[Campanha: Tyr] A Ordem

Foram alguns dias de viagem até conseguirem sair do Fukai, rumo ao norte. Até a cordilheira Gor Ladur. Até a sede da Ordem da Luz.

Após a saída do fukai tudo ficou mais fácil. Já não precisavam das máscaras e tinham rotas que facilitavam a vida.
Não demorou a verem as montanhas. Passariam no meio delas e encontrariam uma montanha em especial, que Tyr conhecia bem.

A subida era complexa e as montarias reptilianas seriam úteis mesmo em solo rochoso.

A sede era um conjunto de edificações, construídas na rocha. Era uma academia, um templo, uma escola para quem quisesse seguir a Ordem. Logo no caminho, encontraram uma pessoa vestida em roupas simples, que os acompanhou.

Lá chegando, as montarias foram encaminhadas para descanso e os visitantes foram levados para o prédio principal. O lugar estava bem mais vazio do que Tyr se lembrava.

Quazar, um dos conselheiros e professor dos aprendizes, veio ao encontro dos recém-chegados. Era um youkai pássaro. Tinha a cabeça raspada e asas brancas e longas. Os olhos eram azuis e enormes, mesmo não sendo o tipo com bico tinha um nariz que fazia as vezes.

Jovem Tyr. É bom revê-lo. - Após cumprimentar o jovem, cumprimentou os demais.

Encaminhou-os para uma sala onde poderiam conversar.

---

---

 
 
 
 
 

---

Tyr escreveu:Mestre, é muito bom revê-lo. Apesar disso, temos sérios assuntos a tratar... Creio que o conselho precisa saber o que eu vi no Fukai.”

A expressão de Quazar se tornou pesada, concordando com a cabeça.
Sim. Tínhamos a impressão de que você viria.

Je-Ha escreveu: 
Je-Ha se aproximou de Tyr e colocou uma mão sobre seu ombro.
- Acho mais sensato deixar que vocês conversem sem muita gente em volta.
Dizendo isso, o pelotão saiu da sala. Com certeza seriam acompanhados por alguém, então Tyr poderia conversar sossegado.

Quazar o levou até uma outra sala, ampla e circular. Haviam sete cadeiras dispostas em um círculo. Tyr sabia que, das sete, apenas cinco possuíam ocupantes. A sala do conselho da Ordem. Um grupo formado pelos mais sábios e competentes cavaleiros arcanos da ordem. Ou, pelo menos, assim deveria ser.

Apenas uma estava ocupada. A figura era pequena, com a pele cor esverdeada e enrugada, orelhas bem pontudas e cabelos ralos e brancos. Era um youkai lagarto chamado Yoda, o mais velho e, pode-se dizer, líder do conselho.

Seus olhos acinzentados miraram Tyr e um pequeno sorriso se encrispou em seus lábios murchos.
- Para casa retorna, o jovem lobo. Vê-lo com saúde, é bom.

Após os cumprimentos, Quazar explicaria.
- Somente mestre Yoda e eu estamos aqui no momento, Tyr. Mas faremos o possível para ajudá-lo com seus questionamentos. - caso Tyr perguntasse a respeito do resto do conselho, Quazar responderia com pesar. - Orthos e Zafia estão ao norte, investigando rumores de criaturas malignas formando alianças entre si. Allyssana saiu do continente. Mestre e Yoda e eu ficamos aqui para cuidar da sede.

- Cada um seu caminho deve seguir. - disse, simplesmente, Yoda.

---

---

 
 
 
 
 
 

Os dois mestres escutaram a tudo que Tyr falou com muita seriedade. Quazar estava sentado à direita de Yoda, enquanto este só escutava de olhos fechados, com extremo pesar no rosto.

- Mesmo após tanta guerra, longe ainda está a paz que almejamos. Fraquejar, não se pode. - Yoda disse isso com a voz rouca.

- Precisamos levar esta informação ao rei. Se Windgard está sendo enganado por este Mog... precisamos abrir seus olhos...

Yoda fez um gesto com a mão e Quazar se calou.
- O rei de tudo sabe. - Os olhos cinzentos encararam Tyr e, tanto o garoto quanto seu instrutor, entenderam o quão problemática é a situação. O rei sabia. O rei permitia.

- Seria ... possível. Mestre Yoda... Como o rei pode estar sabendo e permitindo tal atrocidade.

Yoda fitou Quazar e apontou para Tyr.
- A entidade que jovem Tyr viu.... Medo, significa. Um dos sete selos, Medo, livre está. Nada mais importa, quando medo ganha espaço. Windgard, por seu povo, sempre temeu. Quando solução aparece, nada mais importa. - Aqui Yoda se reclicou em seu assento, suspirando com as dores do corpo já avançado na idade. - Durante primeira guerra, humanos perseguidos eram. Medo trazia massacres. Assim, criados fomos. Trazer a paz, nossa missão é. Agora, perseguir os humanos vão. Outras raças vão sofrer. Medo, crescer vai. Tempos difíceis, em nossa frente chegam. 
O pequeno youkai se colocou ao chão, com uma pequena bengala como apoio. 
- Meditar, eu devo. Amanhã falamos. Quazar. -  olhou para o homem pássaro. - É hora. Leve Tyr.

Quazar se levantou e acenou com a cabeça. Yoda se retiraria para sua câmara de meditação. Precisava de tempo para pensar. 
Quazar e Tyr aguardaram até o velho mestre se retirar, e o instrutor fez sinal para que o acompanhasse até o quarto adjacente. 
Ali era o arsenal. Quazar apanhou um embrulho de pano, enrolado em couro e o estendeu a Tyr.
- Gostaríamos de fazer a cerimônia completa, com seu pai lhe entregando, mas eu considero que a hora mais necessária seja agora.

Tyr já sabia o que era. Quazar o deixaria a sós com seu novo presente.
-- x -- 

Ao sair, seria atingido pelo sol do fim de tarde. 
O pelotão, exceto Lin, estavam no pátio central, lugar onde aulas ao ar livre aconteciam o tempo todo.

Je-Ha conversava com Quazar, sentados em um dos vários bancos em volta do pátio. 
Zas estava correndo de três crianças pequenas que queriam pegá-lo, e Ding estava sentado ao chão com dois jovens que o enchiam de perguntas.

---

---

 
 
 
 
 
 

---

Assim que todos estavam reunidos, Zas e Ding ainda com as crianças a tira colo, Lin com um enorme tomo de magia nos braços cruzados à frente do corpo, Tyr começou a lhes revelar a verdade. 

Zas escreveu: 
O youkai lagarto olhou Dingarvot.
- Então sssseu nome não é Vladimir. E ele não é Tyrael.

Dingarvot escreveu: 
Dingarvot olhou o lagarto com os olhos azuis francos e simples.
- Não. - respondeu com simplicidade.

Zas escreveu: 
A lagartixa parou por alguns segundos e voltou a perguntar.
- Sssserá... Ding, então? E Tyr continua sendo Tyr.

Dingarvot escreveu: 
Dingarvot fez que sim com a cabeça, e com isso o assunto para os dois estava encerrado. Aparentemente o cérebro dos youkais anfíbios e répteis era muito mais simples, e muito mais feliz, do que qualquer outro, pois logo os dois voltaram a brincar com as crianças.

Yin-Lin escreveu: 
Je-Ha a encontrara em cima de uma escada de metal, lendo um livro sobre magias. Lin estava tão entretida que teve de levá-lo consigo. Talvez tivesse tempo de ler mais antes de saírem. Quando chegaram até o pátio, Tyr começou a falar.
Von Motke. 
Sabia quem eram. 
Família Von Motke de Pejite. 
Um nobre. 
 
Lutaram e viajaram com ele por dias. Agora estava revelando a todos sua identidade real... e de onde realmente vinha.

Sua expressão era de total distância. Se ele lhe irritava por ter um jeito de paladino da justiça, agora ela lhe odiava por sua origem.
Mas não falou nada. Apenas se virou e voltou para a biblioteca.

Precisava devolver o livro.

Je-Ha escreveu: 
O felino fora chamar Lin na biblioteca e voltava com a mesma até o pátio, onde Tyr parecia ter algo para lhes falar. 
Quando Je-Ha ouviu a revelação de Tyr, já sabia a reação de Lin. Aliás, sentiu um ar gelado passar por trás da sua nuca.

Quando Tyr terminou, o sargento - ou seria ex-sargento - aproximou-se do rapaz e lhe encarou com os olhos verdes.
- Eu sabia que você não era qualquer um do vale. - disse com a voz séria, depois abriu um sorriso, mostrando os caninos. - Sabia coisas demais para um caçador qualquer do vale. HAHAHAHAH Os tapas que deu no ombro de Tyr eram amigáveis - para sorte do rapaz.
- Acho que você já provou a que veio, Von Motke. Vamos ter que te chamar de Von Motke? Vou te chamar de Tyr e qualquer coisa disputamos um amigável se quiser discordar.

Na mesma hora, Lin se retirava. Je-Ha a acompanhou com o olhar
- É... acho que todos vão aceitar de uma forma diferente.

---

---

 
 
 
 

---

Na parte sobre fukai haviam vários livros sobre os insetos, mas poucos sobre os cogumelos em si. Aparentemente, poucas pessoas se punham a estudar os fungos, e muito menos escrever sobre eles. Contudo Tyr pôde achar em uma enciclopédia muito antiga, o nome Ophyocordis.

Ophyocordis escreveu:

Ophiocordy unilateralis é um fungo parasita que infecta, manipula e mata formigas gigantes no fukai. Infecta especificamente as formigas operárias do tipo foliardis. As formigas operárias são infectadas em suas patrulhas por comida, quando os esporos do fungo entram em contato com suas cutículas oculares. A germinação e penetração pela cutícula é rápida, alastrando-se rapidamente pelo corpo.  Uma vez infectadas, as formigas se locomovem para longe do seu formigueiro, em direção à parte mais úmida e escura da região. Uma haste cresce de suas cabeças, causando a morte, deixando o corpo como nutriente para o novo fungo. Os esporos são liberados um dia depois, alastrando-se pelo solo em um raio de 3 metros, criando um "terreno mortal" e reiniciando o ciclo. 
Formigas aparentemente são sucetíveis a este fungo por já não contarem com uma rede neural complexa. Em outras palavras, são comandadas por uma mente única, que é a rainha. De todos os insetos de comunidade, como abelhas e vespas, as formigas do fukai são as que apresentam o sistema cerebral mais primitivo e dependente da rainha. Outros insetos simplesmente evitam o terreno onde o Ophyocordis se instala.
Em contato com espécimes humanóides, o fungo pode causar irritação, náuseas, febre e vômitos, mas é espelido do organismo naturalmente em até cinco dias. Pode ser usado como intensificador de efeito de venenos que agem no sistema nervoso central, como venenos paralisantes e atordoantes. Um bom remédio é o fungo chamado de Lucidum, encontrado no topo das copas mais altas, de cor arroxeada. 

Continuou sua busca, no silêncio da biblioteca, sem ser perturbado. Ouviu Giovanna sussurrando algo com alguém, mas logo o sussurro parou e tudo voltava ao silêncio.

Os minutos se passaram mas na verdade eram horas. 
Quazar veio lhe buscar quando o sol já havia se escondido há muito. 
Achou algo útil? - perguntou ao rapaz em voz baixa, pois sabia da ira de Giovanna para com sua biblioteca. 

Após a resposta do rapaz, o chamaria para conversar lá fora. 
Os rapazes já tinham se recolhido e o pátio estava silencioso. As crianças foram para os dormitórios ou suas casas. 
Quazar e Tyr retornaram ao salão onde estavam anteriormente. Yoda estava lá, na mesma cadeira de antes, e parecia ter ganhado uns 20 anos. 
- Guerra, inevitável é. - disse com pesar. - Mas cada recurso tentar, nossa missão deve ser. Pai de jovem Tyr, tentado já deve. Nossa ajuda, precisar vai. Mesmo que o rei, perdido esteja, seus filhos, ainda nos restam.
- E se forem da mesma opinião que o pai? - perguntou Quazar, com seriedade.
Yoda virou-se para ele. 
- Então... procuraremos um que conosco concorde. Um que o povo, servir, queira. Em Pejite, este filho não está.

Olhando pela janela, Yoda fechou os olhos.
- Sofrimento nas ruas de Pejite, já vejo. Controlar pelo medo, eles querem. Doença... pela água. As raças, divididas. Um exército amaldiçoado, se criando está - abrindo os olhos, virou-se para Tyr. - Jovem Tyr, a Pejite deve voltar. Uma resistência, irá formar. Ajudar o povo, os mais fracos, sua prioridade deve ser. Aliados, encontrará. Quando chegar a hora, atacar irão. Preparados estaremos, para em seu auxílio, ir.


Dirigindo-se para a porta, mancando, Yoda ainda parou no caminho ese virou para Tyr e Quazar. 
- Aqui dormem, por hoje. Descanso, é preciso. Mentes cansadas, alvo fácil se tornam. 

Assim Yoda fez sua saída. Quazar colocou a mão sobre o ombro de Tyr. 
- Amanhã me encontre no pátio, cedo. Antes de partirem, preciso lhe ensinar algo. Estava guardando para um momento mais célebre, mas teremos que fazer conforme o destino, não é. Por hoje, descansem.

Quazar lhe deixara com seus pensamentos. 
No dormitório que dividiam com outros aprendizes, Ding e Zas já roncavam a plenos pulmões. Je-Ha estava sentado próximo à janela. Acenou com a cabeça ao ver Tyr, e voltou a olhar para a noite lá fora, pensativo.

---

---

 
 
 
 
 

---

A noite foi gelada, mas tranquila. Antes dos primeiros raios de sol despontarem no horizonte, Quazar já se fazia presente no meio do pátio de treinos. 

No dormitório, Zas e Ding continuavam dormindo a olhos vistos. Je-Ha havia saído em algum momento da madrugada. 

Quazar aguardou Tyr sair do dormitório. O professor usava suas vestes de aula, vestes de cor clara e tecido leve, contudo não usava sapatos. Seus pés pareciam mais garras de pássaro do que qualquer outra coisa. Na cintura, trazia seu próprio sabre. Ao ver o jovem Von Motke, Quazar o cumprimentou.

Como professor, minha vontade era a de uma aula teórica antes da prática, mas como sei que estão com pressa... - Tyr bem sabia das aulas longas e tediosas do tutor. Quazar sacou seu sabre e o ativou. Tinha uma cor azulada clara. - Entre em sua instância, Tyr. 

Não demoraria muito para o barulho do treino atrair espectadores, mas por hora as montanhas e pássaros seriam os únicos a ver os dois.

---

---

 
 

---

Quazar tomou sua instância, flexionando completamente a perna direita e deixando a esquerda esticada. Segurava a espada com a mão direita mas seu tronco se torcia, apoiando a mão esquerda no chão. Em um impulso, lançou-se em direção a Tyr, as espadas trocaram faíscas. Quazar na horizontal, Tyr na vertical. 

O professor continua seu movimento, em um salto, mas tão logo toca o chão e parte para uma nova investida, vindo do flanco de Tyr. Novamente ele sente a espada de seu professor passando tão rápido quanto podia acompanhar, e novamente o tutor se atirava ao ataque, desenhando um X no espaço. A espada de Tyr era tombada para o lado com velocidade. 

Quazar mantinha a velocidade, trocava de direção após cada ataque. O caçula Von Motke defendia, atacava, mas estava o tempo todo mudando de direção. O suor brilhava nas testas dos dois. 

Era sutil, mas Tyr pôde perceber que Quazar aumentava a velocidade das investidas a cada intervalo que podia. Em um dado momento, começou a usar saltos, junto com as mudanças de direção. 

Aos poucos, os dorminhocos Ding e Zas acordaram e se colocaram sentados nas laterais para assistir. 
Je-Ha não demorou a se juntar a eles, trazendo Lin em seus calcanhares com uma cara puramente irritada. Os quatro assistiram à luta, pois estava deveras interessante. 

- Não dormiram? - perguntou Lin.
- Acordaram cedo. - respondeu Ding.
- Sssserá que consssigo um arco asssim?- questionou Zas.
- Acho que você se queimaria, Zas. - respondeu Je-Ha, coçando as orelhas.

---

---

 
 
 
 

---

A luta dos dois permanecia em um atacante focado na velocidade e brutalidade de ataques e um defensor com uma base impecável. Quazar reconheceu a postura de Von Moltke como perfeita. Seu aluno sempre demonstrara dedicação e perfeição nos estudos, portanto não esperava menos. Seus golpes não o desestabilizavam em nenhum momento. Mas era isso o que estava fazendo até ali, testando. 

Foi em uma fração da luta que Van Moltke percebeu que algo mudara. Após um último ataque após um salto, Quazar pousara ao chão e girara no lugar com a espada. Tyr conseguiu bloquear o golpe com sua espada, mas a força do mesmo o empurrou para baixo. O golpe de seu professor havia passado sua base, sim, mas Tyr conseguira ver, tal qual uma página de um livro teórico sobre aquela técnica, onde seu tutor estava concentrando a força, onde a mana estava sendo catalizada a fim de desestabilizar seu oponente em apenas um golpe. 

Após este golpe, Quazar se endireitou e ofereceu a mão a Tyr. 
- Acha que consegue repetir agora?

Esperaria o rapaz se levantar e tomaria novamente a sua postura, no lado oposto do pátio. Desta vez sua postura era de defesa, com os pés bem afastados e a espada atrás das costas. Tyr já havia presenciado o professor nesta instância em suas aulas, o que lhe rendeu uma sessão de nostalgia. Todos sabiam que aquilo significava "estou esperando você vir me mostrar o que aprendeu".

- Agora sim! - disse Je-ha, entusiasmado. Sua cauda parecia um pêndulo, abanando de um lado a outro. 
- É a vezz do Tyr? Ele vai sssumir também?
- Ele só vai ficar muito rápido, Zas.

---

---

 
 
 

Quazar usava movimentos circulares com a espada para redirecionar os ataques do aluno, liberando faíscas no chão a cada encontro das espadas. Mas o aumento na velocidade e potência dos ataques, começou a exigir que o professor desviasse o corpo junto, girando o torso e movendo os pés no chão, ainda mantendo sua base sólida para não ser derrubado. Bloquear simplesmente era arriscado demais contra uma tática de ataque deste tipo, portanto Quazar se focava em desviar e redirecionar.

Os dois permaneceram nesta dança, marcando o chão com o treino de espadas. 
Em um dado momento, von Moltke avançou com tamanha habilidade que seu professor fora lançado para trás. Mesmo se mantendo de pé, sua instância tinha sido quebrada. O tengu sorriu para o aluno. 
Creio que não tenho muito mais a ensinar, jovem Tyr. 

Desativando sua espada e guardando-a na cintura, Quazar cumprimentou os esforços do aluno, com um sorriso cansado no rosto.
Seu pai ficará orgulhoso. - Aqui a expressão do professor se tornou pesada. Sabe qual será o próximo passo?

- Acabou? - questinou Zas, da lateral do pátio.
- Sim. - respondeu Dingarvot, levantando-se do chão onde estava sentado.
- Quem ganhou?  
- Era só treino, Zas. Não é para ninguém ganhar. - Lin respondeu a Zas.
- Bom, pessoal, agora que o show acabou acho melhor todo mundo empacotar suas coisas. Conhecendo Tyr, estaremos a caminho de algum lugar a qualquer momento. - animou Je-Ha, batendo o punho na mão aberta.
- Minhas coisas estão arrumadas há muito tempo. - retrucou uma Lin irritada.
- Ahan... mas você não aguenta ficar longe de mim e do Zas.
- Cala a boca ou congelo seu rabo.... - respondeu calmamente a kitsune, virando-se e andando para onde as montarias estavam.

---

---

 
 
 
 
 
 

---

Todos os youkais presentes ouviram Tyr com atenção. Dingarvot nem precisava falar, estava a serviço de Tyr a qualquer hora. Já o pelotão foi representado na voz de Je-Ha

Je-Ha escreveu: 
- Pode contar conosco Tyr. Com TODOS nós. O youkai tigre colocou a pesada mão sobre o ombro de Tyr. 

- Já sei com qual destas podemos começar. Tenho um favor a cobrar de alguém que nos será muito útil. Explico pra você no caminho.

Estava decidido. Dali partiriam de novo para Pejite. Todos se despediram, arrumaram suas coisas e zarparam da sede da Ordem em direção à capital de Kosala, mais uma vez.