(Campanha Bones) - Continuando de onde paramos

Muito tempo se passar e Nazarick estava cada dia mais influente e poderosa.

Seus tratados com drows, anões e elfos estavam dando muitos frutos e a organização acumulava bens e favores.
Cada guardião tinha seus afazeres e reportava diretamente a Albedo.
Esta, por sua vez, obviamente, reportava diretamente a Ainz com relatórios detalhados a respeito de tudo o que acontecia por ali.

Mas não se enganem..
O bem mais valioso que Nazarick poderia obter naqueles tempos era informação.

Ainz estava em seu escritório principal, onde mantinha os livros de registros e demais documentos valiosos. Uma mesa e cadeiras luxuosos, feitos em madeira nobre e finamente adornados, embelezavam o centro da alcova.
À sua frente, uma figura feminina magnífica que faria qualquer pessoa cair de joelhos, segurava uma pasta vermelha cheia de papéis e relatava com voz adocicada os itens de uma extensa lista.

Albedo escreveu:

- Com isso encerro a parte financeira, Ainz-sama. 

Dizendo isto, depositou a pasta vermelha à frente de Ainz, na mesa, voltando ao seu posto dois passos para trás, como forma de respeito. Ainda com uma folha em mãos, prosseguiu.
- Ainda há dois assuntos que merecem sua atenção, Lord Ainz. Shaltear mencionou que, em sua última visita aos anões de Kjeldor, houveram boatos de ataques estranhos à cidade. Parece que animais, antes pacíficos das montanhas, andam com um comportamento anormal, segundo os habitantes de Kjeldor. Ela diz em seu relatório que crê que o rei está, finalmente ficando "caduco" - Aqui Albedo soltou um suspiro - - Típico de uma mulher que não leva seu trabalho a sério.

Virando a página, Albedo prosseguiu.

- O outro assunto é Cocytus, senhor. Sua exploração do Fukai rendeu muitas descobertas interessantes, mas estão sendo constantemente perturbadas pelos humanos. Aparentemente, o novo rei decidiu retomar as investidas violentas contra o fukai e a fauna de insetos está extremamente agressiva. O número de tempestades de esporos aumentou em 45% e nosso guardião acredita que o fukai tem avançado sua extensão, lenta, mas progressivamente.  

Depositando esta folha, também, à frente de seu mestre, Albedo se afastou novamente, com as mãos uma sobre a outra, aguardando a deliberação de seu amo e senhor.

O tempo passava e nem percebia, eram tantos afazeres e planos para colocar em prática que quando se deu conta, meses se passaram. Nazarick estava se desenvolvendo bem e os recursos estavam transbordando, sejam aqueles produzidos e adquiridos ou seja aqueles que apenas circulavam por seu intermédio. 

Casa guardião tinha suas obrigações e estava cumprindo seus papéis. Pandora espionando e agindo como agente infiltrado em Pejite, Demiurgus como chefe do submundo, Cocythus avançando sobre possíveis novos grupos mais hostis garantindo submissão deles enquanto Shaltear ficava a cargo da política dos reinos já anexados. O Yokai e os gêmeos elficos ficavam com as produções, enquanto Sebas e Albedo ajudavam-o mais diretamente, como guarda costas ou como encarregados em sua ausência.

Era mais um dia de relatórios e informações quando Albedo trouxe as informações. Eram duas questões importantes e exigiam sua atenção, contudo precisava agir e seria interessante dizer alto seu raciocínio, para ajudar na formação de Albedo como segunda em comando.

- Vamos analisar. O primeiro caso é interessante, provavelmente estão sendo instigados ou fugindo, mas em ambas as hipóteses existe algo mais forte do que eles por trás. A idade do rei é algo que o reino precisa agir, nos devemos apenas manter nossa postura e procurar ter boas relações com os possíveis sucessores. Pode ser apenas uma impressão errônea de Shaltear, ter entendido errado alguma informação e tirou essa conclusão. Nesse caso eu recomendaria que você fosse pessoalmente escoltada por Aura, ambas tem conhecimentos específicos de como lidar com ambas as situações.

-Sobre o segundo caso, isso me preocupa mais. Justamente a proximidade daquele povo e ainda estarem investindo na região do Fukai me alarma de diferentes formas. Por mim levaria comigo os gêmeos e Sebas, contudo aura irá lhe acompanhar e Sebas precisa ficar em seu lugar, enquanto Mare e Gargantua ficarão de prontidão. Nesse caso, irei só me encontrar com Cocythus. Assim que chegar e todo anoitecer manteremos contato. 

- Alguma objeção, minha querida?

Dessa forma poderia efetivamente dividir as forças mas sem deixar totalmente desprotegido seu lar. Enquanto partisse, pretendia entrar em contato com Pandora, talvez obter alguma informação sobre a movimentação dos humanos e como estava o cenário político da cidade humana e de Demiurgus sobre os bastidores.

Bones escreveu:Vamos analisar. O primeiro caso é interessante, provavelmente estão sendo instigados ou fugindo, mas em ambas as hipóteses existe algo mais forte do que eles por trás. A idade do rei é algo que o reino precisa agir, nos devemos apenas manter nossa postura e procurar ter boas relações com os possíveis sucessores. Pode ser apenas uma impressão errônea de Shaltear, ter entendido errado alguma informação e tirou essa conclusão. Nesse caso eu recomendaria que você fosse pessoalmente escoltada por Aura, ambas tem conhecimentos específicos de como lidar com ambas as situações.

Albedo escreveu:
Albedo levou uma das mãos ao centro do torax e fez uma mesura.
- Como desejar, meu amado Ainz-sama. 

Bones escreveu:Sobre o segundo caso, isso me preocupa mais. Justamente a proximidade daquele povo e ainda estarem investindo na região do Fukai me alarma de diferentes formas. Por mim levaria comigo os gêmeos e Sebas, contudo aura irá lhe acompanhar e Sebas precisa ficar em seu lugar, enquanto Mare e Gargantua ficarão de prontidão. Nesse caso, irei só me encontrar com Cocythus. Assim que chegar e todo anoitecer manteremos contato. Alguma objeção, querida?

Albedo escreveu:
Albedo sorriu levemente.
- Uma ação magnífica, meu soberano. Minha única objeção é me separar de sua companhia, mas sempre obedecerei seus comandos. Irei providenciar pessoalmente os preparativos para sua viagem.

Caso Ainz não tivesse mais nenhum comando, após uma mesura, Albedo se retiraria do recinto, fazendo os preparativos para ambas as viagens.

Albedo não era alguém de contrariar, o que algumas vezes poderia ser um problema na verdade, pois seria interessante periodicamente ouvir opiniões contrárias e não apenas alguém que apoiasse qualquer absurdo que falasse. 

Uma ação magnífica, meu soberano. Minha única objeção é me separar de sua companhia, mas sempre obedecerei seus comandos. Irei providenciar pessoalmente os preparativos para sua viagem. 

- Deixo a seu encargo por ser alguém em quem confio, sei que me representará de forma como se eu mesmo estivesse lá, só em você posso confiar algo assim.

Disse e se retirou para se preparar caso ela não tivesse nada mais para falar. Em vez de sua túnica, usaria a armadura inicialmente, conferindo se os itens que precisava estavam consigo. Sua arma encrustada com as pedras, o anel da tumba, as sombras de Karl e Nina, os fragmentos de adversários que ainda carregava para emergências, uma pequena algibeira com ouro para emergências e algumas pedras de mana caso precisasse reabastecer de emergência. 

Ainda se lembrava da velha cabana do youkai e sua Android, local o qual esteve a pé e novamente para buscá-los, agora seria o ponto de partida, iria avisar Cocythus sobre sua partida e tentaria se teleportar para lá.

Caso conseguisse e não houvesse problemas, tentaria entrar em comunicação com Pandora para questionar sobre o estado dos regentes da cidade e essa movimentação das tropas.

Sua partida se deu sem problema algum. Cocytus havia respondido que estava a caminho de encontrar com seu líder no local em que teleportara. Com certeza estaria correndo a toda velocidade para não fazer seu soberano esperar muito.
Enquanto isso, utilizou a habilidade Mensagem para se comunicar com Pandoras.

Pandoras havia sido destacado para se infiltrar entre a sociedade mais rica de Pejite, tomando o lugar de humanos influentes e espionando suas ações.
A voz de Pandoras ressoou em sua cabeça como um megafone. Ainz nem poderia sentir o incômodo, pois não tinha tímpanos, e já se acostumara com o modo escabufante de Pandoras. E, caso pedisse para seu lacaio baixar o tom, seria quase imposível de ouví-lo.

Pandoras escreveu:
- MeIn MeIsTER!!!!! Oh! Que alegria receber sua chamada, soberano! Sua voz é, com certeza, um colírio para meus ouvidos!  Was für eine Ehre!!!!!!

Após algumas exacerbações, Bones fez seus questionamentos. Era possível imaginar Pandoras batendo continência, em algum lugar de Pejite. 
- Ja, Meister. Estou há um mês atuando como o conde de Mifan. Como descrito em meu último relatório, esse humano foi escolhido por ser apenas um simples conselheiro geral para assuntos pequenos e agrícolas, a fim de não despertar suspeitas em demasia. Meu plano original seria, após aprender os modos burocráticos dos humanos, ocupar o lugar de alguém mais influente, revelando seu corpo como um acidente infortúnio.
A política de Pejite é dividida em três círculos, todos ocupados por nobres e aristocratas de influência. Um sistema deveras estúpido, se me permite. Levando em conta o dinheiro, ao invés da competência, o sistema em si é precário e falho ao extremo, sem dizer corrupto. Mas enfim:

O primeiro e maior círculo é formado pelos nobres "pé de chinelo", tomando as decisões relativas a agricultura, assuntos menores e organização geral da cidade.
O segundo círculo, formado por sangues azuis mais influentes, toma conta da tesouraria, assuntos de segurança interna, eventos populares e educação.
O terceiro e mais restrito círculo, mais próximo ao rei, formado de parentes da família real ou nobres muito ricos e influentes, toma as decisões mais importantes: milícia, guerras, impostos, alianças e etc. 
Contudo, Meister, por mais falho que esse sistema seja, não imaginava que sua segurança fosse tão acirrada. O primeiro círculo poderia ser inteiramente aniquilado, porém a partir do segundo, o governo conta com forças especiais com habilidades, a mim, desconhecidas.
A certeza de que tenho é que são uma força militar treinada para identificar magia e não-humanos. Minhas tentativas de aproximação foram todas detectadas e impedidas sem dificuldade.
O que posso dizer é que, uma de minhas "ordens" vindas diretamente do terceiro círculo, foram de "catalogar" todos os trabalhadores não humanos dos campos externos de Pejite e do exército. Sei de colegas de Mifan que tiveram a tarefa de catalogarem toda a população civil de Pejite.
Enquanto cumpria com minhas tarefas humanas, pude escutar muitas conversas no quartel sobre como estão destacando muitos youkais e não humanos em gerais em missões consideradas suicidas ao fukai. A taxa de desertores cresceu em 25% entre os não humanos. 

Também fui informado por um de meus falsos colegas que Valkaria encerrou toda e qualquer comunicação ou negociação com Pejite, e existe um rumor de que o Vale pretende declarar-se independente do reinado, o que seria catastrófico para a economía e sustento desta cidade nojenta. 

Fazendo uma pequena pausa, Pandoras prosseguiu. 
Algo mais em que posso ajudar, mein Souverän?

Houveram alguns momentos em que se arrependeu de ter entrado em contato com ele... Não que fosse algo pessoal contra ele, era um profissional e servo exemplar, só que ele era... Muito... Ele... Ainda bem que não tinha um corpo mortal ou sua cabeça naquele instante iria estar latejando.

Esperou o animado e exagerado servo terminar seu relato, tentando se lembrar de tudo que ele dizia. Era muita informação, mas pelo menos ele havia executado bem seu trabalho.

- Tem trabalhado muito bem, meu caro Pandora. São informações valiosas. Provavelmente eles estão tramando algo com os não humanos. Faça o possível para disfarçadamente permitir que não humanos possam escapar em segurança, mesmo que precise assumir outro personagem. Vou entrar em contato com Demiurges e você também deve fazer o mesmo, ele pode ajudar a "contrabandeá-los" para fora de Pejite com as conexões dele. Mas principalmente Pandora, não se exponha. Sua integridade vem em primeiro lugar, se estiver em perigo, volte imediatamente.

Por mais que Pandora pudesse ser um excepcional espião, Pejite parecia estar se organizando para combater esse tipo de atuação e poderia ser arriscado suas operações. Ao mesmo tempo, não poderia deixar outros passarem por coisas como aconteceram no passado, então era necessário intervir discretamente, enquanto ganharia tempo intensificando uma resistência no Fukai, usando o lugar a seu favor, visto que parecia ser uma barreira natural para conter aquele reino humano, principalmente após a independência do Vale que cortaria sua fonte de subsistência, transformando aquela numa guerra de resistência.

Pretendia entrar em contato com Demiurges logo em seguida, conforme conversou com Pandora, para começar a elaborar um plano para usar as redes do submundo para um fim mais "humanitário", embora qualquer coisa ligado a humanos naquele momento pudesse indicar sentimentos de aversão e ódio, coisa que particularmente odiava o fato de todos os termos serem cunhados justamente por eles... "não humanos", "humanitário", "hominídeos"...

Novamente, o contato com Demiurges ocorreu sem problemas, além do fato de seu servo estar falando como se estivesse em um túnel. Sua voz saía com eco.

Demiurge escreveu:

Lord Ainz! A que devo a honra de seu contato, Milord?

Quão diferente dois servos poderiam atuar, não?

Relatório. Consegui me infiltrar na capital do reino humano e adquiri certa notoriedade no submundo. Isso me rendeu informações a respeito da população em geral e algumas pequenas fofocas a respeito da milícia, mas nada mais. 
Creio que já deva estar a par, Lord Ainz, mas todas as raças não humanas estão sendo catalogadas rigorosamente nesta cidade. Prisões de nobres de raças youkais e élficas foram conduzidas de maneira muito suspeita, perante acusações obviamente implantadas. Já os cidadãos comuns, estão passando por aumento de impostos, perseguição militar e violência desmedida. 
O exército já não possui tantos não humanos, pois a maioria foi destacada para missões suicidas ao fukai. Hoje mesmo, um destacamento de 15 não humanos foi ordenado ao fukai para uma missão. Não preciso dizer que temos ataques de insetos quase todas as semanas, como retaliação destas empreitadas. 
Consegui a informação de que a dirigente de Valkaria, Kalysta, aliou-se ao Vale e está sendo considerada inimiga do reino. Há rumores de que planejam uma investida militar à cidade flutuante em um futuro próximo. 
Ah sim ... 
Aparentemente, tenho uma concorrente muito eficaz no ramo de iformações excusas. 
O grupo das "Sombras" parece ter uma atuação fortíssima em Pejite, e no reino como um todo. Antes trabalhando fortemente em contrabando e venda de informações, hoje trabalham como uma espécie de resistência. Os não humanos em geral parecem confiar muito em sua dirigente, que sei se chamar Qareen. 
Obviamente, já iniciei meu plano para me aproximar de tal organização a fim de estabelecer uma certa aliança. Isso se mostrará proveitoso para adquirir informações e, em último caso, livrar-me da concorrência. 
Espero que meu relatório tenha sido de seu agrado, Milord, e aguardo novas ordens.

Um pouco antes de Demiurges terminar seu relatório, Ainz veria Cocytus se aproximando. Notando que seu mestre estava em "stand by", Cocytos simplesmente se ajoelharia e esperaria seu momento.

Ao ver Cocytos se aproximar, apenas levantou a mão, para indicar que havia notado sua presença e pedindo para que aguardasse, sendo imediatamente entendido pelo guardião que se ajoelhou.

Demiurge passou o relatório e as informações batiam com as que Pandora havia falado a pouco, realmente a desprezível cidade estava expurgando todo não humano. Ironicamente, planejou ajuda-los.

- Excelente como sempre. Entre em contato com essa organização e se apresente como representante de um bem feitor disposto a ajudar na causa deles. Fale que sua intenção é usar a rede deles para tirar os habitantes não humanos da cidade de forma clandestina. Irei negociar sobre locais que poderão acolher os refugiados. Podem haver infiltrados no meio, não podemos leva-los para Nazarick ou Valkaria. Caso consiga uma boa diplomacia, entre em contato com Pandora e sincronizem suas ações, vocês podem trocar informações valiosas. Preciso ir.

Nesse momento, se voltou para Cocytos, fazendo um gesto para que se levanta-se.

- Diga seu relatório, velho amigo.

Cocytus escreveu:
Cocytus fez uma mesura e se levantou, ainda com um dos quatro braços dobrados sobre o peito. Sua voz parecia vinda de uma lata gigante.
- ESTE SERVO FICA SATISFEITO EM FAZÊ-LO, LORD AINZ. ASSIM QUE CHEGUEI AO FUKAI, INICIEI AS PESQUISAS DA FLORA E FAUNA, MAS FUI CONSTANTEMENTE INTERROMPIDO POR COMITIVAS DE PEJITE, CAUSANDO INCÊNDIOS E INVESTIDAS VIOLENTAS AOS INSETOS.
APESAR DE TERMOS MUITO EM COMUM, OS INSETOS DO FUKAI POSSUEM UMA INTELIGÊNCIA MAIS SIMPLIFICADA, E SUA COMUNICAÇÃO É RESTRITA.
APENAS OS GIGANTES CONHECIDOS COMO OHMU POSSUEM UMA CONSCIÊNCIA MAIS ELEVADA, CONTUDO TODA E QUALQUER TENTATIVA DE CONTATO POR MINHA PARTE FOI IGNORADA PACIFICAMENTE.

QUANTO ÀS COMITIVAS... EM SUA MAIORIA, DE NÃO HUMANOS. AS ORDENS PARECEM SEMPRE AS MESMAS. INCENDIAR GRANDES PARTES DO FUKAI E DESTRUIR O MAIOR NÚMERO DE INSETOS QUE PUDER.
ALGO QUE DESCOBRI GRAÇAS À ESTUPIDEZ DE TAIS INVESTIDAS É QUE, APESAR DE OS INSETOS DO FUKAI, DE MANEIRA GERAL, AGIREM DE FORMA IRRACIONAL E OBEDECENDO REGRAS DE COLÔNIA NORMAIS À SUA RAÇA, SEMPRE QUE UM INCÊNDIO É IDENTIFICADO, TODOS OS TIPOS DE INSETOS, MESMO OS NÃO VIOLENTOS, SEGUEM PARA DEFENDER O LOCAL.
NÃO CONSIGO ENTENDER OS HUMANOS. CADA VEZ QUE QUEIMAM UM LUGAR, ALÉM DE INSTIGAREM A IRA DOS INSETOS, SÓ CONSEGUEM AUMENTAR A ÁREA DO FUKAI. OS COGUMELOS LIBERAM MAIS ESPOROS APÓS O INCÊNDIO E, DEVIDO AOS VENTOS DO NORTE, A ÁREA TEM SE EXPANDIDO MAIS RAPIDAMENTE.

MESMO COM AS INTERRUPÇÕES, CONSEGUI CATALOGAR UM GRANDE NÚMERO DE INSETOS E COGUMELOS, LORD AINZ. TAMBÉM EXPLOREI GRANDE PARTE DOS TÚNEIS SUBTERRÂNEOS E ENCONTREI, INCLUSIVE, UMA COLÔNIA DE GNOMOS SOB A TERRA. NÃO FIZ CONTATO, POIS AGUARDEI SUAS ORDENS, MAS NÃO PARECEM PERTENCER AO REINADO OU QUALQUER OUTRO GRUPO POLÍTICO.

Terminado seu relatório, Cocytus abaixaria a cabeça e aguardaria pela deliberação de seu mestre.

Era curiosa e perigosa aquelas informações, o que Pejite ganharia incitando o Fukai? Não estavam tentando destrui-lo mas sim parecia que queriam provoca-lo, para que aumentasse e se espalhasse. Mas pelos ventos, eles seriam os únicos atingidos.

- Conseguiria organizar alguns? Se possuem mentalidade de insetos, provavelmente devem ter lideres entre eles. Vou pedir reforços para Nazarick, tente ganhar tempo e impedir, sem matar, os não humanos que estão ateando fogo, de uma distância mais segura para que não se aproximem tanto. Até entendermos por completo o que eles querem com a expansão do lugar, seria melhor mantê-los afastados. Se houver humanos tentando atacar ou atacando os próprios não humanos deles, mate-os.

Restava agora aquela informação sobre os gnomos. Se existia realmente alguma civilização ali, provavelmente eles devem ter acesso as relíquias do passado que por ventura estejam por ali e eles podem ter mais conhecimentos sobre o Fukai do que qualquer outro lugar. Era o tipo de coisa que precisava ir pessoalmente.

- Sobre os Gnomos, me mostre o caminho

Roll

O membro 'Bones' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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'd20' : 7

Cocytus assentiu com um aceno de cabeça e partiu para mostrar a Ainz sua descoberta. Andaram por umas três horas sem parar. Se fossem criaturas respirantes e mais frágeis, com máscaras e cansaço, aquele percurso seria de umas 10 horas.

Finalmente, encontraram uma grande abertura na terra. Ainz sabia muito bem o que era: um dos inúmeros túneis criados pelos gigantes Ohmu. Kamaji lhe contara algumas coisas a respeito, especialmente o quão perigosos eram esses insetos.
Aquela caverna, em específico, parecia bem antiga pois tinha as paredes recobertas por cogumelos e colônias de insetos menores.
Juntamente com seu guardião, entraram. Mais algumas horas de caminhada no escuro e chegavam a um imenso bolsão subterrâneo. Era possível ver as raízes dos cogumelos acima de suas cabeças, bem como colônias e mais colônias de insetos.

As paredes do bolsão continham outros buracos, mais cavernas cavadas por aqueles animais gigantes. Deveria haver uma teia de túneis abaixo da terra.

Cocytus escreveu:
Assim que chegaram ao bolsão, Cocytus apontou para o chão, abaixo de onde se encontravam.
- É LOGO ALI, LORD AINZ.

Passaram-se uns 20 minutos, e Ainz talvez estivesse se perguntando se seu guardião estava lhe pregando uma peça, mas algo aconteceu.
Uma pequena criatura, não mais alta que seu joelho, aparecia de um dos muitos túneis, oposto e abaixo de onde os dois estavam. Apenas seus cabelos verdes espetados podiam ser vistos por entre suas vestes marrom escuro. Usava óculos de proteção e uma máscara preta no rosto. Saindo de seu túnel, olhou em volta e pulou ao chão, caminhando até uma enorme rocha.
Dando uma última olhada em volta, deu duas batidas com o pé na rocha e esta se abriu, como se fosse uma tampa. Rapidamente, a figura se jogou dentro do buraco recém aberto, sumindo de vista, e a rocha voltava ao lugar.

Cocytus escreveu:

- EU O NOTEI EM UMA DE MINHAS RONDAS E RESOLVI SEGUÍ-LO. FAZ A MESMA ROTA TODOS OS DIAS, AO MESMO HORÁRIO. COM O TEMPO, NOTEI OUTROS SEMELHANTES. PELA ESTATURA, PRESUMO SEREM GNOMOS...OU CRIANÇAS HUMANAS MUITO ÁGEIS.

Mas a conversa tinha sido interrompida.
Ainz consegue sentir magia sendo conjurada sobre eles.
A origem vem de trás deles, do túnel que usaram para chegar até ali, uns 10 metros.

Seguindo as orientações de seu guardião, avançou pelo caminho atento, afinal se haviam expedições para queimar o lugar e os insetos estavam inquietos, poderia encontrar todo tipo de resistência pelo caminho.

Sentia um certo arrepio misto de nostalgia pelo lugar, mas agora aquele que um dia foi um lugar desafiador, agora não passava de um simples terreno diferente dos demais, nada mais, nada menos. Naquele momento, sentiu o peso do tempo e percebeu o quão forte acabou se tornando. Ou melhor, se lembrando do quão forte ele era antes de tudo...

Reflexões a parte, o caminho acabou levando-os para o subterrâneo, hipótese que havia imaginado antes, visto que era a única forma de se manter no anonimato por tanto tempo e sobreviverem a fauna e flora do lugar.

Vez ou outra falava algo para Cocytus, mas pessoal, para manter a proximidade com o guardião e dar importância, perguntando sobre suas experiências do ponto de vista pessoal e a adaptação depois de ter sido desperto, indiretamente buscando ver se vinham a tona memórias do passado.

Após as horas terem passado desde quando chegou no Fukai, finalmente a figura que esperavam surge com sua rotina curiosa e então desaparece na rocha que se abre, uma entrada camuflada. Até pensou em propor de fazer o mesmo, mas sentiu algo diferente, havia uma magia sendo conjurada encima deles, mas a origem vinha de trás. Poderia ser uma armadilha? Foram seguidos? Era outra criatura daquela se defendendo de invasores?

Defenda-nos acima, estão atrás da gente.

Disse ele no mesmo instante se virando para a direção e convocando Nina e Karl e falando alto, exalando sua aura.

- Identifique-se!

Assim que externou a ordem, Cocytus sacava as quatro katanas e se colocava à frente de seu mestre.
Os dois puderam notar um círculo enorme de luz se formando acima de suas cabeças e abaixo de seus pés. Símbolos, para eles, desconhecidos.
Ainz conseguia identificá-la como uma magia de contenção, quase como um escudo de força.

Ainz escreveu:Identifique-se

Eram quatro no total.
Três figuras pequenas e uma maior com um rabo e orelhas felinas se aproximaram.
O maior obviamente era um youkai, corpo não muito robusto e pelagem laranja.
Uma das figuras menores vinha se arrastando... pelo teto. Tinha cabelos afro, negros com mechas verdes.
Uma das figuras menores, de cabelos longos e brancos, mantinha as mãos à frente do corpo e suas mãos brilhavam, obviamente era quem conjurava o círculo.
A última figura menor, de cabelos rosa-choque, andava atrás do youkai.
Somente o rapaz carregava adagas em ambas as mãos. Os outros, estavam de mãos vazias.
Todos usavam roupas muito semelhantes, óculos e máscaras.

Youkai gato escreveu:
Uma voz masculina falou abafada.
Eu é que deveria ordenar isso, forasteiro! Estão em nossas terras! Seria prudente ficarem bem quietinhos. Não tentem qualquer gracinha. Esse campo não permite violência, mágica ou física, dentro do mesmo. É bom não escolherem violência hoje.
Disse com autoridade, mas sua voz era jovem.
Fiuks!
Fez sinal para a figura de cabelo rosa choque. A figura, do tamanho de uma criança se aproximou e levantou a mão. Logo um feixe de energia roxa emanou de suas mãos.
Após alguns segundos, ela virou-se para o youkai e fez que não com a cabeça.

O youkai gato assentiu com a cabeça e todos adquiriram uma postura menos defensiva.
Não são de Pejite. Identifiquem-se e digam seu propósito, só então desmancharemos o círculo.

Cocytus escreveu:
Cocytus tinha adquirido uma bela postura ofensiva com a fala do youkai, soltando uma espessa fumaça por entre suas quelíceras. Estavam falando com seu mestre, ali.
- COMO SE ATREVE?!
Ao dar um passo à frente, pequenas faíscas começaram a rodear seu corpo, como pequenos choques de eletricidade.

A figura de cabelo rosa voltou correndo para trás do youkai, que não mudou sua postura. As outras duas figuras menores também hesitaram, olhando do youkai para os dois forasteiros.

Não se tratava de apenas um, mas quatro figuras que apareceram, três parecidos e um youkai felino diferente dos outros. Rapidamente identificou aquele que era o conjurador da magia, enquanto notou a movimentação dos outros. Não se tratava de uma magia ofensiva e sim restritiva, então pelo menos não pareciam hostis.

Após ouvir o que falaram, mudou sua postura, abaixando sua foice e mantendo o corpo mais ereto, mas procurando ficar mais imponente, como a persona que era. Vendo a reação de Cocytus, estendeu a foice para o lado, colocando-a entre o guardião e os quatro, para então falar de forma firme e bem audível. 

- Me chamo Ainz Ooal Gown, governante de Nazarick, e este é meu guardião, Cocytus. Não estamos com Pejite e sim contra eles. Vim investigar a movimentação e ataques deles ao Fukai e meu guardião descobriu acidentalmente esse local. Não pretendo invadir um local habitado, mas gostaria de dialogar e trocar informações que por ventura sejam uteis para conter o avanço daquele reino asqueroso. Vocês tem algum regente ou representante que possa nos receber? Infelizmente o tempo urge, enquanto estamos aqui, Pejite avança.

Não tinha medo daquela magia, não seria problema tentar se opor a ela para desfaze-la ou buscar uma alternativa para se livrar de seus efeitos, contudo preferia manter as vias diplomáticas inicialmente e construir uma boa relação. Pela reação deles, provavelmente usaram uma magia para verificar a ligação com Pejite e como disse apenas verdades, se usassem algum poder para verificar, ganharia a confiança deles mais rapidamente.

Todos escutaram em silêncio. A figura que mantinha o feitiço olhou para o youkai.
- Acho que devíamos...
- Libera eles, Marnie. - foram as palavras do rapaz.
- Mas... Hyn... - a pequena figura balbuciou.
O youkai permaneceu em silêncio. Marnie entendeu o recado e obedeceu, baixando as mãos e, assim, cancelando o feitiço.

Hyn voltou a falar.
- Peço sinceras desculpas por minha rudeza. Como o senhor mesmo disse.... Estamos com as mãos cheias...

Nem bem terminou de falar, um enorme estrondo fez a terra tremer por cima deles.
- Merda - exclamou Hyn- Fiuks, fique aqui e leve os forasteiros pro Briggs. Toupeira, vai.
Dizendo isso, a figura atarracada no teto riu maníacamente e, como seu apelido, sumiu em um buraco recém cavado.
O youkai e Marnie saíram correndo pelo túnel, de onde tinham vindo.

A pequena Fiuks esperou eles se afastarem e, um pouco hesitante começou a se dirigir ao bolsão, para guiar os forasteiros como havia sido ordenada.

Ao ouvir a pequena tentando se desculpar, apenas assentiu com a cabeça, de forma a não se importar com aquele fato. Entretanto naquele momento não apenas ele mas os anfitriões também foram pego de surpresa.

Todos se prepararam e decidiram partir para investigar. Poderia ir junto, mas isso seria se intrometer em assuntos que não lhe diziam respeito no momento, em vez disso preferia dar prioridade em conhecer o responsável.

- Um ataque de Pejite ou seria armadilha para os insetos?

Perguntou ele curioso para a pequena Fiuks enquanto seguia suas orientações. Por precaução, mantinha Karl e Nina prontos.

A pequena Fiuks respondia enquanto andava.
- A-acho que é Pejite. Tem o som de bombas que eles usam para atrair os insetos m-maiores.
Descendo pelo bolsão, Fiuks andou até a pedra que eles haviam visto se abrir mais cedo.
Ao bater com seus pés, Ainz pode notar um pequeno desenho se iluminando na pedra antes de esta se abrir.
Havia uma escada em caracol,feita inteira de metal. Era estreita, mas parecia segura o suficiente.
- Cuidado com a cabeça. - foi a recomendação de Fiuks, que seguiu na frente.
Era deveras escuro, qualquer um teria dificuldade de ver um palmo a frente do nariz.
Finalmente viram pequenas luzes verdes se aproximando enquanto desciam. Chegando a uma plataforma havia uma porta de metal.
Fiuks bateu e, novamente, o mesmo símbolo brilhou na soleira da mesma, brevemente, antes de a mesma se abrir. Estavam em uma escavação embaixo da terra. Enorme. Talvez podendo se comparar aos túneis dos anões.
Subiram em uma enorme plataforma que, após a ativação de uma alavanca, começou a descer ruidosamente por trilhos. Enquanto desciam, Ainz podia ver pequenas figuras em lugares estratégicos ao longo do caminho. Carregavam arcos e armas, mas apenas observaram a descida do grupo de longe. Seriam invisíveis para qualquer pessoa sem visão no escuro.
Após uma dada profundidade, Fiuks retirou sua máscara e óculos.
Era uma gnomo, olhos gigantes e da mesma cor de seu cabelo. Enfiou seus equipamentos em uma bolsa lateral.
O elevador parou com um grande estalo e Fiuks os guiou por um corredor até uma portinhola. Após duas batidas, entrou.
-B-Briggs. Trouxe dois... Ahn.... Forasteiros. Ordens do Hyn.
A sala era pequena e abarrotada de livros velhos. Havia uma mesa ao fundo onde um gnomo de cabelos brancos e rugas fundas estava sentado. Usava um óculos excessivamente grosso,o que o deixava com uma aparência cômica. Olhou para os dois recém chegados e estalou os lábios.
- Ok, Fiuks. Pode ir, querida. Eu assumo daqui.
A pequena gnomo acenou com a cabeça e se pôs a sair correndo dali.
O ancião fechou o enorme livro, fazendo uma nuvem de poeira e olhou os dois de cima a baixo.
- Você... Acreditaria se eu dissesse que eu estava esperando por você... Jovem? Uma... Amiga em comum... Pode-se dizer. Acho que entende. Diga-me... O que posso fazer por você.... A fim de que nos ajude com esses loucos de Pejite?

A pequena lhe confirmou a suspeita, indicando que provavelmente o lugar deles estava sob ataque direto, pelo menos seu território, visto que se haviam colocando armadilhas, claramente os inimigos não respeitavam o aviso.

Ficou curioso sobre a estrutura do lugar, observando a complexidade do sistema que havia abaixo da terra, não era atoa que ninguém tinha uma informação daquelas, eles estavam bem organizados e estruturados no lugar, com vigilância e transporte bem elaborados.

Todo aquele caminho os levaram ate o que parecia uma pequena biblioteca particular, com um gnomo ancião típico das histórias dos bardos. Fiuks os apresentou e então se retirou, não sem antes agradece-la por ter guiado-os pelo caminho.

- Obrigado, Fiuks

Então era vez do ancião, que estava a ler um livro quando chegaram e sua fala foi curiosa, mas em tempos como aqueles, não duvidava de que ja haviam outros organizando as coisas além de si próprio.

- Você... Acreditaria se eu dissesse que eu estava esperando por você... Jovem? Uma... Amiga em comum... Pode-se dizer. Acho que entende. Diga-me... O que posso fazer por você.... A fim de que nos ajude com esses loucos de Pejite?

- Pelo que diz acredito que não sejam necessárias apresentações. Compreendo e posso imaginar quem falou sobre minha pessoa. Há forças em Pejite que estão tentando um expurgo de raças não humanas, usando-os como "sacrificios" para coisas absurdas como por exemplo essa empreitada contra o Fukai. Estou organizando uma resistência contra, para que eles possam escapar de Pejite. Seria possível em vez de combate-los, faze-los desertar?

Falou diretamente sobre o assunto, para não perder tempo com apresentações, abordando logo a questão mais urgente sobre o assunto, visto que no momento estava preocupado com as vidas sendo jogadas foras daquela forma, descartadas como objetos sem valor, o que trouxe outra coisa em questão a ser abordado.

- Esses ataques em especifico, do ponto de vista estratégico eles serão os únicos prejudicados, pois o Fukai irá avançar contra eles próprios. Há algo que eles buscam que vale o preço? Ou eles simplesmente almejam a auto destruição? As forças por trás disso são capazes de tudo.

O gnomo desceu de seu banquinho, estalando alguns ossos. Sua expressão era de pesar, parecia cansado em demasia. Saindo da biblioteca, seguido por Bones e Cocytus, falava enquanto andava.

- Alguns, podemos fazer com que desertem, mestre Ainz... Mas a maioria... Precisamos entender que, em Pejite, a situação é complicada. Os não humanos, e até os humanos, são reféns do próprio governo. Nenhum civil pode sair. Aqueles que possuem família na cidade, nada podem fazer. Aqueles que não possuem amarras sentimentais, nos procuram... estes, sim, conseguimos trazer para o nosso lado.

Caminhavam por túneis bem estruturados, até que, ao virar em um lugar, até mesmo Ainz ficaria impressionado.



Um enorme bolsão abaixo de qualquer raiz de cogumelo. Com certeza, abrigados de qualquer esporo. Haviam pequenos elevadores e escadas, povoados de gnomos. Youkais também eram numerosos. Todo mundo parecia estar correndo e ocupado. No chão, barracas e tendas com feridos sendo atendidos por clérigos. Estavam lotados.

- Obviamente, ninguém muda de lado sem retaliação. - foi o comentário de Briggs. - Quem tenta fugir, ou é morto ou consegue sair em pedaços

O velho subiu em uma plataforma, ainda sendo seguido por seus visitantes e, com o acionar de uma alavanca, desciam até o chão do bolsão.
- Quanto a sua pergunta: humanos nunca foram a bolacha mais esperta do pacote, se é que me entende... mas estão se superando, desta vez. Não preciso dizer que é a história se repetindo. Você, ao que sei, sabe mais dos dias de fogo do que qualquer um aqui embaixo.
Briggs olhou Ainz por um tempo.
- As forças por trás disso.... você já conhece. Creio que eu não precise apresentá-los. Tenho certeza de que, ao menos, dois selos foram acordados, mas podem ter mais por aí. O primeiro foi o medo, obviamente, pois Pejite, sendo ameaçada diariamente pelo fukai é, com certeza, um prato cheio. Logo, veio a inveja. - aqui Briggs suspirou - infelizmente, saído de nosso meio de alquimia, sedento por conhecimento e destruição. Mog, é seu nome. Conseguiu usar o conhecimento do fukai para controlar os mortos, sabe-se lá o que mais conseguiu em suas pesquisas insanas. Não demorará muito para Ira e Guerra acordarem, isso se já não acordaram. Resta saber se os selos despertos sabem da localização dos outros, ou se estão apenas tentando se alimentar. É o que estamos buscando descobrir.

Saindo do elevador, andaram por entre as tendas. Muitos feridos, alguns corpos já totalmente cobertos, eram retirados aos poucos dali. Briggs foi até uma casa em específico e, passando pelas cortinas, adentrou uma sala com um enorme mapa em uma mesa. O mapa mostrava todo o braço leste de Zephyr, com o fukai e Pejite em detalhes.
Do outro lado da mesa, Ainz reconheceu imediatamente a figura de uma drow que, há algum tempo, o ajudara em sua busca por seus amigos.

A drow sorriu ao fitar Ainz com seus olhos vermelho vivos. Seus cabelos brancos e lisos estavam mais compridos, com certeza, e carregava inúmeras bolsinhas na cintura, além de suas duas espadas curvadas. Com um aceno da mão, não poderia cumprimentá-lo de forma mais casual.
- Yo! Você engordou.

Briggs olhou de um para o outro.
- Já se conhecem?
- Ah é um antigo caso meu. - disse Nydalin, sorrindo, causando surpresa no gnomo e indignação de Cocytus - Mas aí terminou comigo e nunca mais mandou notícias. 

Cocytus soltou mais uma baforada por entre suas mandíbulas. Espere até Albedo saber disso.
- Alguma notícia de Qareen? - perguntou Briggs
Com a pergunta, o sorriso de Nydalin virou um arquejo preocupado.
- Não. Perdi contato. Eu suponho que tenham descoberto e colocado alguma barreira mágica. Só assim para impedirem a comunicação e o transporte de refugiados. A última informação dela é que iria tentar tirar os desertores presos de lá, antes de serem executados ou coisa parecida. Mas aí... silêncio.
Briggs acenou preocupadamente a cabeça.

- Alguns, podemos fazer com que desertem, mestre Ainz... Mas a maioria... Precisamos entender que, em Pejite, a situação é complicada. Os não humanos, e até os humanos, são reféns do próprio governo. Nenhum civil pode sair. Aqueles que possuem família na cidade, nada podem fazer. Aqueles que não possuem amarras sentimentais, nos procuram... estes, sim, conseguimos trazer para o nosso lado.

- Então nossas intenções e alinham, fico grato e mais tranquilo em ver que ja começaram a agir.

Agradeceu ele enquanto seguia o pequeno gnomo, logo sendo surpreendido pelo local, muito mais inesperado do que imaginava, poderia facilmente rivalizar com o reino dos drows, ali realmente estavam seguros, pelo menos ate aquela empreitada de Pejite.

- As forças por trás disso.... você já conhece. Creio que eu não precise apresentá-los. Tenho certeza de que, ao menos, dois selos foram acordados, mas podem ter mais por aí. O primeiro foi o medo, obviamente, pois Pejite, sendo ameaçada diariamente pelo fukai é, com certeza, um prato cheio. Logo, veio a inveja. - aqui Briggs suspirou - infelizmente, saído de nosso meio de alquimia, sedento por conhecimento e destruição. Mog, é seu nome. Conseguiu usar o conhecimento do fukai para controlar os mortos, sabe-se lá o que mais conseguiu em suas pesquisas insanas. Não demorará muito para Ira e Guerra acordarem, isso se já não acordaram. Resta saber se os selos despertos sabem da localização dos outros, ou se estão apenas tentando se alimentar. É o que estamos buscando descobrir.

- Então isso me poupa bastante explicações... É provável que estejam fazendo as duas coisas. Pejite no momento é o reduto do medo, aumentando sua influência a cada novo ataque ao Fukai e pressão contra a população. Esse tal mog, deixou registros ou alguma informação para trás dessas pesquisas? É um tiro no escuro, mas talvez tenha deixado alguma ponta solta...

Aproveitou as oportunidades para conversar enquanto seguiam, vendo a complexidade do lugar e transporte, coisa que foi completamente eliminada em Nazarick graças aos portais e divisões em diferentes andares. Infelizmente no percurso, os mortos pareciam aumentar.

- Yo! Você engordou.

Sua reação foi de espanto ao ver a Drow, provavelmente era a ultima criatura que esperava encontrar em um lugar como aquele, naquela situação, mas não podia deixar barato ou acabaria dando uma má impressão.

- Já se conhecem?
- Ah é um antigo caso meu. - Mas aí terminou comigo e nunca mais mandou notícias. 

Tarde de mais, infelizmente a drow foi mais rápida com as palavras dessa vez, contudo não pretendia levar a pior, ainda mais que seu guardião estava ali consigo, o que poderia piorar ainda mais caso ele reportasse para uma certa alguem.

- Se "antigo caso" se refere a um trabalho relacionado a um portal drow, então posso ser chamado assim, mas realmente muita coisa aconteceu e não sou mais apenas um fugitivo. Voltei para dar o troco neles...

Disse ele cerrando os punhos no final.

- Alguma notícia de Qareen? 
- Não. Perdi contato. Eu suponho que tenham descoberto e colocado alguma barreira mágica. Só assim para impedirem a comunicação e o transporte de refugiados. A última informação dela é que iria tentar tirar os desertores presos de lá, antes de serem executados ou coisa parecida. Mas aí... silêncio.

- Tenho contatos infiltrados e outro preparando para auxiliar no transporte, de que forma estão tirando os habitantes? Se puderem dar um breve resumo, podemos sincronizar nossos esforços e posso pedir para que investiguem o ocorrido.

Tendo um pouco mais de informação, poderia entrar em contato com Demiurges e ele se organizar com Pandora para tornar mais efetivo o resgate. Caso necessário e Pandora tivesse possibilidade, poderia investigar o ocorrido que estavam comentando.

Briggs respondeu à questão de Ainz:
- Mog destruiu tudo o que tinha em seu laboratório. O que temos são os relatos de quem já viu seus zumbis... E minha recordação de quando ele ainda era cidadão de nossa cidade. Mog sempre foi fascinado pelo fukai. Contudo, não estava tão a frente quanto a dirigente de Valkaria, Kalysta, em matéria de pesquisas. Temos contato direto com ela pois somos seus principais fornecedores de material, e Mog ficava abismado com as descobertas da elfa. Quando pediu para ser incluído em suas pesquisas, e recusado, incendiou seu laboratório e fugiu daqui, estabelecendo-se em Pejite. Achei que tinha arranjado um trabalho qualquer mas, quando ouvi os relatos e vi os zumbis... Sabia que era ele.

Nydalin sorriu ao ouvir Ainz e largou as brincadeiras de lado.... Por ora... Para respondê-lo:
- Qareen tem uma habilidade.... Peculiar... Conseguíamos tirar pessoas de Pejite, lenta, mas constantemente. Agora, meu contato com ela foi interrompido e, imagino, que sua habilidade também. Se o seu contato conseguir achá-la e o escudo mágico que colocaram, seria um bom começo.
Briggs acrescentou:
- Um círculo de proteção teria de estar nos muros e portões. Em pelo menos uns cinco pontos estratégicos, eu presumo, mas com dois ou três desmanchados, já teríamos um enfraquecimento considerável.

A conversa tinha sido interrompida. Uma comoção do lado de fora acabou com a conversa. Logo uma Fiuks descabelada e esbaforida parava à porta.
- E-e... Ajuda... Lá em cima... Hyn não vai conseguir....
Nem bem terminara de falar, Nydalin colocava sua máscara e se punha a correr dali.
Briggs de dirigiu a Ainz.
- Lamento, lord Ainz....
Saindo da casa, dirigia-se aos que estavam se prontifica do a ajudar.
- Usem o elevador 32! Preciso de dois curandeiros lá em cima! O resto fica aqui. Quem não estiver machucado e puder lutar, suba já.
Voltando-se para o soberano de Nazarick, disse:
- Lamento pedir algo a um dirigente tão importante, mas poderia nos auxiliar? Serei eternamente grato...aceitarei qualquer pagamento.

- Mog destruiu tudo o que tinha em seu laboratório. O que temos são os relatos de quem já viu seus zumbis... E minha recordação de quando ele ainda era cidadão de nossa cidade. Mog sempre foi fascinado pelo fukai. Contudo, não estava tão a frente quanto a dirigente de Valkaria, Kalysta, em matéria de pesquisas. Temos contato direto com ela pois somos seus principais fornecedores de material, e Mog ficava abismado com as descobertas da elfa. Quando pediu para ser incluído em suas pesquisas, e recusado, incendiou seu laboratório e fugiu daqui, estabelecendo-se em Pejite. Achei que tinha arranjado um trabalho qualquer mas, quando ouvi os relatos e vi os zumbis... Sabia que era ele.

- Você comentou a pouco sobre ele querer controlar os mortos. Que zumbis são esses?

Isso não cheirava bem e era muito suspeito, envolver necromancia iria fazer uma bagunça tão grande que faria ate mesmo Caronte se arrepiar, nesse ponto, precisava fazer algo a respeito para não permitir que ele tivesse qualquer chance de afetar mais nenhum.

- Qareen tem uma habilidade.... Peculiar... Conseguíamos tirar pessoas de Pejite, lenta, mas constantemente. Agora, meu contato com ela foi interrompido e, imagino, que sua habilidade também. Se o seu contato conseguir achá-la e o escudo mágico que colocaram, seria um bom começo.
Briggs acrescentou:
- Um círculo de proteção teria de estar nos muros e portões. Em pelo menos uns cinco pontos estratégicos, eu presumo, mas com dois ou três desmanchados, já teríamos um enfraquecimento considerável.

- Vou repassar a informação o quanto antes.

Entretanto a conversa foi interrompida de forma abrupta com a chegada de Fiuks, afobada e pelo visto com razão, estavam tendo problemas.

- Usem o elevador 32! Preciso de dois curandeiros lá em cima! O resto fica aqui. Quem não estiver machucado e puder lutar, suba já.

Nem esperou o pequeno lhe pedir, quando ele pensou em fazer algo, Ainz ja estava a caminho da porta. Não seria necessário um pedido formal, combater aquilo era algo que ja fazia a muito tempo e estava com saudades de estragar os planos de uns certos selos...

Enquanto caminha em direção ao tal elevador, emanou o máximo que conseguia de sua aura, espalhando seu poder pelo local, como se fosse uma tromba d'água inundando o lugar. Todo aquele que se opunha aos selos e a Pejite, naquele momento era visto por Ainz como seu aliado e iria ajuda-los, guiando-os rumo ao confronto. 

- Todo aquele que se opuser a aqueles que deflagram esse confronto, preparem-se para lutar! Aqueles que não encontram paz mesmo na morte, ofereço Justiça e Vingança, dou-lhes a oportunidade de agir, ERGAM-SE!

Com passos firmes e pesados, com sua foice em mão, usou a magia de vento para aumentar sua voz, para que ecoasse até mesmo nos corredores das cavernas, queria que todos soubessem, o Overlord estava avançando e convocando cada um daqueles que haviam tombado para marcharem ao seu lado.

Roll da cena épica