder continuar sem problemas.

Fukai. Um lugar temido em vida, mas que agora pelo que podia perceber em seu corpo, parecia ser o mais agradável para ele, pois seria dificil ter curiosos passeando por ali, apenas quem realmente precisava passar por ali por necessidade ou que fosse muito incauto, mas ainda assim, não procurariam maiores problemas do que o próprio ambiente poderia oferecer.

A sensação de nostalgia vinha pelo fato de, assim como ele, não havia mudado com o tempo. Nos primeiros momentos de sua fuga, percebeu que a cidade havia mudado bastante, as próprias estradas também, mas o fukai era diferente, pois ainda continuava o mesmo e provavelmente como ele ainda continuaria por muito tempo.

Eis então que tinha que decidir o que fazer, se aprofundar mais no Fukai ou seguir a estrada. Por hora, seria melhor se aprofundar mais e evitar a estrada, por ser um ambiente hostil ficaria melhor escondido pelos próximos dias até poder seguir dali menos preocupado com perseguidores, "esperando a poeira baixar", como diria um antigo companheiro de viagem.

Aproveitaria a oportunidade até mesmo para explorar um local onde ninguém mais deveria ter ido antes, pelo menos não que tenha retornado dali. Quem sabe o que poderia achar por ali? Além disso, poderia ser uma oportunidade de testar suas habilidades. Decisão tomada, deixou a estrada para tras, seguindo rumo ao Fukai

por **Kalysta** Qui 24 Set 2020 - 10:33

GM escreveu:
Afastando-se da estrada, Bones foi se embrenhando pela floresta mais fechada. A terra era preta e úmida, mas firme. Em alguns lugares, os cogumelos mais altos liberavam seus esporos como neve caindo preguiçosamente ao chão. Bones entendeu porque era tão amaldiçoado este lugar. Qualquer criatura que precisasse respirar não ficaria muito tempo viva com tantas partículas minúsculas assim.

Os insetos também se mostravam em sua variedade e cor. Os menores (que, mesmo assim, já eram grandes) fugiam do esqueleto de armadura. Já os maiores, que se igualavam em tamanho a um cavalo, pouco se mexiam, vez ou outra fazendo um barulho com as antenas e presas, como que para avisar que estavam lá.

O som natural da floresta foi ocupado pelo som de metal. Metal cortando algo. Não era muito longe dali.

Caso optasse por se aproximar, Bones andaria alguns metros antes de se deparar com uma depressão no solo. Lá, de cima, podia ver uma figura feminina empunhando uma katana enorme. Supunha ser uma mulher pelas roupas: um vestido preto com rendas e uma fenda para lá de provocativa, botas de salto pretas, meias compridas pretas e um cabelo curto, totalmente branco. Uma faixa preta cobria seus olhos... e nenhuma máscara cobria seu nariz e boca. Com um olhar mais detalhado, Bones percebeu que emanava magia e se tratava de um Automata.

Figura:

Aos seus pés, a carcaça de um inseto recém morto, muito parecido com uma barata, era esquartejado em pequenas porções. O sangue verde escorrendo pela terra.

A automata erguia a espada e separava pernas, antenas, presas, abdome ... tudo em um silêncio perfeito.

por **Bones** Qui 24 Set 2020 - 13:07

Enquanto andava pela mata a dentro, foi deduzindo e entendendo bem como o lugar funcionava e tirando algumas conclusões a partir disso, vendo que realmente por hora poderia estar mais tranquilo e diminuir um pouco o ritmo, se concentrando mais não só em fugir, mas explorar um pouco em busca de sinais de algo mais peculiar.

Pelo menos era o que esperava, mas não de forma tão óbvia assim pois o som de metal era inconfundível, de forma bem diferente dos sons até então, lhe fazendo imediatamente relembrar que poderia encontrar não apenas nativos do Fukai ali...

Devido sua curiosidade, se aproximou do som de forma furtiva, se esgueirando e procurando usar coberturas para não ser visto. Do alto, teve aquela vista do que parecia ser uma construto, mas era completamente diferente do que lembrava em vida de ter visto, aqueles montes de metal que se moviam de forma desengonçada. Se ela realmente era um, então o mundo avançou além do que poderia imaginar.

Presenciando a cena, logo passou em sua mente algumas hipóteses. A primeira é que poderia ter sido enviada justamente para persegui-lo, visto que humanos não conseguiriam. A segunda era que ela deveria ter algum "parafuso solto" e simplesmente estava vagando por ali. A terceira, que teria sido enviada por alguém de fora para adquirir matéria prima dali, uma forma segura de extração. A quarta, que ela estaria de guarda, protegendo algo ou algum lugar.

A arma em sua mão parecia de cunho militar, mas suas roupas não, então por hora não poderia descartar totalmente a primeira hipótese. A forma como golpeava e esquartejava o corpo poderia indicar a segunda hipotese, mas teria que ver se haveriam mais sinais de destruição ao redor ou apenas o corpo daquele animal. A terceira hipotese poderia ser palpavel, mas a menos que fosse um comerciante com bastante dinheiro, seria dificil uma unidade tão avançada estar a esmo sozinha ali, então era a menos provavel até o momento.

Restava então a ultima hipotese, a de ser uma guardiã. Caso fosse, o que estaria guardando? Um local? Um item? Um ser? Combinaria sua estrutura e armamento com sua função, então o que tinha ali poderia valer a pena ser investigado, contudo não sabia como ela reagiria, se era capaz de compreender a fala, ou mesmo seu idioma, e se não o atacaria assim que o visse.

Por hora, a observou e acompanhou furtivamente, queria avaliar seu comportamento para ver se seria seguro tentar alguma aproximação pacifica ou se teria que agir furtivamente na ausência dela.

por **Kalysta** Qui 24 Set 2020 - 15:18

GM escreveu:A automata continuou o processo de separação, fazendo pedaços milimetricamente semelhantes em tamanho.

Quando o inseto já havia sido completamente picado, a garota sacudiu a arma, limpando-a dos líquidos indesejados, e a embainhou. Caminhou até o pé de um dos cogumelos e apanhou uma trouxa de tecido. Com movimentos precisos, estendeu o enorme tecido preto no chão. Bones pode observar que seus braços e pernas tinham engrenagens, junções e tubos de metal, mas o rosto era impecável, até onde poderia ver devido à faixa nos olhos.

Como se estivesse em uma feira, escolheu as partes mais duras da carapaça: tórax, abdomen e algumas partes das patas, atirando tudo sobre o tecido. O processo era demorado, mas a garota parecia levar um tempo analisando os pedaços que apanhava.

Quando 90% do inseto estava sobre o tecido, a garota apanhou as pontas do mesmo e as amarrou, fazendo uma enorme trouxa. Seus ombros e joelhos emitiram um zunido, liberando pequenos jatos de vapor, e ela começou a andar, puxando sua enorme trouxa atrás de si. O som de seus passos eram leves, mas suas juntas faziam um barulho de metal característico.

A garota ia em direção oposta a que Bones vinha - para longe da estrada. Caminhava sem pressa.

por **Bones** Qui 24 Set 2020 - 16:24

Ficou atento observando-a agir meticulosamente como esperado de uma maquina, sistematicamente organizando e separando as partes do corpo encima daquele tecido. Provavelmente, era apenas uma coletora mesmo em busca de matéria prima então, com uma constituição peculiarmente caprichada em algumas partes do corpo e em outras meio desleixada.

Entretanto, uma vez terminada a coleta, a criatura construída não se dirigiu para a estrada e sim se embrenhava no terreno, indo mais para dentro do que para o exterior do fukai. Certamente deveria haver algo mais ali, algo para qual ela trabalhava.

Procurou um ponto que pudesse descer do desnível fazendo o menor barulho possível, pretendia ver para onde ela estava levando aqueles restos do animal. Poderia ser que ela própria estivesse ali se escondendo, mas algo lhe dizia que parecia mais que estava trabalhando para alguém, pois assim como ele próprio, um construto não precisaria se alimentar nem de partes de criatura caso quisesse simplesmente viver por ali.

por **Kalysta** Qui 24 Set 2020 - 16:43

GM escreveu:A automata andou por mais ou menos uma hora. Fez tantas curvas que qualquer pessoa se perderia no caminho, a esta altura. Tinha os passos medidos, sabendo exatamente onde pisar. Passaram por cima de raízes, mais depressões na terra, trilhas com mais insetos, mas a garota não desviava o foco em seu caminho.
Mas ela e Bones não se cansavam. Caminhar por uma hora ou por um dia inteiro, não fazia diferença.

Em um dado momento, chegaram ao pé de um fungo, o maior que Bones vira no dia. Sua raíz era do tamanho de um pequeno quarterão, sua altura era colossal.
A automata deu a volta em seu tronco, ainda arrastando a trouxa de material.

Seguindo-a de uma distância segura, Bones notou que a automata havia sumido de sua vista por um momento.

Um momento breve até Bones perceber que havia uma porta no caule do enorme fungo. Uma porta, camuflada pelas raízes do fungo. Qualquer viajante caminhando por ali, provavelmente, passaria e não notaria a entrada.

Curiosamente, não estava trancada.

Caso Bones decida por continuar seguindo a automata, ao abrir a porta dará de cara com uma escada de metal, íngreme, levando ao subsolo.

Descendo uns 20 degraus, começaria a ouvir vozes. Uma masculina e uma feminina, conversando.
A escada terminava em uma plataforma, igualmente de metal, sem qualquer iluminação - o que não era problema para Bones.

Haviam 3 portas: Uma a frente, uma à direita e uma à esquerda. Todas fechadas, mas não trancadas.
O som da conversa vinha da porta à direita, abafado, mas Bones não teve problemas em distinguir a conversa.

- Hm... ah sim... A carapaça desta estava em ótima condição....
- Qualidade de 87%.
- Sim sim, que seja... é uma qualidade boa. Ótimo trabalho, 2B. Vai dar pra continuar o meu projeto por mais alguns dias. Nenhum problema?
- Negativo.
- Ahan... Olhe estas pernas! Acho que vou fazer pó de endurecimento com essas. Qual a qualidade destas?
- 99.9%
- AHÀ!!!! ÓTIMO! Vou usar na sua espada, querida. Depois deixe ela aqui comigo para trabalhar na lâmina.
- Entendido.

por **Bones** Qui 24 Set 2020 - 17:43

Ainda bem que ela sabia o caminho, pois sem uma trilha definida, mesmo ele sabendo se virar poderia ter dificuldade em se guiar por ali caso fosse sozinho. Sem dificuldades ela prosseguia, então ele apenas acompanhava mantendo o ritmo, deixando uma certa distancia para o qualquer eventual som não a alertasse enquanto ainda podia ver para onde ela ia.

Ao se aproximar daquele fungo colossal, desapareceu por um instante. Imediatamente se aproximou para ver para onde ela poderia ter ido, vendo se tinha rastros ou algo que chamasse a atenção, mas foi então que percebeu que discretamente parecia haver uma porta camuflada no fungo, alguém deveria ter construído dentro dele para se abrigar.

Notou que não estava trancada, então com calma tentou observar por uma fresta antes de abrir. Diferente do que inicialmente pensou, não havia um cômodo ali e sim uma escada de metal descendo, então para sanar sua curiosidade teria que prosseguir por ela, encostando a porta atrás de si.

Desceu com cuidado, dando de cara com três portas. Pensou em se esgueirar para ver o que nelas tinha, mas logo uma conversa lhe chamou a atenção.

- Hm... ah sim... A carapaça desta estava em ótima condição....

- Qualidade de 87%.
- Sim sim, que seja... é uma qualidade boa. Ótimo trabalho, 2B. Vai dar pra continuar o meu projeto por mais alguns dias. Nenhum problema?
- Negativo.
- Ahan... Olhe estas pernas! Acho que vou fazer pó de endurecimento com essas. Qual a qualidade destas?
- 99.9%
- AHÀ!!!! ÓTIMO! Vou usar na sua espada, querida. Depois deixe ela aqui comigo para trabalhar na lâmina.
- Entendido.

Ao que parece, deveria ser algum tipo de artífice em busca de materiais para aprimorar, algo que lhe seria tremendamente importante agora em sua fuga. Poderia vasculhar as outras portas em busca do que ele ja havia conseguido, mas no entanto tinha algo melhor em mente.

Desatou a bainha e segurou com a mão esquerda a espada ainda embainhada pela bainha a mostra, em sinal de desarme, batendo três vezes na porta com calma, mantendo uma postura ereta mas não conflitante, falando com uma voz calma, porém sobrenatural.

- Saudações. Podemos conversar?

por **Kalysta** Qui 24 Set 2020 - 18:04

GM escreveu:Ao bater três vezes, as vozes cessaram. Se ficasse por isso mesmo, talvez voltassem a falar, mas a porta se abrira e Bones se revelava.

Dentro, um aposento enorme, todo feito em madeira. Uma oficina. As paredes estavam cobertas de martelos e ferramentas diversas: serrotes, raladores, moedores, coadores. Do lado oposto à porta uma enorme mesa de madeira maciça. Estantes nas paredes continham líquidos, poeiras, partes de animais mantidas em líquido. Este aposento estava iluminado por garrafas penduradas no teto.

Ao centro do aposento, o tecido estava estendido com as partes do inseto recém-esquartejado à mostra. A automata estava em pé, de frente para a porta, com a postura relaxada.

Já a outra figura era novidade.

criatura:

Era uma criatura humanóide, mas com 6 longos braços, terminados em três dedos com garras negras. Uma cabeça oval e careca exibia, por baixo do robusto bigode, uma bocarra aberta de surpresa ao ver Bones. Os óculos escuros, redondos, deixaram suas sobrancelhas surpresas se levantaram.

Logo em seguida, a expressão do homem se fechou e voltou para a automata.
- Sem problemas, han?
- Definição de problema: Situação que causa transtorno e que exige grande esforço e determinação para ser solucionado. Não estamos em situação de transtorno.

Com as palavras exatas da menina, o homem abriu e fechou a boca várias vezes.
- Bem.. você não, mas e eu?!... você.... ele... como isso aconteceu?
- O visitante entrou em contato visual comigo quando estava terminando a coleta de materiais. Não demonstrando sinais de hostilidade, foi ignorado. O visitante me seguiu. Não demonstrando sinais de hostilidade, foi ignorado. Hipótese: a tranca da porta externa tendo sido avariada há 14 dias e duas horas, o visitante conseguiu entrar em nossa oficina sem problemas.

O homem bufou e esfregou as palmas das mãos na cara, irritado.
- Eu preciso rever sua programação rúnica URGENTE!!!
- Vigésima quarta vez. Gostaria de manter o número atualizado?

Um som de irritação saiu da garganta do homem, até que finalmente sua atenção se voltou a Bones:
- Bem... você .... disse querer conversar? O que quer? A 2B não está a venda, antes que pergunte.

A voz era mau humorada, um par de braços se cruzou por sobre o peito do homem. Os outros dois se colocaram em sua cintura.

por **Bones** Qui 24 Set 2020 - 18:47

O lugar parecia pertencer a um alquimista maluco ou algo do tipo, mas quem era ele para julgar outro diante de sua presença óssea. O ser que ali estava parecia combinar bem com o local, ou seria o contrário? Seja como fosse, pelo menos não lhe atacou, então talvez pudesse conversar...

Antes, os dois conversam entre si, ele claramente não satisfeito com a programação dela, enquanto notou pelo que ela dizia que mesmo ele tendo procurado se esconder, ainda assim ela sabia de sua existência, apenas o ignorou. Algo de se esperar de alguem usando uma armadura negra numa floresta estranha...

Enfim o ser lhe dirige a palavra, com tom mal humorado provavelmente pela sua presença indesejada e pela fala, provavelmente houveram outros tentando pega-la.

- Bem... você .... disse querer conversar? O que quer? A 2B não está a venda, antes que pergunte.

- Não vim por ela, vim pelo senhor. Ela com certeza é um excelente trabalho, não sou da área para entrar em detalhes, mas posso notar que se destaca bastante... Contudo, estou a procura de alguém que possa colaborar comigo, em troca posso pagar com serviços.

Falava de forma mansa e direto, estava negociando e não confrontando, então procurava não ser agressivo ou inoportuno.

- Não pude deixar de ouvir que pode melhorar a arma dela. O que o senhor cobraria e necessitaria para que fizesse o mesmo para mim, em minha arma e armadura? Se importaria se eu tirasse meu helmo?

Independente da resposta, com calma tiraria o elmo para que o artesão visse que ele também não era um humano. Nunca havia feito isso antes, então precisava ver como outra criatura não humana reagiria a sua verdadeira face.

por **Kalysta** Qui 24 Set 2020 - 19:08

Kamaji escreveu:
Assim que Bones retirou seu elmo o homem de seis braços deu uma risada rouca. Seus braços se largaram ao chão e sua expressão se relaxou em um sorriso.
- Uma ossada, hein? 2B. Vá se recarregar, querida. Bom trabalho.

A automata andou até a porta atrás de Bones, saindo do recinto e fechando a porta atrás de si. O homem se sentou em um alto banco na frente da mesa e puxou um cachimbo.
- Se fosse humano, teria mandado a 2B arrancar sua cabeça com armadura ou sem, dependendo de sua atitude.

Um par de braços se apoiava em seus joelhos, um par preparava o cachimbo e o último se esticava procurando algo em um gaveteiro, ao lado da mesa. Obviamente o homem não precisava olhar o que o último par de braços fazia, pois seu foco estava totalmente em Bones.

- O nome é Kamaji. Qual seu nome? Sou o melhor artesão que vai conhecer. Talvez só perca para os anões em Kjeldor... talvez. Posso fortificar sua arma e armadura. Meu preço é simples: Eu não tenho uso para dinheiro, como pode supor, mas nem acho que seja algo que você tenha. Eu peço uma lista de materiais e você me traz. Trazendo tudo, uso parte do que conseguir para melhorar sua arma. Parece justo?

O par de braços finalmente conseguira um acendedor e o cachimbo agora exalava um fumaça densa.
- Eu ofereceria um assento e uma tragada, se isso não fosse inútil, mas se quiser apenas por estética, fique a vontade.

por **Bones** Qui 24 Set 2020 - 20:27

Ao que parece, o ser ficou muito mais amistoso ao ver que não se tratava de um humano, então tudo indicava que muitas criaturas alimentavam um desgosto quanto a eles e entre os diferentes, ele poderia agir mais naturalmente e não se preocupar tanto em esconder sua verdadeira forma. Manteve o elmo sob seu braço direito segurando-o enquanto falavam.

- Se fosse humano, teria mandado a 2B arrancar sua cabeça com armadura ou sem, dependendo de sua atitude.

Que alivio que me mostrei então, seria complicado correr atrás dela em meio a tantos potes hehehe

- O nome é Kamaji. Qual seu nome? Sou o melhor artesão que vai conhecer. Talvez só perca para os anões em Kjeldor... talvez. Posso fortificar sua arma e armadura. Meu preço é simples: Eu não tenho uso para dinheiro, como pode supor, mas nem acho que seja algo que você tenha. Eu peço uma lista de materiais e você me traz. Trazendo tudo, uso parte do que conseguir para melhorar sua arma. Parece justo?

Seu nome... Aquele que ele foi um dia ja havia morrido a muito tempo e não era mais um humano que pudesse ser chamado assim. Então em vez disso, decidiu adotar aquele escarnio que seus torturadores o chamavam como sua identidade, pois se um dia fosse conhecido, eles saberiam quem estava indo busca-los...

Sobre a proposta, nem precisou ponderar, era uma proposta razoável e ja antecipou isso.

- Me chamo Bones. Quanto a qualidade do serviço, indiscutível, o elogio pelo seu trabalho. Disse fazendo um leve reverencia com a cabeça, em sinal de respeito. - A proposta é exatamente o que esperava, até mesmo se, além do material que precisa para mim, precisar de algo mais especifico ou difícil, posso tentar conseguir para o senhor.

Ser educado e um tanto generoso eram formas de garantir boas relações e negociações, ganhar a confiança e facilitar a conversa. Não tinha intenção de trai-lo ou prejudica-lo, mas se conseguisse a satisfação dele, então Kamaji poderia fazer um trabalho melhor, ficando assim satisfeito também com bons resultados.

- Eu ofereceria um assento e uma tragada, se isso não fosse inútil, mas se quiser apenas por estética, fique a vontade.

- Obrigado. Disse ele se sentando. - Não me pareceu surpreso ao me ver, pelo menos sem o elmo hehehe Ja teve contato com outros?

Perguntou de forma despretensiosa e não inquisitiva, para puxar papo mas também para sonda-lo, pois não teve muita informações sobre Ossadas, não além do que estudou nos livros quando jovem e todo aventureiro conhece, ou seja, mate assim que vir uma. Também era uma forma de sondar se ele não teria algum interesse nele, pois algo incomum batendo em sua porta por vezes poderia despertar curiosidade de estudo...

por **Kalysta** Qui 24 Set 2020 - 21:00

Kamaji escreveu:
A ossada mostrava certo senso de humor. Com certeza era antiga. Uma ossada jovem, ele bem sabia, demonstraria no máximo a lealdade a seu criador, e apenas isso. Coisas como senso de humor e ambição eram coisas que se criavam, com o tempo, se a criatura tivesse sorte.

Ele aceitaria o serviço e Kamaji, como bom artesão, bateu palmas com um dos pares de mão.
- Há muito não recebo serviços novos. O trabalho de um artesão é seu coração: quando pára, este morre. Você escolhe o que quer melhorar primeiro e deixa aqui sobre minha mesa. Vou pedir para 2B analisar e aí farei uma lista de ingredientes.

Dando outra baforada, soltou a fumaça pelo nariz achatado, pensando nas palavras de Bones.
- Vivendo aqui há mais ou menos 150 anos tive contato com todo tipo de criatura, Senhor Bones. Aqui no fukai, por conta dos esporos, mortos-vivos se dão bem, mas existem de todos os tipos.

Balançando o cachimbo em uma das mãos, Kamaji olhou para o teto.
- Existem os mortos-vivos naturais. Pouca gente sabe mas... um cadáver que não teve um sepultamento de acordo pode muito bem voltar dos mortos para ter um fim digno. São criaturas sem consciência, procurando apenas o fim de sua dor. A dor é a única coisa que as move.

Daí temos os erguidos por necromantes. Os mais comuns são esqueletos e zumbis. Não pensam. Não sentem. Apenas obedecem as ordens de quem os ergueu com magia negra. São ótimos guardas de tumbas e ruínas.
Finalmente, Kamaji tornava o olhar a Bones.
- Finalmente, temos os construtos. Esses dão mais trabalho. Você não pode ser chamado de simples esqueleto, pois é uma ossada: possui muito mais poder mágico, por isso sua capacidade de pensar e tomar decisões. Um zumbi, erguido desta forma, é um Munak. Ainda erguidos de magia negra, mas com muito mais trabalho.

Aqui uma de suas mãos coçou o espesso bigode, distraidamente.
- Conheci um necromante uma vez. Um dos poucos humanos que atendi. Chamava-se Victor Trumm. Era poderoso. Ele dizia que, quanto mais refinado o pensamento da Ossada, mais antiga a magia presente. Posso deduzir, por isso, que você é bem antigo. É a segunda Ossada que me visita em todos estes anos, portanto são uma coisa rara de se ver. Mas o primeiro não estava tão bem vestido... HÀ! Recebo muitos youkais, são meus parentes mais próximos.

O artesão pegou mais tabaco e reencheu seu cachimbo. Uma de suas mãos foi até uma corda pendurada na parede e a puxou, mas nada aconteceu por um tempo.

Passado um minuto, 2B voltava à sala, ficando ao lado da porta aguardando instruções.

por **Bones** Qui 24 Set 2020 - 23:13

- Há muito não recebo serviços novos. O trabalho de um artesão é seu coração: quando pára, este morre. Você escolhe o que quer melhorar primeiro e deixa aqui sobre minha mesa. Vou pedir para 2B analisar e aí farei uma lista de ingredientes.

- Espada e armadura, por favor.

Disse ele ja colocando a espada e elmo sobre a mesa, enquanto ia tirando as peças de armadura conforme prosseguiam com a conversa.

- Vivendo aqui há mais ou menos 150 anos tive contato com todo tipo de criatura, Senhor Bones. Aqui no fukai, por conta dos esporos, mortos-vivos se dão bem, mas existem de todos os tipos.
Existem os mortos-vivos naturais. Pouca gente sabe mas... um cadáver que não teve um sepultamento de acordo pode muito bem voltar dos mortos para ter um fim digno. São criaturas sem consciência, procurando apenas o fim de sua dor. A dor é a única coisa que as move.

Daí temos os erguidos por necromantes. Os mais comuns são esqueletos e zumbis. Não pensam. Não sentem. Apenas obedecem as ordens de quem os ergueu com magia negra. São ótimos guardas de tumbas e ruínas.

- Finalmente, temos os construtos. Esses dão mais trabalho. Você não pode ser chamado de simples esqueleto, pois é uma ossada: possui muito mais poder mágico, por isso sua capacidade de pensar e tomar decisões. Um zumbi, erguido desta forma, é um Munak. Ainda erguidos de magia negra, mas com muito mais trabalho.

- Conheci um necromante uma vez. Um dos poucos humanos que atendi. Chamava-se Victor Trumm. Era poderoso. Ele dizia que, quanto mais refinado o pensamento da Ossada, mais antiga a magia presente. Posso deduzir, por isso, que você é bem antigo. É a segunda Ossada que me visita em todos estes anos, portanto são uma coisa rara de se ver. Mas o primeiro não estava tão bem vestido... HÀ! Recebo muitos youkais, são meus parentes mais próximos.

Ouviu a explicação dele elucidou um pouco sua curiosidade mas ao mesmo tempo despertou uma pergunta que precisava fazer para sanar uma duvida crucial.

- Me sinto constrangido pelo senhor entender mais sobre mim do que eu mesmo heheheh Mas por sinal, em que ano estamos? Desde quando me tornei o que sou, passei não sei quantos anos preso numa tumba e ao sair, fui capturado... Estava a anos, talvez década, sendo usado por uns malditos da guarda como cobaia e boneco de testes...

Era impossível não transparecer o ódio, com seus "olhos" exalando um brilho mais forte como pequenas chamas ao se lembrar pelo que passou nas mãos deles. Aos poucos o sentimento ia se esvaindo, voltando a compostura de antes, enquanto que a serva adentrou a sala aguardando algo.

- Bom, então basta me dizer o que precisa e buscarei de bom grado. A proposito, esse outro Ossada, faz muito tempo que o encontrou? Sabe dizer o nome dele? Se um dia o encontrar por ai, seria bom dizer que temos o mesmo artesão hehehe

por **Kalysta** Sex 25 Set 2020 - 14:33

Kamaji escreveu:
Kamaji apoiou o cachimbo em uma das prateleiras, ainda soltando fumaça. As mãos habilmente foram pegando as partes das armaduras de Bones e as colocando na mesa.
- 2B. Venha querida. Dê uma olhada nisso para mim, sim?

Enquanto trabalhavam, Kamaji prestava atenção nas palavras de Bones. Seus braços e mãos pareciam ter mente própria, pois pegavam instrumentos e lupas, enquanto seus olhos estavam fixos na ossada, com uma das mãos coçando o bigode.

- Não fique constrangido por isso. Estamos no ano 2000 pós Sete Dias de Fogo.

O artesão observou os olhos de Bones se acenderem com ódio ao falar de seus captores.
- Há vários grupos com más intenções por aí. Por isso escolhi o exílio. A maioria, se me permite, criados por humanos. Não contentes em queimarem nossa terra com os gigantes, ainda fazem besteira. Nunca encontrei com um, mas tive amigos e familiares que sofreram com isso. Sou o último da minha espécie, sabe? Não se tem muitos youkais aranhas por ai. Achei que o fukai seria o lugar ideal para me estabelecer. Faça me um favor, sim, quando for se vingar use a arma que irei lhe fazer para o golpe final. Ficarei satisfeito com isso.

Bones se lembrava dos Sete Dias de Fogo. Em suas memórias, já eram um acontecimento antigo. Lembrava-se vagamente de alguma guerra com os humanos, justamente por isso... por sua ganância e ambição terem sido responsáveis pela queima de parte do continente e quase aniquilação dos seres viventes (ou não). Havia um grande reino humano chamado Kosala e nações não-humanas que o enfrentavam.

- A ossada de que falei passou por aqui há mais ou menos uns 20 anos. Tarso, era seu nome. Tinha uns ossos soltos na cabeça, se quer saber. Pediu-me uma foice com algumas magias imbutidas. Um senso de humor um tanto... peculiar. Quando chegou, achei que era a própria morte vindo me buscar. Ainda não sei se não era...

2B escreveu:
A automata andou até a mesa e começou a manusear a espada. Passou suas mãos pela lâmina e o som de metal sobre metal era afinado.
- Qualidade média. Boa liga. Carvão e Aço. Não tem marcas de gordura, mas de mau armazenamento. Empunhadura está um pouco solta. A guarda poderia ser maior para melhor performance. Pó de endurecimento de qualidade 70% ou superior é necessário. Fragmentos de Garras de Mantis podem ajudar no dano.

Enquanto falava, uma das mãos de Kamaji ia anotando algumas palavras em uma folha de papel. A garota continuava.
2B continuou a análise da espada. Só então Bones pôde notar: seu rosto era tão bem feito pois era uma máscara de porcelana. Sua boca não mexia. Sua voz saía sabe-se lá de onde, mas nada em seu rosto se movia. Já o restante de seu corpo era todo de metal.
- Armadura de ótima qualidade. Metal de Kjeldor, com partes em alumínio e titânio. Sem amassões ou arranhões. Perfeito estado. Pó de endurecimento de 85% de qualidade ou superior.

Ao acabar de falar um punhado de outras coisas que Bones não saberia identificar, colocou-se ao lado da mesa com a mesma posição de espera de sempre.
- Ambos possuem propriedades mágicas. Ativação desconhecida. Natureza desconhecida.

por **Bones** Sex 25 Set 2020 - 16:29

Apenas acompanhou o que a construto dizia enquanto eles conversavam, sem interferir no trabalho dela, o assunto com Kamaji era mais importante.

- Não fique constrangido por isso. Estamos no ano 2000 pós Sete Dias de Fogo.

- 2000 ehm ? Hmmm... Sou muito mais velho do que imaginei , isso explica meus cabelos brancos... hehehe

- Há vários grupos com más intenções por aí. Por isso escolhi o exílio. A maioria, se me permite, criados por humanos. Não contentes em queimarem nossa terra com os gigantes, ainda fazem besteira. Nunca encontrei com um, mas tive amigos e familiares que sofreram com isso. Sou o último da minha espécie, sabe? Não se tem muitos youkais aranhas por ai. Achei que o fukai seria o lugar ideal para me estabelecer. Faça me um favor, sim, quando for se vingar use a arma que irei lhe fazer para o golpe final. Ficarei satisfeito com isso.

- Dizer que lhe compreendo seria supérfluo de mais, pois apenas consigo imaginar o que deve ser, mas considere que farei questão de dar uma girada extra na espada enquanto estiver me vingando, então reforça bem ela pois a lista é grande hehehe

Realmente não podia imaginar, pois antes de virar um construto era um humano, até mesmo chegou a perseguir algumas criaturas, tendo agora ele se tornando um... Talvez fosse um castigo merecido tudo que sofreu naqueles anos de cativeiro, mas ainda assim, merecia ser chamado de hipócrita pois não aceitaria mesmo que merecido.

Sobre sua idade, não poderia imaginar que tanto tempo havia se passado assim e para ele não parecia, provavelmente boa parte devido ao tempo que levou até se tornar um Ossada integral, com consciência própria. Foi então que Kamaji continuou.

- A ossada de que falei passou por aqui há mais ou menos uns 20 anos. Tarso, era seu nome. Tinha uns ossos soltos na cabeça, se quer saber. Pediu-me uma foice com algumas magias imbutidas. Um senso de humor um tanto... peculiar. Quando chegou, achei que era a própria morte vindo me buscar. Ainda não sei se não era...

- Foice? Própria morte é? Até que não seria uma má ideia hehehe Quanto mais Mortes passearem por ai, mais difícil será para descobrirem que são vários... Infelizmente acho que não faz meu estilo, prefiro ser um cavaleiro negro mesmo... hehehe

Então a construto começa seu relatório, descrevendo o equipamento e material necessário.

- Qualidade média. Boa liga. Carvão e Aço. Não tem marcas de gordura, mas de mau armazenamento. Empunhadura está um pouco solta. A guarda poderia ser maior para melhor performance. Pó de endurecimento de qualidade 70% ou superior é necessário. Fragmentos de Garras de Mantis podem ajudar no dano.

- Armadura de ótima qualidade. Metal de Kjeldor, com partes em alumínio e titânio. Sem amassões ou arranhões. Perfeito estado. Pó de endurecimento de 85% de qualidade ou superior.

- Ambos possuem propriedades mágicas. Ativação desconhecida. Natureza desconhecida.

Aquilo foi interessante de ouvir. O equipamento não era de todo ruim e ainda possuia propriedades magicas, precisava se informar mais sobre isso imediatamente.

- Propriedades mágicas é? Kamaji, sabe alguma forma de descobrir que não seja diante de um dragão vermelho ou algo parecido? Aqui nas redondezas tem alguma criatura que poderia testar o equipamento pra descobrir? Peguei ele na minha fuga e nem tive tempo de ler o manual...

por **Kalysta** Sex 25 Set 2020 - 21:21

Kamaji escreveu:
Kamaji se sentou no banco e coçou novamente o espesso bigode, girando uma das manoplas nas mãos.
- Um de meus maiores arrependimentos... não ter estudado um pouco mais de magia prática. Infelizmente não vai encontrar ninguém por aqui no fukai que saiba identificar.... Hm... não... Talvez em uma cidade maior possa pagar um mago que faça isso.

Uma de suas mãos começou a abrir gavetas e remexer papéis.
- Tinha um mapa aqui em algum lugar.... MALDIÇÃO... preciso arrumar essas gavetas o quanto antes... Ah sim...

O par de mãos desenrolou o mapa e o abriu na frente de Bones. Outra mão apontava os lugares enquanto Kamaji explicava.
- Você está aqui. Bem no meio do fukai. Ao sul você tem a cidade asquerosa de Pejite, capital do reino humano. Depois do final da guerra eles ficaram muito prepotentes. Construíram uma fortaleza. Não são muito fãs de não-humanos lá, mas usam as outras raças de maneira muito peculiar quando lhes interessa. Apesar de tudo, é uma cidade grande com um bom comércio.

Sua mão, que tinha passado da enorme mancha roxa do fukai até um pequeno ponto ao sul que era Pejite, agora retornava. A ponta da unha negra de Kamaji passou por todo o Fukai até o meio do continente, onde outro ponto preto marcava outra cidade.
- O Vale dos Ventos também pertence ao reino humano, mas é mais receptivo. Talvez encontre serviços mais baratos, mas se arrisca a não encontrar um serviço muito especializado.

O dedo de Kamaji passou por uma mancha verde e parou em outro ponto, mais ao norte.
- Lórien. Cidade dos elfos. Fica dentro da floresta de Alihanna. Creio que você já saiba, mas elfos têm um dom com magia. Eu aconselharia ir até lá, é a melhor opção na minha opinião. Mais confiável e provavelmente a mais barata.... mas é a mais distante, como pode ver. Não que você vá criar bolhas nos pés... há!

O youkai tornou a enrolar o mapa e o ofereceu a Bones.
- É um mapa velho. 2B conseguiu para mim há uns 10 anos. Pode ter algum erro mínimo, mas acho que é melhor do que nada. Pegue. Não tenho uso para isso e 2B sabe bem mais do que isso de memória, se eu precisar.

Voltando a se levantar, Kamaji pegou o papel no qual fazia anotações durante a análise da arma e armadura. Acertando seus óculos, leu devagar:

- Doze pernas da barata púrpura: duas para a espada e dez para a armadura. Isso vai aumentar a durabilidade e defesa. Considerando que cada barata tem seis pernas, vai precisar matar umas 2.
- Caso queira mais dano na espada, matar um ou dois Mantis seria ideal. Vai ter uma lâmina mais afiada e difícil de perder o fio.

Por ora, é o que podemos fazer.
Vou querer, além disso, as cabeças dos Mantis e suas asas. O mais intactas possíveis, mas posso aceitar pedaços. Ah... as antenas das baratas também.

Aqui Kamaji sorriu.
- Hehe... alguma dúvida, Mestre Bones?

por **Bones** Sáb 26 Set 2020 - 10:09

- Um de meus maiores arrependimentos... não ter estudado um pouco mais de magia prática. Infelizmente não vai encontrar ninguém por aqui no fukai que saiba identificar.... Hm... não... Talvez em uma cidade maior possa pagar um mago que faça isso.

Inicialmente não pretendia retornar imediatamente para a civilização por conta de sua aparência e sem entender exatamente do que era capaz, mas pelo comentário provavelmente deveria faze-lo para conseguir ver do que seus itens eram capazes...

- Você está aqui. Bem no meio do fukai. Ao sul você tem a cidade asquerosa de Pejite, capital do reino humano. Depois do final da guerra eles ficaram muito prepotentes. Construíram uma fortaleza. Não são muito fãs de não-humanos lá, mas usam as outras raças de maneira muito peculiar quando lhes interessa. Apesar de tudo, é uma cidade grande com um bom comércio.

- Pretendo voltar lá, mas depois que tiver levantado um exercito, reduzi-la a pó...

Era impossivel não transparecer o ódio pelo local...

O Vale dos Ventos também pertence ao reino humano, mas é mais receptivo. Talvez encontre serviços mais baratos, mas se arrisca a não encontrar um serviço muito especializado.

- Se não me falha a memória ja estive por lá, mas eram poucos casebres espalhados, posso tomar como ponto de partida...

Comentou, apenas para seguir o raciocínio de Kamaji.

- Lórien. Cidade dos elfos. Fica dentro da floresta de Alihanna. Creio que você já saiba, mas elfos têm um dom com magia. Eu aconselharia ir até lá, é a melhor opção na minha opinião. Mais confiável e provavelmente a mais barata.... mas é a mais distante, como pode ver. Não que você vá criar bolhas nos pés... há!

- Ja experimentaram ralar meus ossos, é um tanto incomodo e fica mais curto por um tempo, então pode ser que na próxima vez que nos vejamos eu esteja mais baixinho hehehehe Mas sabe dizer se eles seriam receptivos ao o que eu sou? Lembro-me que elfos não se davam muito bem com "criaturas corrompidas" e coisas do gênero...

Então enrolou o mapa e lhe ofereceu, em sinal de bom grado.

- É um mapa velho. 2B conseguiu para mim há uns 10 anos. Pode ter algum erro mínimo, mas acho que é melhor do que nada. Pegue. Não tenho uso para isso e 2B sabe bem mais do que isso de memória, se eu precisar.

- Obrigado, farei bom uso dele.

Com o mapa, poderia se guiar mais facilmente pelo continente, tendo alguns pontos a visitar no caminho. Pequenos vilarejos poderiam não ter alguém capaz de realizar o serviço mas grandes capitais poderiam significar problema caso o vissem como ameaça, então teria que procurar por povoados medianos, capazes de abrigar alguém talentoso o bastante e não oferecer o risco de um exercito em seu encalço.

Precisaria tambem buscar formas de conseguir dinheiro nesse intervalo de tempo, ao longo do trajeto realizando serviços em troca de ouro, então teria como estratégia agir como agia em vida, vender sua espada e realizar pequenos feitos, com a vantagem que agora não precisaria mais gastar em alimentação ou estadia.

- Doze pernas da barata púrpura: duas para a espada e dez para a armadura. Isso vai aumentar a durabilidade e defesa. Considerando que cada barata tem seis pernas, vai precisar matar umas 2.

- Caso queira mais dano na espada, matar um ou dois Mantis seria ideal. Vai ter uma lâmina mais afiada e difícil de perder o fio.

Por ora, é o que podemos fazer.
Vou querer, além disso, as cabeças dos Mantis e suas asas. O mais intactas possíveis, mas posso aceitar pedaços. Ah... as antenas das baratas também.

- Hehe... alguma dúvida, Mestre Bones?

- Nenhuma duvida, Mestre Kamaji. Vou tentar trazer da forma mais inteira possível. Posso levar o pano para trazer as partes?

Disse ele enquanto vestia novamente a armadura e prendia a espada.

por **Kalysta** Sáb 26 Set 2020 - 15:13

Kamaji escreveu:
Ao comentário dos elfos, Kamaji respondeu:
- São reservados, talvez você encare algumas caras fechadas, mas se for com uma armadura destas acho que vai se sair bem. Os drows, primos dos elfos da floresta, são muito mais amigáveis com nossos tipos... mas encontrar a cidade deles é, em si só, uma tarefa árdua. Não faço idéia de onde fica Ragnar, mas gosto muito mais dos elfos negros do que dos floridos. hehehe Gostaria de visitar a cidade sombria, se pudesse.

Kamaji fez sinal para o pano no chão e 2B começou a dobrá-lo meticulosamente.
- Claro! Não vamos precisar por enquanto. Pode levar e vai precisar de algo assim... vai trazer muita coisa.

O artesão colocou o que 2B trouxe na mesa.
- 2B... dê coordenadas de onde ele pode encontrar os insetos, querida, por favor. Não queremos que o cliente fique perambulando desnecessariamente.

2B escreveu:
A garota se levantou e fez um gesto afirmativo com a cabeça para Kamaji, virando sua atenção para Bones.
- Como insetos se afastam de criaturas humanóides, não encontrará nenhum insento relevante num raio de 10 metros desta casa. Baratas podem ser encontradas facilmente, principalmente em depressões e buracos. Aparecem sozinhas ou em grupos de 2 ou 3. São insetos de nível fácil, passivos, atacam quando atacados. Quanto mais saturada a cor de suas carapaças, maior a qualidade.

Mantis podem ser encontrados entre cogumelos finos, de coloração esverdeada. Há alguns deles a leste daqui, mais ou menos uns 100 metros. Eles se camuflam entre estes fungos e atacam pelas costas, são agressivos e territorialistas. Andam em duplas, uma fêmea e um macho. As fêmeas são as mais mortais. A qualidade das garras é visualmente aparente.

Kamaji escreveu:
O artesão concordava com tudo que 2B dizia com a cabeça, mas ao final levantou um dedo de uma das mãos.
- Ah sim! Nada de fogo. Se vir uma lagarta maior que um prédio, só fique imóvel e espere ela passar. Não tente matar. É um Ohmu... não vai conseguir matar um.
Por último, fique esperto com todo inseto voador... a maioria é ofensivo e territorial. E andam em BANDOS!

O youkai aranha tomou fôlego e deu um sorriso do mais sarcástico, mostrando todos os polegares para cima.
- Boa sorte! hehehe

por **Bones** Sáb 26 Set 2020 - 16:00

- São reservados, talvez você encare algumas caras fechadas, mas se for com uma armadura destas acho que vai se sair bem. Os drows, primos dos elfos da floresta, são muito mais amigáveis com nossos tipos... mas encontrar a cidade deles é, em si só, uma tarefa árdua. Não faço idéia de onde fica Ragnar, mas gosto muito mais dos elfos negros do que dos floridos. hehehe Gostaria de visitar a cidade sombria, se pudesse.

Não resistiu, dando um gargalhada ao ouvir sobre os elfos floridos.

- De hoje em diante será dificil não olhar para um elfo e imaginar as flores ao seu redor hehehe Se um dia encontrar Ragnar, descreverei em detalhes para você e explicarei a rota.

A construto então descreveu tecnicamente onde poderia encontrar e o que prestar atenção quanto a qualidade do material que poderia obter com eles. Iria prestar bastante atenção pois em meio a mata estranha do Fukai, cores era o que não faltava...

- Barata de cor forte e Mantis ameaçador, entendi.

Após isso, os ultimos avisos para então poder partir.

- Ah sim! Nada de fogo. Se vir uma lagarta maior que um prédio, só fique imóvel e espere ela passar. Não tente matar. É um Ohmu... não vai conseguir matar um.

Por último, fique esperto com todo inseto voador... a maioria é ofensivo e territorial. E andam em BANDOS!

- Boa sorte! hehehe

- Obrigado. Tentarei me lembrar mas não garanto que num vá aparecer aqui montado nele como meu animal de estimação ehm heheheh Até mais.

Satirizou, com tudo pronto para partir em busca dos animais. Como as baratas poderiam estar em qualquer lugar, decidiu seguir rumo a direção dos mantis, a leste, prestando atenção e tentando ser sorrateiro, se pudesse.

Caso sua armadura estivesse fazendo muito barulho ou atrapalhando a locomoção e furtividade, seria melhor deixa-la para trás mesmo, na casa. Caso estivesse conseguindo lidar com ela, apenas continuaria.

por **Kalysta** Sáb 26 Set 2020 - 17:01

GM escreveu:
O caminho a leste da oficina de Kamaji era fechado, com cogumelos de caules grossos e resistentes. Parecia que Bones estava andando em meio a uma floresta antiga, cujas árvores eram milenares. Após bons 50 metros, os fungos começaram a diversificar. O terreno passou a ser mais acidentado.

Se não tivesse deixado a armadura na oficina, estaria fazendo um bom barulho com as lombadas e buracos que teve de passar.

Os cogumelos gigantes deram lugar a fungos mais baixos e de caules mais finos. Devia ser o máximo de uma planície naquela região.

Não demorou muito e Bones pôde encontrar uma grande abertura no chão. De onde estava, do alto, podia ver um grande buraco aberto no solo, com rochas e pedras a mostra, mas haviam sulcos em lados opostos, parecendo um túnel que vinha de algum lugar, abria um buraco na superfície, e voltava a se afundar do outro lado. Quando viu os resíduos de um líquido estranho, ressecado, nas paredes pôde supor. Era um rastro de algum animal. Um animal colossal, diga-se de passagem.

Aquele líquido lhe dera sorte. Havia um grupo de 3 baratas alimentando-se da gosma cinzenta. Duas eram de um roxo vívido, quase metálico. A outra era azulada.

Situação:

por **Bones** Sáb 26 Set 2020 - 18:10

O lugar por mais estranho que pudesse parecer, tinha lá seus padrões como em qualquer outro lugar, havendo variações e não apenas o mesmo em todo lugar.

Sem sua armadura, se sentia mais agil, inclusive do que em vida, provavelmente por não ter órgãos ou músculos, que pesam, se cansam e acabam por se machucar e limitar os movimentos. Uma baita vantagem, ainda mais numa situação como aquelas em que precisava ser ágil.

Pelo rastro e marcas no solo, parecia que era justamente a tal criatura que Kamaji havia alertado, deixando um rastro liquido junto, provavelmente fluidos dele.

Para sua sorte, esses fluidos pareciam ser uma ótima isca para atrai-las, conseguindo ver pela abertura que haviam três já se alimentando. Olhou bem o ambiente antes de agir. Sair correndo em direção a elas poderia simplesmente espanta-las e perder uma ótima oportunidade.

Notou que haviam concentrações de fluidos perto de sua direita, tendo uma ideia de como tirar vantagem disso. Tentou descer discretamente bem curvado, se movendo devagar e se posicionar próximo ao fluido, recostando sentando na parede numa posição que pudesse se levantar rapidamente, com a espada desembainhada em sua mão e iria brincar de "fingir de morto".

Não tinha pressa, não precisava fazer nada, era só aguardar elas terminarem onde estavam e virem para ali. Quando tivesse ao menos duas ali com ele ou pelo menos restasse somente uma naquele buraco e as outras saíssem, atacaria de surpresa com sua mão sombria para segurar e dar um golpe preciso com a espada.

por **Kalysta** Sáb 26 Set 2020 - 19:14

GM escreveu:Bones curvou sua coluna e se posicionou para começar a descida. O plano era perfeito. Ele, como ossada, passaria por defunto sem problemas.

Sem problemas....

Não fosse o fator do solo.

A terra à qual sua mão estava agarrada saiu como uma bola de argila, grudada nos dedos ossudos, despregando da parede e fazendo Bones cair até o fundo da depressão, juntamente com mais terra e pequenas rochas por cima. Sentiu algumas ligações de seus ossos saindo do lugar de leve.

As baratas se assustaram com o barulho e duas delas (2 e a 3, uma roxa e a verde) saíram correndo para o túnel da direita.

A outra barata roxa se virou para Bones e abriu a bocarra pronta para atacar.

por **Bones** Sáb 26 Set 2020 - 19:56

Tudo estava indo conforme o esperado, exceto o chão, maldito chão. O mundo girou por um breve instante e o céu é terra trocaram de lugar. Foi tudo muito rápido e quando se deu conta estava no chão com alguns de seus ossos prejudicados.

Todo o plano havia dado errado e duas das baratas haviam fugido, restando outra vindo eu sua direção para atacar.

Tinha perdido o elemento surpresa, então teria que partir para o ataque aberto mas sua estratégia ainda era a mesma, usar sua MÃO SOMBRIA para segurá-lo assim que tivesse no alcance enquanto golpeava com a espada.

por **Kalysta** Sáb 26 Set 2020 - 21:19

GM escreveu:Assim que a barata se lançou para o ataque a mão sombria de Bones a agarrou, impedindo seu avanço e, consequentemente, seu ataque.
A mão negra de Bones agarrou o inseto por uma de suas patas, que se tornou negra com o toque. O animal se contorceu e tentou, em vão, se livrar do agarrão.

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